Doces pensamentos

10 1 0
                                    

Um plano se dividia em partes, Vitória dirigiu de sua maneira bem peculiar até um bairro menos nobre e estacionou à 4 quadras de uma loja de computação.

-Vitória, o que você vai fazer? -perguntou Jonah.

-Não faça isso

-Isso o que? Perguntar?

Vitória revirou os olhos.

-Essa coisa de ser medroso, não é ato para um menino de 11 anos do seu tamanho.

-Eu não s...

-Tanto faz, apenas cuide desses dois bebês. -disse Vitória acenando com a cabeça para Rachel e Robert.

Vitória andou pelas ruas, seu plano era tão cheio de falhas que discordava da lógica, mas se qualquer coisa der erado, há algo com que Vitória podia contar, ela nunca perdia.

O bairro era pobre o suficiente para não haver segurança na loja, mais havia câmeras, duas câmeras, uma posicionada para os produtos e outra posicionada na direção do computador e do caixa. Vitória arrombou a porta, respirou fundo, o mesmo objeto que que usara para arrombar a porta ela girava nas mãos calculando, era um ângulo de 80º graus, com os braços flexionados para trás, um objeto encurvado; ela usou as bancadas onde estavam os aparelhos para medir, um sua totalidade a altura era de duas bancadas e meia; Vitória nunca havia aprendido matemática, mas era boa em lógica, e a lógica era a prima mais velha da matemática, então não podemos dizer que foi sorte quando ela acertou a câmera perfeitamente, rompendo os cabos e causando um curto circuito, deixando assim a passagem para o computador livre.

Vitória se aproximou do computador e desligou a outra câmera e se assegurou se não havia mais nenhum outro tipo de sistema de segurança, caminhou para os produtos e pegou um notebook e dois celulares, com uma flanela limpou cada lugar pelo qual tinha tocado, esperando não deixar digitais, derramou água no computador e concertou a câmera; se virou para a porta, dois itens já foram, agora item três, quem foge, quer casa.

...

Vitória sorriu com a expressão de espanto dos outros.

-Você roubou uma loja, sozinha! E não nos avisou! Por Deus Vitória, poderíamos ter sido presos! –disse Jonah.

Ela revirou os olhos.

-Você não vai me deixar dirigir?

-Não até nos dizer aonde vai.

-Para a nossa casa.

-Ah é, um pequeno detalhe NÓS NÃO TEMOS CASA!

Vitória revirou os olhos, isso estava cansando.

-Se algo der errado você me mata.

-Eu seria preso.

-Você já estaria preso. –ela corrigiu.

Robert e Rachel apenas assistiam a cena, não era uma discussão pera se entrar.

-Essa é a última vez que pedirei com delicadeza. –avisou Vitória.

Jonah se afastou, aborrecido; não era próprio dele aceitar com algo que não concordava.

Vitória começou a mover-se mais para o Norte, cada vez mais próxima dos pântanos, ninguém sabia para que ela queria por lá; a noite caiu, mas Vitória só fez uma pausa ás 4:00, quando ela decididamente não podia mais dirigir.

-Certo, faremos uma pausa, mas continuaremos as 7:00. –ela disse.

Vitória saltou para fora do carro e Jonah e Robert a acompanhou, Rachel já estava dormindo há quilómetros atrás; era uma área muito isolada, por isso Vitória achou seguro dormir fora do carro, Jonah não sabia se ela achava seguro ou simplesmente gostava do perigo; tentaram camuflar a BMW roubada o melhor possível, mas não era fácil esconder o caro, ainda assim fizeram o melhor possível o cobrindo de lama e relva.

Robert ficou vigiando enquanto os outros dormiam; Vitória era o tipo de pessoa que mesmo se quisesse não conseguia admitir cansaço, mais ainda assim conseguiu dormir, Jonah demorou um pouco para perceber que ela já havia adormecido, ela estranhamente dormira de olhos abertos, o brilho de milhões de estrelas refletidos nos olhos cor de esmeralda de Vitória, como uma visão do universo, o universo o qual eles poderiam conseguir coma ajuda de Vitória.

Jonah adormeceu com esse doce pensamento.   


Big Bag: Operação SegredosOnde histórias criam vida. Descubra agora