Contos Esquecidos

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Doutor:

-Chegamos! Londres, ano de 1888, e o mais famoso assassino está a solta. - O Doutor diz enquanto a Tardis está pousando.

-Um assassino? Que romântico! - Rose ironizou indo de encontro ao Doutor que estava a procura de algo nos armários.

-Agora sim estou pronto! - O Doutor havia pego um boné de pano.

-Que droga de roupa é essa? - Rose estava parada olhando fixamente o figurino que em sua opinião estava ridículo.

O Doutor vestia um casaco xadrez amarelo e calças combinando, juntamente do boné de pano.

-Foi um presente do meu grande amigo Sherlock Holmes! - O Doutor dizia naturalmente.

-Sherlock Holmes? Mas ele não existe! - Rose estava incrédula, todos sabiam que ele não existia, pelo menos até esse momento.

-Claro que existe! Mas isso não importa! Vamos, parece que temos um mistério em mãos!- Disse ele já do lado de fora da Tardis, apontando para onde havia uma roda de pessoas que olhavam para um beco escuro, o Doutor sabia do que se tratava, e estava animado para mais uma de suas loucas aventuras.

O Doutor juntamente de Rose se juntou a essa multidão, e se depararam com o corpo de uma mulher loira, de aparentemente 27 anos, que estava jogada no chão com vários cortes na região da barriga.

O doutor tira de seu bolso a sua famosa chave de fenda sônica, e a aponta para o corpo da mulher.

-Morreu devido a hemorragia, e pelo que posso ver falta seu útero, acho que achamos o primeiro vestígio do nosso assassino. - O Doutor estava absorvido pela curiosidade e nem reparou que havia uma criança de aparentemente 12 anos e um homem que pelas vestes deveria ser seu mordomo, na frente dele e do corpo.
O garoto o olhava raivoso, enquanto o mordomo se mantinha em silêncio sem dizer uma palavra e nem demostrava expressão alguma.

Ciel:

Sebastian me passava os horários do dia.

-Bocchan, hoje tem o baile de boas vindas do Conde Trancy, sua moiva irá vir lhe buscar às 7 da noite, a tarde terá aula de esgrima e os outros horários você estará livre. - Meu cansaço estava me consumindo e somente algo me daria forças para enfrentar mais um dia de trabalho árduo.

-Eu quero doce!

-Não antes do jantar, Bocchan. - Sebastian nunca me obedecia quando se tratava de doces antes do jantar.

-Isso é uma ordem, Sebastian!

-Não! - Sebastian a essas horas se parecia com um demônio, seu olhar furioso sobre mim me fez desistir dos doces, eu teria que enfrentar mais um longo dia entediado. Longo, entediante e sem doces.

-Bocchan! Bocchan! - Finnian entrou no escritório com uma carta nas mãos.

-Bocchan, um homem mandou lhe entregar.

Sebastian tomou a carta e logo pudemos saber de quem se tratava.

-Vejo que a rainha precisa de seu cachorrinho novamente.

Abberline anotava sobre a cena do crime.

-Rachel Kishimoto, 27 anos, prostituta, hemorragia devido a retirada do útero, provável vítima de Jack o Estripador.

-Abberline, agora deixe isso comigo!

-Mas Conde Phantomhive eu não posso, tenho ordens de o manter longe da cena do crime! - Abberline tentava parecer firme.

Logo o Sebastian lhe mostrou a carta com o selo da rainha, como não havia mais argumentos se retiraram do local, nos deixando investigar, porém logo um homem fantasiado de Sherlock Holmes juntamente de uma mulher que vestia roupas vulgares se aproximaram do corpo da vítima e o homem passou uma estranha ferramenta que fazia barulho e que brilhava pelo corpo da mulher morta.

Autoras:

Ciel e o Doutor permaneciam calados, apenas fulminando um ao outro com o olhar, o Doutor sabia do perigo que esse Conde representava, ele sabia melhor do que qualquer um ali o quão poderoso aquele ser que se dizia "mordomo" era.

-Prazer eu sou a Rose e esse é o Doutor. - Rose tentou cumprimentar o jovem Conde porém foi impedida por Sebastian de se aproximar de seu jovem mestre.

-Não toque em mim sua meretriz! Sebastian tire-a daqui agora! Isso é uma ordem! - O Doutor logo a colocou atrás de si, para assim poder protegê-la.

-Quem você pensa que é para fazer isso? - Rose ainda não entendia a real situação.

-Conde Phantomhive, vejo que cresceu! Está cada dia mais parecido com o seu pai, soube que está noivo, Elizabeth certo? Ela é uma jovem adorável! - O Doutor falava e Ciel ficava cada vez mais irritado com essa situação.

-Afinal quem é você? - Ciel enfim perguntou e um sorriso se formou no rosto do Doutor.

-Eu sou o Doutor!

-Enfim nos reencontramos Doutor...Já faz alguns anos que não nos víamos! - Sebastian estava feliz por finalmente rever aquele que o impediu de matar todos aqueles que estavam em um trem que seguia rumo ao orfanato que atualmente pertencia ao Barão Kelvin, desta vez ele o mataria se esse fosse o desejo de seu jovem mestre.

-Sebastian! Vejo que não mudou nada! Continua jovem e com um humor contagiante. - O Doutor ironizou.

-Chega dessa idiotice! Esse caso é meu! Vão embora agora!

-Tsc Tsc...errado Conde Phantomhive, você é jovem demais para esse caso é apenas uma criança! Eu sou o novo encarregado. - O Doutor sabia que isso apenas aumentaria a fúria do jovem Conde.

-Eu não sou uma criança! Sebastian mate-os agora!

-Yes, My Lord!

-Não sejam precipitados! Vocês precisam da minha ajuda e eu preciso da de vocês! - O Doutor havia reparado em algo estranho na cena do crime que nem mesmo Sebastian havia reparado.

O Doutor se abaixou e sentiu o cheiro que emanava do chão, havia algo diferente ali, um rastro de quem poderia ser o tal assassino, todos o olhavam curiosos esperando pelo o que ele diria.

-Interessante! - Foi a única palavra que o Doutor disse antes de puxar Rose para irem embora. Já dentro da Tardis, Rose quis chamar a atenção do Doutor, que parecia muito perdido em seus próprios pensamentos.

-Doutor! Doutor! O que foi aquilo lá fora?

-Ora, uma mulher foi assassinada e deram o caso para una criança e um demônio. Essas coisas que vocês humanos costumam fazer.

Rose levantou a sobrancelha, impaciente, e ele se viu obrigado a falar a verdade:

- Rose, estou começando a acreditar que Jack não é exatamente um humano.

Um Doutor, um conde e um mordomoOnde histórias criam vida. Descubra agora