Além da dor

O tormento

Não dou a minima pra presença deles ali, mas eles lógico vieram me atormentar.
- Oi esquisita, oque esta lendo?
Um garoto pega e joga meu livro no chão, e todos os outros a sua volta começam a rir. Eu apenas abaixo a cabeça e pego meu livro.
- Olha a esquisita perdeu a língua é? Ou é tão burra que ainda não aprendeu a falar?
E mais uma vez todos riem como se ele tivesse feito uma piada otima, eu olho pra eles e viro pra guardar meu livro, sinto um puxão forte no cabelo, com isso meus fones de ouvido caem. mas não falo uma só palavra, após guardar meu livro viro pra frente, arrumo meus fones novamente nos ouvidos e abaixo a cabeça
Na hora em que uma menina ia falar algo a professora entra na sala e manda todos sentarem em suas mesas, eles olham pra mim dão uma risadinha e vão sentar
Eu aliviada pego meu caderno e começo a copiar, o grupinho que estava me atormentando começaram agora a conversar rir e tacar papel em mim a professora destraida com seus afazeres não vê, uma garota escreve algo em um papel joga na minha mesa eu abro e no papel estava escrito de caneta vermelha bem grande "NINGUÉM AQUI GOSTA DE VOCÊ CDF ESQUISITA PORQUÊ VOCÊ NÃO VOLTA PRO HOSPÍCIO QUE VOCÊ VEIO SUA RETARDADA PRA TER UM CABELO ASSIM SÓ SE FOR LOUCA MESMO"
Eu olho em direção a garota ela sorri pra mim e manda um beijinho debochado, eu enfurecida levanto e vou até a mesa da professora ela lê e chama a menina na mesa dela, a professor pergunta pra menina
- foi você quem escreveu isso?
A menina com um sorriso sarcástico fala
- lógico que não fessora porque gastaria meu tempo com essa... Garota?
A professora olha pra mim e diz
- Ora Katerine, está inventando coisas de seus colegas? Vá sentar!
A menina pisca pra mim e eu volto pro meu lugar, escuto as risadinhas da menina e do grupinho junto dela. Eu apenas fiquei em silêncio e continuei a fazer minha atividade.
Após terminar as aulas finalmente bate o sinal para o intervalo eu espero todo sairem pego minha muchila e vou para o andar superior da escola, em uma sala onde poucas pessoas sabem que existe. Felizmente.
La é onde eu passo os 30min De intervalo la é um dos meus refúgios.
Eu estava pessima pelo que aquelas pessoas tinham dito, porquê elas tinham que ser tão cruéis? E eu estava ainda pior pela professora não ter acreditado em mim.
como um lanche que eu trouxe de casa, sento num canto no chão e começo a chorar silenciosamente, porquê eu me sinto tão mal com isso? Varias coisas invadem minha cabeça, eu penso em todas as coisas que eles ja fizeram pra mim todas as coisas que disseram e as lágrimas não paravam, eu abro minha mochila pego uma lâmina e começo a me cortar novamente, talvez se eu sentir dor externa esse sentimento que tenho aqui dentro possa sumir... Bom parte é por isso e parte é porquê acho que a culpa de tudo que acontece comigo é culpa minha sabe... Eu não sei exatamente o porque mas acho que se eu não fosse tão antissocial ou seila...
Com o braço todo ensanguentado e cheio de cortes ouço o sinal tocar ao longe, limpo toda a bagunça enchugo minhas lagrimas arrumo minhas coisas e desço pra sala de aula. Vamos voltar a luta...
Entro na sala e sento no meu lugar, abaixo a cabeça e apenas escuto oque estão falando, me cortar me fazia sentir um pouco melhor mas aquele sentimento não sumia. Ouvia eles falando coisas horríveis de mim, mas não falei nada apenas coloquei meus fones novamente e abaixei a cabeça, as ultimas aulas eram de filosofia e como o professor geralmente não passa texto pra escrever nem nada eu apenas fiquei ali ouvindo.
Na hora da saida aquele grupinho passou por mim e um menino me empurrou com tanta força que caí no chão derrubado todas as minhas coisa.
Um garoto se aproxima e pergunta se eu estou bem eu com os olhos cheios de lagrimas respondo que sim o garoto diz
- deixa eu te ajudar
Ele pega todas as minhas coisas caidas no chão e fala
- Prazer eu sou o Sebastian aluno novo vim concluir minha matricula, aliás lindo cabelo.
Eu olhei nos olhos dele e farta achando que ele estava esnobando de mim pego minhas coisas da mão dele e em prantos saio correndo em direção a minha casa...