The first time was with you

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Sumário
Harry se lembra muito bem, da primeira vez em que foram a um concerto juntos. Foi quando descobriu que era sinestete. Foi quando descobriu o quão especial Louis era para ele.

Notas da autora
"Essa tem sido uma semana louca para nós larries! Com sorte, estamos melhor agora e essa baboseira de bebê falso acabará logo :)
Enquanto isso, ler fanfics mantém o coração quente, então aproveitem esse capítulo xx."

Música para esse capítulo: Mother & Father – Broods.  

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Harry se lembra muito bem, da primeira vez que foram a um concerto juntos. Louis comprara ingressos para o Leeds Festival, já que Harry tinha estado tagarelando sobre ir ver o show do The Killers. Era a primeira viagem deles sem as mães ou irmãs; Louis estava animado em ser um menino crescido, mesmo quando ele ainda era um filhinho da mamãe.

Tudo era fresco e inocente, a juventude não deixava espaço para nenhum tipo de insegurança. Harry era novo, recentemente tinha completado 15 anos e Louis, como o mais velho, tinha prometido a Anne que iria cuidar de seu filho.

Era para eles terem ido ao show do The Killers, mas assim que eles ficaram no meio da multidão, cercados da euforia de um mar de pessoas gritando e felizes sem razão, Harry descobriu.

Ele nunca tinha reparado antes, mas a voz de Louis mudava.

Harry nunca tinha pensado sobre como seus sentidos deviam funcionar. Você nunca se pergunta por que você vê as coisas do jeito que vê, você apenas vê.

Louis tinha começado a cantar junto num leve tom de vermelho rosado e terminado num tom de vermelho luxúria, e Harry foi preso numa teia de emoções que Louis causava nele.

Ele sempre tinha visto concertos de uma maneira extraordinária. Onde pessoas ouviam berros e gritos; Harry via um risco de vozes multicoloridas misturando-se para criar uma bolha de dourado brilhante em frente a seus olhos, escurecendo seus sentidos.

As cores faziam Harry se sentir vivo, vivo de uma maneira que ele nunca tinha experimentado antes. Ele pensava que a voz de sua mãe, uma voz rosa bebê, era a melhor coisa do mundo, e então quando ele escuta a voz de uma multidão gritando... Cara, aquilo era ótimo.

Mas quando Louis cantara naquela noite, o dourado da multidão se tornou um tom pálido de bege, dando liberdade para que a voz de Louis brilhasse numa cor que Harry não poderia ter visto com antecipação.

Ele cantou tão alto, a alegria em seu rosto era fácil de ver; e Harry escutou as cores mudando e acariciando não só sua mente mas, sua alma também, criando algo que ninguém mais poderia criar.

Então, tudo se tornou demais, e ele ficou sobrecarregado. Ele não estava acostumado a quantidade de emoções fortes que sentia dentro de si. Ele ficou animado demais; sua respiração começou a falhar do nada. Ele agarrou no ombro de Louis, que se virou para ele.

"Haz, você tá bem?" ele disse e Harry não podia responder porque ele não sabia explicar isso.

"Lou, estou ouvindo cores demais," ele balbuciou, agarrando o braço de Louis antes de tropeçar nas próprias pernas, perdendo a estabilidade. Louis o pegou pela cintura.

"Quê?"

"As," Harry engasgou, "cores. Pare com as cores, Lou."

"Haz, você tá drogado?"

"Não!" Harry gaguejou enquanto fechava os olhos, uma tentativa desesperada para que o zumbido parasse. Ele ainda se lembra o quão sobrecarregado ele tinha se sentido, tão perdido. Um forte desejo de chorar crescia dentro de seu peito; ele não queria nada a não ser se afundar nos braços de Louis e nunca o soltar. "Faz isso parar. Por favor, Lou, faça isso parar. Canta pra mim."

American Rose [Tradução][Larry Stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora