Capítulo 1

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Tudo começa no terceiro capítulo.

"Após passar pela porta, pode correr ou tentar escapar, mas a escuridão para sempre lhe acompanhará"

Naquele dia frio de inverno onde o corpo parece está pesando uma tonelada a mais quando a intenção é levantar logo cedo depois de ter aproveitado todos os segundos do dia anterior e mais algumas horas do dia atual. Oliver estava em um desses momentos, mas sua consciência adotando prioridade lhe apitava em sua cabeça junto com sua mãe gritando de outro cômodo da casa que já estava na hora de levantar. Pensou até em pedir mais dez minutinhos, como era de costume há alguns meses atrás, mas alguma coisa sussurrou em sua cabeça que já estava mais do que na hora de assumir um pouco de responsabilidade, já que ficaria alguns anos longe de sua amada mãe, que lhe faz tudo que pede sem hesitar.

Então ele se levanta com sua consciência lhe aprovando, corre para o banheiro e vai tomar seu banho quente às pressas, porque precisa estar arrumado antes dás nove da manhã. Sai do banho e apronta sua única mala tamanho gigante com todas as peças de roubas que cabia ali do jeito que à arrumava, logo em seguida olha às horas e são exatamente oito e vinte. Ele senta na cama se confortando com o tempo que está ao seu favor e olhando para o espelho dizendo para si mesmo "Vai ser fácil, vou arrumar novos amigos e talvez uma namorada". Logo ele percebe que faltou o mais importante, a roupa que iria em seu corpo. Abriu a gaveta rapidamente visualizando as que sobraram e achou sua camisa branca um pouco larga pois veio de seu pai que nesse exato momento está viajando a negócios, veste a camisa acompanhada de uma bermuda listrada e calçando seu tênis mais limpo. Virou-se para conferir a hora novamente e eram exatamente oito e trinta e cinco, imaginando que seria a última vez que veria seu videogame novamente, decidiu ligar para fazer sua jogatina de despedida, mas para sua infelicidade ainda faltava o café da manhã e era a refeição mais rígida para sua mãe e nada de comer no quarto. Correu apreçado para a cozinha e viu aquele pão com queijo e presunto exposto à frigideira por tempo suficiente para ficar do jeito que ele amava, só sua mãe sábia como agradar ele com um simples misto-quente e apenas um suco de laranja para acompanhar.

- Acabou brincadeira Oliver, agora você tem que mante a cabeça firme para os estudos - Disse sua mãe.
- Com certeza mamãe - Respondeu com o seu costume de chama-la de mamãe.

Levantou-se da mesa que agora estava vazia e totalmente limpa, então começou a caminhar em direção a porta mas parou no meio do caminho com a intenção de respirar bem forte para que aquele cheiro de flores que costuma ficar por toda a casa não saísse de sua cabeça e com esse certo cheiro, uma vez longe de casa, ao mesmo tempo sempre estaria o mais próximo possível de seu lar.

Abriu a porta de casa e sua mãe vinha logo atrás de você, pois não queria perder a oportunidade de levar seu único filho a universidade pela primeira vez. Entrando no carro, ligou o aquecedor para que o vidro desembaçasse e pode-se ver a rua onde já jogou bola com seus amigos que já tinham se mudado a tempo. Ele mantinha a esperança que algum estivesse na mesma sala ou talvez apenas na mesma universidade que ele estava.

Passando pela serra a caminho de seu destino sua mãe Mariana não parava de chorar.

- Não é justo, você cresceu tão rápido! - A cada palavra uma gota de lagrima escorria de seu rosto.

- Você está chorando? Até ontem falava que não via à hora que eu saísse de casa. -Ironicamente falando.

- Eu sei que eu disse, mas estava blefando - Soluçando com um sorriso meigo no rosto.
- Me promete uma coisa filho? - Estacionando o carro na vaga mais próxima do dormitório masculino.

- Claro mamãe! - Sorrindo e esperando a resposta demorada de sua mãe.

- Promete que vai ficar bem e sempre manter contato? - Entrega os remédios de Oliver em sua mão e as fecha com carinho e demostrando preocupação.

- Claro mamãe, quando tacar fogo na biblioteca prometo sair antes que as chamas se alastre. - Debochando de sua mãe, mas com o devido respeito.

- E se comportar também? - Começando a lacrimejar com uma expressão de orgulho no rosto.

- Sempre Mamãe. -

Conheceram um dos dormitórios onde Oliver poderia ficar por esses anos a frente, deram uma volta no campus para conhecer o que estava à espera dele e almoçaram em uma cafeteria que tinha logo ali no meio do campus. Se despediu de sua mãe e quando o carro dela sumiu de seu campo de visão uma lagrima escorreu pelo seu rosto, enxugou com a mão e voltou a cafeteria com a intenção apenas de passar o tempo, nada mais.

- Nota do autor -

Mariana é uma pequena homenagem que tenho a dar como minha solidariedade pelo município de Minas Gerais. Não esqueça do seu voto e comentário!

(❌Selo anti-LeitorFantasma❌)

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