Sala 121

Quase todos tinham o meu nome

|Jennifer|
Não queria ir para o quarto,seria o primeiro lugar em que me procurariam,mas não podia simplesmente sair da clínica,então continuei correndo. Ouvia passos atrás de mim,Milena e mais outras pessoas gritando meu nome. Até que cheguei em frente a uma porta toda vermelha:
-isso deve servir.-falei me trancando no recinto,com o coração ainda palpitando. Só então dei uma olhada no lugar.....prateleiras cheias de caixas,uma escrivaninha lotada de pilhas de papéis e livros,uma janela pequena. Obviamente isso era um escritório.
-G.O?-perguntei olhando uma placa em cima da mesa. Claro!Grace Oddbusck,a dona da clínica. Esse era o escritório dela. Enquanto estava distraída,alguém tentou abrir a porta,e eu larguei a placa rapidamente enquanto procurava algum lugar onde pudesse me esconder.
-ela está aqui!!-alguma voz masculina,imaginei que fosse um enfermeiro,gritou.
-senhorita Hale? Abra essa porta!
Eu havia trancado,eles não tinham como entrar. Então alguma coisa começou a bater na porta,e percebi que estava errada. Eles estavam tentando derruba-la!!
-Senhorita Hale,sei que está aí,se não abrir essa porta nesse instante seremos obrigados a entrar à força!
E se eu me escondesse em baixo da mesa?não,seria fácil de me ver com essa saia chamativa. Atrás das prateleiras? Demoraria muito tempo,e eu não tinha esse tempo.
-vamos derrubar a porta!! Sua última chance!-eles continuaram a gritar. Tateei em busca de uma porta,mas não havia nenhuma. Eu estava encurralada.
-vamos,empurrem!!! Rápido!!
Meu coração batia na velocidade de um raio.Fui andando para atrás,até me chocar com a parede,e esperei pelo pior. Foi quando percebi um pequeno botão na parede,e sem pensar apertei. A seguir a coisa mais bizarra aconteceu:uma porta se abriu no meio da parede. Sem pensar e em pânico,entrei e a porta se fechou automaticamente. Ok,eu pensava nisso mais tarde,tinha mais coisas com que se preocupar. Como:onde eu estava?!
Apenas o silêncio.
-será que eu to sonhando?-me perguntei enquanto andava pelo corredor. No final havia uma porta de metal,que só se abria com uma senha. Sem pensar digitei a data de criação da clínica,a 70 anos atrás,e a porta se abriu com um clique imediato. Dentro estava tudo escuro,mas quando achei o interruptor consegui identificar várias máquinas grandes,computadorizadas,cheias de luzes estranhas piscando. Atrás delas haviam vários robôs(pelo menos era o que pareciam) de aço e metal parados e em pé,em fileira.
-wow.-foi só o que consegui pronunciar. Atrás dos robôs havia outra porta,que não tinha senha,e dentro enxerguei outras máquinas,uma maca e um espelho. Era quase o mesmo cenário do meu pesadelo,se não fosse por não ter pessoas ligadas a tubos presas em vidros. Alguns Papéis jogados no chão chamaram minha atenção:quase todos eles tinham o meu nome.