Festinha

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Luke é o nome do babaca que me fez a inesquecível boas vindas a Newcastle, não preciso dizer que estou sendo sarcástica né ?
Depois do abuso que me disse, ele achou mesmo que teria uma tranzinha comigo ? Não posso dizer que foi fácil resistir às investidas dele mais quando ele escorregou na lata de cerveja e esbarrou em mim eu voltei a ficar lúcida e usei a mesma frase que ele me disse pra sair fora dali. Eu não faço idéia qual foi o anjo que a derrubou ali, mais se eu soubesse lhe tascava um belo beijo na boca por que esse sim me livrou de um baita arrependimento !
Já eram 1:00 da amanhã e eu resolvi ir pra casa, quando estou quase perto da porta os barmans começam a distribuir vodka em excesso, estou com a garganta seca e resolvo tomar um drink antes de ir embora.
- O que a gata vai querer - diz um loiro muito gato
- Vodka com gelo, por favor - digo oferecendo um sorriso
- É pra já - diz dando uma piscada
- Opa opa opa Fred deixa que eu sirvo ela e sirva os caras do outro lado do balcão - diz uma loira oxigenada nos interrompendo
Fred é o nome do garoto fica sem entender, até que a garota pisca pra ele e que parece entender sua mensagem e vai em direção ao outro lado.
- Então querida o que você vai beber mesmo ? - diz me olhando com cara de nojo, ou é a cara dela mesmo que é feia.
- Vodka - digo enojada também
Ela demora com a minha bebida e por fim a traz com um sorriso siníco no rosto.
- Aqui querida - diz
Tomo dela sem dizer nada e viro tudo de uma vez só, sinto um ardor queimar minha garganta e faço careta , ela sorrir e sai do bar. Qual foi dessa menina ela é louca ? Viro de costas pro bar e fico olhando as pessoas se divertindo a minha frente, se ao menos Abbi não estive me abandonado quem sabe não estaríamos dançando na pista de dança. Por falar nisso me deu uma vontade repentina de dançar até minhas pernas não aguentarem, sinto um calor subindo pelo meu corpo e quando dou por mim estou tão animada, parece que todos dançam lentamente na minha frente, é como se o meu corpo estivesse em estado de pura nostalgia, levanto e vou pra pista de dança e depois daí não me lembro mais de nada.
Acordo e não faço idéia onde eu estou, sinto um vento frio me pegar de surpresa e me escolho pra tentar me aquecer mais é em vão, abro os olhos lentamente e eles estão tão pesados que é quase impossível abri - los, meu corpo dói muito parece que um caminhão passou por cima de mim. Abro os olhos e constato que ainda é noite, olho para os lados e estou numa espécie de flutuante de madeira, no meio de um lago. Que porra eu tô fazendo no meio de um lago ?
Olho ao meu redor e consigo ver a casa da fraternidade, ela fica atrás de um bosque do outro lado do lago.
- Merda eu não sei nadar - digo aterrorizada
O lago é enorme e pra acabar eu estou no meio dele, ao redor é tudo bosque com árvores grandes e neblinas igual aqueles filmes do Pânico na floresta sabem ? A água é escura e está congelante, o som da festa é quase inaudível e o medo começa á tomar conta de mim.
- Socorro - começo a gritar mais é em vão ninguém irá me escutar aqui
Mil coisas passam pela minha cabeça e fico imaginando como vim parar aqui, depois da bebida eu não lembro de nada, mais eu só tomei uma dose que aquela loira me deu. A loira que fez questão de me servir e que quando eu cheguei na festa estava se atirando nos braços do Luke! Só pode ter sido aquela vadia, ela deve ter batizado a minha bebida com alguma coisa, aaaaah mais ela me paga.
- Eu preciso sair daqui - penso
Deito sobre a balsa e tento remar com os braços pra chegar na margem, o que foi em vão o jeito vai ser eu tentar nadar. Coloco um pé na água e como eu disse ela está congelante, pulo de uma vez só o que foi um erro vou direto pro fundo, meu corpo ao ir de encontro na água reclama pelo contato, é como se mil facas estivessem me furando. Me impulso para a superfície e consigo segurar na balsa.
- É agora ou nunca - digo tentando nadar em direção a margem
Pareço mais um cachorrinho do que uma pessoa nesse exato momento, minhas pernas estão ficando cansadas e eu não estou nem na metade do caminho ainda, estou fazendo de tudo pra ficar com a cabeça fora da água e não pensar em bichos.
Minha mãe sempre me disse que se você conseguisse ficar com a cabeça pra fora da água por mais de 5 min era a mesma coisa que nadar. Por fim o cansaço vai me vencendo e começo a ficar desesperada, sinto algo passar entre as minhas pernas e fico pensando se não é minha imaginação tentando me pregar peças.
- Socorroo - grito me debatendo na água desesperada
- Socorro - grito mais uma vez afundando
Eu morri ? Sinto meu peito ser fortemente precionado e sinto uma vontade súbita de vomitar água. Abro meus olhos e ali está ele, me encarando com o olhar culpado.

Será Isso Amor ?Onde histórias criam vida. Descubra agora