Capítulo 6

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Aquela noite estava fria e o vento não parava de assobiar, as janelas de seu quarto parecia que estavam forçando para se soltar. Seu despertador começou a disparar e no mesmo ato Drake e Oliver levantaram e resolveram de uma vez que estava na hora de espiar. Oliver com seu coração a mil perguntou para Drake:

- Está curioso?

- Claro irmãozinho, vamos na miúda.

- Tudo bem então.

Oliver pegou seu celular e colocou no bolso, se encaminhou até a porta de seu quarto e abriu com todo o cuidado possivel mas era inevitável ela não ranger.

- Eita irmãozinho, isso é um sinal pra gente não ir.

- O que? A porta rangendo?

- Acho que sim.

- Deixe de bobeira, vamos logo.

- Não maninho, confio em meus instintos.

- E o que eles estão te dizendo agora?

- Que isso é furada.

- Então entre frangote.

- Oliver, você não deveria ir.

- Está preocupado comigo, então me acompanhe.

- Você parece outra pessoa, te conheço a pouco tempo, mas percebi essa mudança.

- Vem comigo ou não?

- Fazer o que né maninho, vamos nessa.

Fecham a porta e cada um ilumina o corredor com seu próprio celular. Chegando a porta de saída encontram um homem vestido de branco olhando diretamente para a certa porta, eles voltam e se escondem atrás da parede.

- Sabe quem é Drake? (Disse Oliver com toda a calma do mundo.

- Mais que doidera cara, que roupa mais bizarra. (Sussurrando sem esconder o medo que sentia naquele momento)

Então Oliver estica sua cabeça para ver se o reconhecia, mas já não estava mais lá.

- Ele foi embora, é a nossa chance.

- Simbora então.

Oliver Caminhando lentamente até a porta de saída e Drake logo atrás dele, ambos com a intenção de fazer o mínimo de barulho possivel para não chamar atenção de algum inspetor ou estudante curioso. Chegando até a porta que era enorme então com certeza seria inevitável evitar o barulho passando por ela.

Oliver percebe que aquela não era uma boa ideia, que deveriam procurar talvez alguma janela que não estivesse fechada por cadeado ou a existência de alguma outra porta.

- Drake, melhor achar alguma outra saída.

...

O Silêncio foi sua resposta. Olhou para trás a procura de seu colega de quarto, mas como da ultima vez, sumiu misteriosamente sem fazer sequer um barulho.

- Drake..! Para de brincadeira.. Drake..! (Chamando o bem baixo)

Mas novamente o silêncio total foi sua resposta. Oliver nesse momento sentiu um calafrio, subindo de seus joelhos, cobrindo todo seu abdome e parando em seu pescoço, o deixando totalmente arrepiado. Então daquele vazio saiu uma voz feminina, como se fosse de uma criança de oito anos.

- Olá Oliver, vamos brincar?

Após ouvir essa voz que chegava em seus ouvidos como se fosse um eco, se encosta na porta com o tamanho do medo que dominava todo seu corpo.

- Quem é você? Onde você está? (Dessa vez gritando, com o desejo desesperador de que alguém o ouvisse)

- Aqui em baixo bobinho (Com um tom de voz feminino, mas totalmente assustador)

Então ele olha para baixo e ver a tal menina com um vestido rosa e em suas mãos segurava uma boneca de pano.

- Seu amigo... Meu pai está levando ele para passear, como ele fazia comigo antes da minha mãe morrer e daí ele começou a me maltratar.

- O que você quer?

- Eu quero brincar, meu pai não brinca mais comigo. (Arrancando a cabeça da boneca e entregando para Oliver)

Pega de sua mão que não era nada delicada para uma menina que aparenta ter nove anos no máximo.

- Desculpa menininha, mas tenho que dormir agora, está muito tarde.

- Tarde? Ainda são duas horas da tarde.

Ele olha pela janela que estava bem ao seu lado e a noite ainda permanência.

- Olhe pela janela, já está de noite.

- De noite... Sempre me esqueço disso. (Cai uma lagrima vermelha de seus olhos e após chegar ao chão, simplesmente desaparece)

A menina se vira de costas e no mesmo momento desaparece. Oliver sem acreditar no que tinha acabado de ver, coloca as mãos sobre seus olhos, quando decide tirar, algo mais inexplicável acontece, o sino toca e a escuridão que em poucos segundos estava por toda parte, é substituída pela luz do sol e o trânsito de estudantes a caminho de suas determinadas aulas.

Então por curiosidade resolver ver a hora em seu celular, mas estava sem bateria, ignora o fato de ter saído com ele totalmente carregado e pergunta para o primeiro aluno que vem a sua frente:

- Desculpa, pode me informar às horas?

- Claro, são exatamente Duas horas.

Nota do autor:
Olá pessoal, queria pedir desculpas pela demora deste capítulo, estou sem computador nesse momento e tenho preconceito de escrever pelo celular, mas tive que abrir mão desse preconceito para poder publicar. Espero que tenham gostado. Não se esqueça de votar e deixar o seu comentário dizendo o que está achando do livro, conto com todos vocês!

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