Se as portas se fecham

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O que ela ficou sabendo no final de tudo foi que, Jonah era imigrante, bem, tecnicamente o seu avó que era, Congo; isso explicava porque ele não tinha o sutaque irritante dos americanos, na verdade não havia muito o que saber sobre sua história, basicamente ele só tinha a mãe e quando ela morreu ele foi mandado para um orfanato; esse era o seu terceiro orfanato.
Ela revirou os olhos, amadores.
O resto era apenas suposição, ele era aorrogante, pretensioso, confiante, mas não era completamente entediante; ela poderia atura-lo por um tempo.
-Mas e a sua história? -ele perguntou.
Ela sorriu.
-Aquela que eu disse que não vou contar a você?
-Exato, mas essa decisão não pode ser para sempre.-ele disse.
-Nada é para sempre.
-O seu nome pelo menos?
Ela sorriu, isso era a última coisa que ele quereria perguntar se o soubesse.
-Me chame de Vitória, apenas.
-Combina com você.
-Exatamente.
-Eu tenho uma proposta. -ele falou encarando-a.
Eram olhos de Leão, amarelos-castanho e cheio de si.
-Fuja comigo, você vai ser transferida mesmo. -ele disse.
Era ridículo, não a prosta de fugir, mas a proposta de fugir com ele; ele não sabia o que estava fazendo, não fazia a mínima ideia do que era fugir, mas o que Vitória tinha haver com isso? Ela fugiria, simples assim.
-Qual é o plano? -ela perguntou.
-Não há.
Ela sorriu, seus olhos ficando dois tons mais vibrantes.
-Fugiremos hoje a noite, de tarde serria mais seguro, mas não há nada para nós fora desses muros sem ser a noite, pelo menos por enquanto. -ela disse.
-Okay, minha Vitória.
Ela revirou os olhos, a vitória é minha, não sua, perdedor.
Com isso ela saiu e eles não se falaram mais até a noite.
Em meados das meia-noite eles se encontraram no mesmo lugar que tinham se falado anteriormente, com Jonah vinha mais alguém, um menino da mesma idade de Jonah, cabelos black power, pele negra apenas não mais do que os seus olhos.
-Vitória, eu trouxe Robert, acredito que imaginou que eu traria alguém. -ele disse displicente.
Vitória deu de ombros.
-Seria burrice se não, aproveito a oportunidade para apresentar Rachel. -ela disse indicando a gorota que até agora estava envolta pelas sombras.
Rachel era muito magra, cabelos e peles morenas, olhos castanhos-claro e cabelos lisos e longos que possuia até uma franginha perfeitamente alinhada no meio da testa.
Jonah suspirou.
-Posso comfiar em você? -ele perguntou a Vitória.
Ela sorriu.
Faz bem a saúde.
Os quatros caminharam nas sombras até o portão, não erra difícil escapar do Orfanato Sr. O' Braian, mas ninguém tentaria, como viveriam fora desses muros? Era um lugar onde todos tinham juízo suficiente para saber que a vida é mais impotante que a liberdade.
Jonah olhou com um olhar questionador, ela entendeu, muros ou porta. Vitória ascenou com a cabeça para a porta e retirou do bolso um pedaço de metal fino com uma espécie de gancho na ponta, não era como nos filmes, Jonah já havia assistido filmes algumas vezes, e em nenhum deles demonstrou corretamente como se arrombava realmente uma pota, era delicado e complicado como escrever num grão de arroz, qualquer coisa poderia por tudo a perder; mesmo assim não demorrou tempo o suficiente para pensarem que não daria certo, além do mais, Vitória exibia uma expressão de certeza enquanto o fazia, ninguém podia duvidar que ela havia feito isso milhares de vezes.
Eles caminharam para fora do portão com a maior tranquilidade do mundo, forra deles eles já não eram responsabilidade de ninguém; caminharam ruas e ruas se mantendo na sombra, com apenas os olhos verdes faiscantes de Vitória para os guiar, todos pareciam perdidos exeto ela, havia algo que ela não soubesse?
Finalmente alguem teve a coragem de guebrar o gelado raciocínio de Vitória.
-Para onde nós vamos agora? -perguntou Rachel.
Para a surpresa de Jonah, Vitória não se aborreceu com a pergunta; ela apenas deu um largo sorriso e disse:
-Me sigam.
Ela começou a se mover cada vez mais para o centro, onde ficavam os prédios de luxo e é claro, muitos carros do ano, não demoraram muito e encontraram estranhamente uma BMW preta, estacionada perto de um senhor edifício.
Vitória se mostrou interessada no carro e se aproximou dele, Jonah tentou para-la, mas não foi bem sucedido, automaticamente Vitória lhe lançou um olhar que o fez desistir; Vitória retirou novamente a ferramenta com qual tinha arrombado o portão do Orfanato e fez o mesmo com o carro, só que dessa vez não demorou um segundo, definitivamente, sua especialidade era carros.
Vitória entrou e se posicionou no banco do motorista, e convidou os outros a entrarem, eles meio relutantes entraram, não ian discutir com ela, Jonah se sentou ao lado de Vitória.
-Por acaso você já dirigiu na vida? -perguntou Jonah.
-Bem, uma vez quando eu era muito pequena eu arrombei um carro e sai dirigindo pelas ruas, isso foi tratado como "besteira de criança" e ainda mais, o cara era ladrão, não que alguém soubesse disso.
-Acho que isso conta como uma esperiencia. Mais alguém? -questionou Jonah.
-Parece então que eu vou dirigir.
-Pergunta, quando você dorigiu você matou alguém? -perguntou Jonah.
-Isso não vem ao caso agora. -disse Vitória pisando fundo no acelerador.
Algumas ruas depois, quando viram que ainda estavam vivos, pensaram, estamos livres.
Mas Vitória sabia que não era assim, a vida não é tão fácil, bebês.

Oi gente, só um avisinho, daqui há pouco vai tet trailer do livro no YouTube, aguarde; deixem sua opinião sobre o livro, ela é muito importante para mim.

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