Choveu em novembro

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A chuva caiu de repente
É novembro
E em novembro sempre chove a tarde
Não é nada novo, nem nada diferente. . .

Queria lhe ver, mas a chuva me prende
Pensei em comprar flores
Mas a floricultura fechou

Queria te fazer uma surpresa
Você chegar e me encontrar em sua casa
Mas eu tenho medo do que eu posso ver

Hoje já nem sei quem eu sou
Mas posso dizer com toda certeza quem é você
De todas suas facetas eu gravei numa caixa entre minhas gavetas de roupas para serem usadas

Me deu saudade do seu corpo
Ele sendo da forma que é
Conheço mais que o meu
Me deu saudade da sua voz
De quando o romantismo chegava e sua tonalidade mudava
Me deu saudade do teu olhar
Mesmo castanho era como o fundo do mar
Profundo profundo eu podia até me afundar
E me afoguei

Eu tenho um coração louco
Que vibra com mesmo teus poucos
Testemunhos de amor

Hoje me encontro aqui
Sozinho, acabado, usado
A vida tem me maltratado
Mesmo eu não tendo feito nada de errado eu fui trocado

Meu destino não é ser amado
Só mais uma noite, mais trago e descartado
Sou melhor que todos teus amigos imaginários
Mas real demais
Destinado ao frio solitário. . .

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