ignoradas...

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Ela chora baixinho todas as noites, implorando por um dia de paz, um dia em que possa dizer...
Estou feliz comigo mesma!

Aquelas palavras que ela tanto odeia : "burra" "superficial" "frescura" apenas trazem mais marcas à sua pele e mais daquele sentimento...
E ela sente tanto, e por isso quer matar (sem querer, se matar) esse ódio remoído de si mesma.

Quer ficar bem, aliviada e chegar ao seu objetivo, mas parece que é impossível, sempre enxerga algo que repudia em si.

Não, nunca estará bom o suficiente, sempre há algo a melhorar aqui e ali.
"Já chega de tanto julgamento, tanto pré-conceito." - ela diz.
...
"Nao me chame disso ou daquilo se nao sente na própria pele o que eu sinto!
Por que dói olhar no espelho, e odiar quem vê no reflexo...
Dói querer rasgar todos esses exageros definidos em mim.
Quero tira-los, corta-los e joga-los fora...sobre tudo, conseguir sorrir verdadeiramente pra poder viver e não apenas existir."

Tudo isso parece tão além de suas forças, maior até que sua compreensão de si mesma...

Ela não tem rumo mas tem pressa, e mesmo sem destino algum, continua sem a linha de chegada.

- Nathália Martins

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