might as well...

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15 de setembro de 2013.

Uns dias depois do ocorrido Louis me chamou para conversar. Fomos para trás da arquibancada, procurando por privacidade. Ficamos um bom tempo nos entreolhando, meu coração já palpitando apreensivo. Até que ele começou, dizendo que aquela noite no bar foi um erro. Um balde de água fria em mim.

Eu tive que perguntar o porquê.

"Eu não sou gay. Eu acho que não estou pronto pra algo assim." Foi o que ele disse. Vê-lo desconcertado, sem encontrar palavras e se embaralhando foi minha deixa para insistir numa resposta mais convincente.

"Você acha?" Perguntei.

E então ele se aproximou. Me abraçou de repente e ficando nas pontinhas dos pés, encostou sua boca na minha boca. Uma cena adorável e igualmente excitante.

 Senti sua barba rala me fazer cócegas. Meus olhos se arregalaram em surpresa. Certamente o melhor dia da minha vida, sem dúvidas. Eu queria aprofundar o beijo mais que tudo na vida, mas antes que pudesse fazer isso, ele se desvencilhou de mim.

"Não tenho certeza do que é isso, mas poderia tentar... Mas sem ninguém saber ou argumentar. Poderia ser?" Ele perguntou. Eu seria louco em recusar.

"Poderia muito bem..." Foi o que respondi, um tempo depois, vindo mais uma tatuagem para a coleção. Na cintura, onde sua mão havia me firmado contra seu corpo naquele toque quente, carnal, acolhedor.

"Might as well..."


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oioi, me digam o que estão achando, all the love da lovely xx



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