CAPÍTULO 21- SENHOR ADANS

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JAMES

Estamos em Toronto há uma semana e teremos de prolongar uns dias nossa estadia graças a encrenca que Edward meteu a empresa.

Passar as noites ao seu lado com seu corpo quente e lindo sem poder toca- la estava sendo uma tortura para mim. Eu sei que fui um completo babaca com ela a chamando de prostituta, mas perdi o controle de mim mesmo quando demonstrou carinho por mim. Sua meiguice me fez perceber que não posso alimentar ilusões por ela, nem ela por mim por mais que isso me doa...

Jamais vou voltar a amar alguém!

Não vou me machucar de novo, sei como sofri pela Deyse e não pretendo cometer o mesmo erro. Meu mecanismo de defesa foi a estupidez com a qual a tratei, apesar de me arrepender disso no momento em que vi suas lindas esmeraldas sucumbir em lágrimas. Desde então não consigo parar de me martirizar pela dor que lhe causei, vi um misto de raiva, mágoa e desprezo naquele olhar depois do que falei, Eva se tornou fria e distante comigo e ,mesmo agora que fizemos as pazes ela ainda está distante.

O tratamento que ela deu ao meu pai foi exatamente o que eu esperava, definitivamente ela quebrou todas as regras da casa e minha vovó Rosellin se apaixonou pela moça, assim como o resto da família, o que me deixa incomodado já que flagrei o Lucas e meus os gêmeos a despindo com os olhos inúmeras vezes. Eva parece alheia aos olhares, sempre atenciosa e ao mesmo tempo petulante, nestes poucos dias em que estamos no Canadá ela já conquistou até os empregados. Para minha surpresa meu pai quando Eva está por perto se mantém em silêncio apenas a observando, o que ainda não sei é se isso é bom ou ruim!

Minha família não me pergunta mais pela Katie, parece ser página virada nos jantares e conversas diante da lareira...

Sinto falta da Eva a todo instante que não está sob minhas vistas. Acordar com calor devido ao seu enrosco no meu corpo é maravilhoso, nossos banhos, nossas conversas despretensiosas, suas carícias. As vezes noto que sorriso perde o brilho e seu olhar parece perdido alguns segundos quando estamos a sós...

A Cada beijo e cada afago que trocamos tenho vontade que nosso relacionamento de mentira se torne verdade.

Certo, parece que saio de mim quando o assunto é Eva.

Depois de um dia inteiro no escritório do meu pai finalmente estou na casa da vovó, chego a tempo para o jantar e uma conversa jogada fora em frente a lareira com uma boa taça de vinho. Eu converso com o papai, Edward e Lucas sobre o aumento das ações da empresa e sobre como teremos que nos preparar para a crise econômica que se instalou no mercado e ameaça chegar a nós. A Vovó e minha tia Carly falam sobre os convidados para a festa da empresa daqui a alguns dias e Sara dá algumas dicas de saúde aos gêmeos que pretendem entrar em uma dieta de carboidratos quando ouço uma melodia ser tocada no piano e uma voz cantando baixinho algo na sua língua materna...

Observo que na sala ninguém notou ainda.

Eva sentada ao piano que era da minha mãe. Eu nunca a vi tocar na verdade, mas acredito que seria algo leve assim, em reuniões familiares.

Minha namorada de mentira está belíssima esta noite, num vestido branco com um pequeno decote, justo na parte de cima e solto nos quadris marcando bem apenas seus seios avantajados, uma sandália parata alta e o cabelo num coque meio desarrumado com aqueles cachos pelo seu pescoço emoldurando seu rosto perfeito.

Levanto e vou até ela.

Ela nota minha presença de pé ao seu lado, me fita e para imediatamente de tocar.

Tenta fechar o piano se desculpando.

— Desculpa, eu só estava olhando e...

Minha avó me disse que esse piano nunca foi usado depois que minha mãe se foi. Papai nunca permitiu que voltassem a tocar nele, mas não podia parar aquela voz irresistível...

Latina 1 - O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora