Capítulo 3 - Amor

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Sophie Miller

Legal. Bem legal.

- Nossa. Desculpa então. E sinto muito.

- Eu também acho ele um idiota. - rimos - Ele votou sim para a Fright Night surpresa. Eu votei não. Na verdade, eu nem queria estar aqui. Já sabia que algo iria acontecer.

- Você tinha que estar aqui.

- Com certeza.

- Você mencionou que não queria estar aqui, então você está aqui obrigado?

- Sim. Meu pai me deu um ultimato... Ou eu participava, ou não tinha espaço para mim no parque para que eu pudesse administrá-lo.

- Você fez administração?

- Sim. Pretende fazer também?

- Eu já faço.

- Ah, verdade. Esqueci que tens 21.

- Sim. - sorri - Como sabia sobre minha fobia?

- Meu trabalho de conclusão de curso de Psicologia foi sobre fobias.

- Psicologia também? O que mais eu não sei?

- Várias coisas... Com o tempo você pode descobrir.

- Quanto tempo ficaremos aqui?

- Já quer se livrar de mim?

- Não. Gostaria de saber quanto tempo ainda tenho com você.

- Se saiu bem dessa. Que horas são?

- 20h: 40min.

- Então você tem 20 minutos para me conhecer e decidir se quer ou não sair comigo um dia para tomar um café ou algo parecido.

- O que mais eu tenho que descobrir antes de aceitar?

- Eu sou o irmão bom da família. - riu.

Eu estava tão concentrada naqueles poucos minutos que eu teria pela frente que não conseguia pensar em nada além de aproveitar o momento.

Um bom momento que logo se passou.

Um som parecido com um sino repercutiu por entre as paredes interrompendo nossa conversa.

- Acabou...

- Tenho que ir atrás de minhas amigas.

- Tudo bem.

Me levantei e ele me acompanhou.

Abracei-o para me despedir.

- Não cheguei a te agradecer. - sussurrei em seu ouvido.

- Uhum... - ele folgou o abraço.

- Obrigada. - dei um beijo em sua bochecha e me afastei lentamente parando exatamente alinhada aos seus lábios.

Nos beijamos.

Um beijo calmo e delicado.

Calmo para que pudéssemos continuar por mais tempo.

Delicado para que pudéssemos experimentar um pouco mais do outro.

- Soph... - Mariana falou seguida por um pigarreio.

Um beijo nunca parece ter durado realmente o tempo que durou, e com esse não foi diferente.

- Disponha. - Brad me deu um beijo na testa e foi em direção à porta, saindo por ela logo em seguida.

O assisti ir embora enquanto minha cabeça fértil imaginava que meu Beetlejuice voltaria por aquela porta e me levaria com ele.

- Vamos? Precisamos achar as outras.

- Sim, sim, claro.

E eu deixei o banheiro do qual iria me lembrar por um bom tempo - quem sabe para sempre - para ir em busca de minhas amigas.



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