Festa

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Este ano escolar era diferente de qualquer outro que eu tinha experimentado. O purgatório não era tão ruim quando um anjo te acompanhava através dele. Nós compartilhamos a maioria das nossas aulas e, embora o material era um completo desperdício, aprender sobre Bella era a educação que eu mais desejava. Em situações de sala de aula suas reações eram um pouco mais normais, mais previsíveis, mas ela ainda me surpreendia com seus conhecimentos e pontos de vista únicos. Cada dia trouxe uma nova visão do seu ser, e pela primeira vez eu realmente gostava da escola.

O dia voou, e cedo demais eu já estava acompanhando Bella para sua caminhonete. O resto da tarde seria gasto esquivando suas tentativas de evitar sua festa, não era a mais atraente das tarefas. Eu esperava que a visão de Alice estivesse ainda segura e que Bella acabaria por concordar em ir em uma maneira civil.

Sete horas, Edward, não se esqueça. Os pensamentos de Alice passaram zunindo por mim enquanto ela corria para fora do estacionamento da escola no meu carro. Minha irmã parecia estar sob a impressão de que eu era incapaz de me lembrar da festa de aniversário de Bella - evento que ela estava planejando por um mês. Ela sabia perfeitamente bem que eu me lembraria, apenas uma das muitas maldições de ser um vampiro era uma memória infalível. Até recentemente, amaldiçoado era tudo que eu já senti. Não mais.

A resistência começou quando chegamos na caminhonete de Bella e abri a porta do passageiro, como eu fazia todos os dias.

"É meu aniversário, eu não posso dirigir?" Bella exigiu.

Não é um argumento inteligente da parte dela ... "Eu estou fingindo que não é seu aniversário, assim como você queria."

"Se não é meu aniversário, então eu não preciso ir à sua casa esta noite ..." E Alice iria me fazer em pedaços.

"Tudo bem". Eu prefiro suportar a lentidão de como Bella dirige do que a ira de Alice, então eu dei a volta e abri a porta do condutor. "Feliz Aniversário".

Seu rosto se torceu no que parecia ser dor. "Shh", ela sibilou fracamente antes de entrar no carro.

Olhei para Bella, seus olhos estreitando-se ligeiramente com a concentração, enquanto dava ré para a linha dos carros que estavam saindo. Enquanto ela inclinava sua cabeça sobre seu ombro seus cheios e rosados lábios caíram em uma carranca. Ela estava linda, mas infeliz, e minha garganta ardeu mais quente com a vista.

Hora de cumprir o papel que eu tinha que fazer para o benefício de Emmett. Eu brinquei com o rádio antigo, não surpreendido que estática era o máximo que eu conseguia tirar dele. Eu balancei minha cabeça, vendendo o meu descontentamento.

"Seu rádio tem recepção horrível". Quando eu me referi a inadequação do rádio de seu carro, Bella me deu uma bela bronca, ela estava tão irritada.

"Você quer um som legal? Dirija seu próprio carro." Suas palavras eram tão raramente afiadas comigo que eu fui pego de surpresa e quase ri alto. Tal ferocidade de tal criatura gentil e altruísta era contraditória, e eu mal conseguia conter-me.

Ela continuou a se enfurecer, enquanto eu me recuperava da força de sua reação, minha alegria transformando em frustração com sua teimosia. Chegamos à casa dela, e eu decidi que era hora de usar uma forte forma de coerção para quebrar o seu humor enraivado.

Peguei seu rosto em minhas mãos, mal tocando sua pele sedosa. Fechado na cabine seu cheiro impregnava meu próprio ser, atiçando o fogo da minha garganta até que parecia engolir todo o meu corpo. A sensação, embora enraizada na dor, desvaneceu-se para prazer enquanto ela chegava na ponta de meus dedos. A memória do seu gosto, e da euforia que o acompanhava, pairava na beira da minha percepção, sempre tentando-me quando estávamos juntos. Era uma tentação diferente que eu sucumbi enquanto segurava seu rosto delicado, porém, e inclinei-me para perto.

O Lado Sombrio da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora