O aeroporto estava fervilhando de pessoas. Era uma batalha para conseguir um taxi. No entanto, depois de várias tentativas frustradas e insistir com uma loira que ela fora a primeira a levantar a mão, Bruna finalmente venceu e conseguiu o taxi. Ao entrar inspirou o cheiro do seu casaco, o perfume de Lee Hyun ficara entranhado ali. Era amadeirado, maravilhoso. Ela deu um meio sorriso e partiu para os tão aguardados dias de férias.
Colocou os fones de ouvido e enquanto seus cabelos castanho-escuros balançavam ao vento resolveu ler Provérbios, dessa vez no capítulo um, versos do oito ao dezenove.
O trajeto durou quase três horas. Respirou fundo ao avistar a charmosa pousada dos avós. Abriu um sorriso ao relembrar de quando brincava ali por perto com seus amigos. Aproximou-se e avistou seu pai conversando com um homem. Ao vê-la, veio em sua direção e ela o cumprimentou com um aperto de mão após pedir a benção, costume que ainda mantinha. Não se abraçaram. Ele fazia isso quando era pequena, mas com o tempo, tudo foi se esfriando, no relacionamento com a esposa e com a filha.
— Eu levo as malas. –disse ele sorrindo timidamente.
Bruna tinha expectativas de que nessas férias ela e o pai se aproximassem novamente.
— Vovó!
Bruna correu até a senhorinha de cabelos grisalhos e de sorriso sereno, e a abraçou forte emocionada. Os olhos azuis da vovó também choravam, eram muito parecidos com os dela. Vovô Joaquim também se juntou as duas para um abraço triplo.
— Você está bonita e que corpão, hein? Joaquim ela saiu daqui no ano passado e parecia que ia sumir de tão magra e agora, olha aí, é uma mulher linda! Minha filha, já fazem quase dois anos que a gente não se vê! –fez um biquinho enquanto falava.
Vovô Joaquim assentia sorrindo.
— Quero que conheça a Aline, ela está ali. –vovó Marta disse apontando para o caixa do restaurante.
Bruna olhou para a loira baixinha e seus olhos lacrimejaram. Não podia evitar de lembrar do quanto queria seus pais juntos, como uma família feliz. No entanto, andou até o restaurante enquanto Aline vinha em sua direção com um sorriso. Bruna a cumprimentou, dizendo:
— Oi, sou Bruna, prazer.
— O prazer é meu, minha rainha, você é muito linda! Seu pai me fala muito de você. Está se formando em direito, não é?
Bruna deu um meio sorriso e assentiu. Viu que o pai observava tudo com as malas ainda nas mãos.
— Filha, vou te levar para o quarto, as férias estão fazendo os hotéis e pousadas superlotarem.
Bruna o acompanhou após acenar para os três.
— Obrigada, painho. –olhou para o imenso quarto e se sentiu feliz.
— Não almoçou em Salvador, não é?
— Não, mas depois de um banho maravilhoso quero experimentar de novo a comida daqui.
Bruna abriu um sorriso que iluminava o ambiente ao respirar fundo olhando para o mar que se podia avistar com a porta da varanda aberta. Isso fez seu pai sorrir pela primeira vez abertamente ao dizer:
—É lindo, não é?
Evidentemente esse era um traço que ela havia herdado dele, o sorriso. Se sentiu querida ali. Aquele sorriso dele foi como um abraço que não recebeu quando chegou. Seu pai saiu e ela ligou para a mãe avisando que havia chegado como combinaram.
Após tomar um banho revigorante, pegou o casaco que usou na vaigem e sentiu o cheiro do coreano impregnado nele. Ao começar a lembrar do sorriso, dos olhos, do braço dele a envolvendo, meneou a cabeça em negativa e enterrando o rosto entre as mãos, disse:
— Esquece isso Bruna! Você nunca vai vê-lo de novo e ele... não-é-cristão! –olhou para o casaco e continuou:
— É, mas mesmo assim, vou orar por ele como dei minha palavra.
Todos os cinco sentaram-se à mesa para o almoço. Gargalhavam com piadas que o avô Joaquim contava, ele era hilário. Formou-se uma pequena tensão quando Paulo perguntou por Júlia e Bruna respondeu:
— Ela está bem. Trabalhando muito no estúdio de fotografia. São casamentos, aniversários, Deus está abençoando.
Paulo fitou prato como se fosse a coisa mais interessante do mundo. Aline ficou desconfortável e remexeu-se na cadeira, olhando desconfiada para ele. Estavam juntos há mais de um ano, pois, embora ela quisesse casar ele declinava sempre desse plano. Logo mudaram de assunto.
Bruna estava com saudades da Praia do forte e por volta das dezesseis horas saiu para caminhar. Lembrou-se de uma amiga de infância que morava algumas ruas acima e resolveu visitá-la. Elas haviam se visto quando tinha dez anos e perderam contato. No entanto, não lembrava do endereço com clareza. Resolveu, então, voltar e molhar os pés na água salgada daquela linda praia. O sol já estava dando sinais que iria desaparecer do céu alaranjado, que dava um ar romântico ao lugar.
Enquanto caminhava despreocupadamente, sentia o vento brincar com seus cabelos longos, era delicioso. Olhou para trás e percebeu que alguém lhe seguia. Orou em pensamento pedindo o livramento de Deus e começou a andar mais rapidamente. No entanto, percebeu que logo aparecera mais três rapazes. Pareciam drogados pelo que Bruna pôde imaginar pelos olhos vermelhos que viu rapidamente, afinal, a Praia do Forte não era a mesma.
~~~*~~~ ~~~*~~~ ~~~*~~~
"QUEM JÁ PISOU NO SANTO DOS SANTOS EM OUTRO LUGAR NÃO SABE VIVER!"
CAPÍTULO DEDICADO À PRINCESA LINDA SuzyAmaral , amo vc ... Obrigado por ler e comentar...
OI GENTE, BOA NOITE, ESTÁ AÍ O CAPÍTULO 2-PARTE 1, E AÍ O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER COM A BRUNA HEIN? SE GOSTOU DO CAPÍTULO DÁ UMA ESTRELINHA E COMENTA, OK? VOU FICAR MUITO FELIZ! A PAZ, QUE DEUS ABENÇOE PODEROSAMENTE SUA VIDA, E NÃO ESQUEÇAM, JESUS AMA VOCÊS! MUITO! E ELE É BOM O TEMPO TODO, O TEMPO TODO ELE É BOM!
NA MÍDIA DE VÍDEO TEM UMA MÚSICA LINDA DA HELOÍSA ROSA- HÁ UM LUGAR... E A FOTO É DA POUSADA DOS AVÓS DE BRUNA...
ATÉ O PRÓXIMO...
VOCÊ ESTÁ LENDO
O que me dizem os Provérbios de Salomão? - Degustação
Spiritual"O temor DO SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino. " Provérbios 1. 7 Bruna recebe de presente do pai uma viagem à Praia do Forte, na Bahia, para, de alguma maneira, reconstruírem seu relacionamento desg...