Malfoy e Granger: será Possível?

A Proposta

POV Hermione
Estávamos caminhando pelo jardim, quando notei que o Draco estava muito tenso.
- Draco o que está acontecendo? - Pressionei ele.
- Não é nada Hermione
- Draco Black Malfoy, eu te conheço pode me contar agora.
- Não é nada Hermione já falei.
- ata sei, então quando você quiser contar para mim o que está acontecendo eu posso te ajudar.
Falei isso e fui para o Dormitório arrumar o malão porque afinal, estava na hora de voltar para casa.
- Está bem Hermione eu te conto o que está acontecendo, senta aí. - Eu estava tranquila arrumando meu malão quando ele irrompeu meu quarto.
- Ok.
- Tudo começou quando eu recebi uma carta do meu pai.
- E...?
- Se você não me interromper fica mais fácil de falar.
- Ok
- Você sabe que estamos no meio de uma guerra, não sabe?
- Sei
- Então, o mundo bruxo está dividido entre quem é favor ou contra o Lord das Trevas.
- Draco, não estou gostando do rumo que essa conversa está tomando, pode ser mais direto?
- OK, meu pai me mandou uma carta, e nela dizia que bem... que minha iniciação já está... hãm... com data marcada.
- O que?
- Eu vou receber a marca negra no meu braço, não tenho como evitar é isso, ou seja, nosso relacionamento acaba aqui.
- Você não pode estar falando sério.
- Hermione vá arrumar as suas coisas, que temos que ir embora.
- Draco, volte aqui! - Mas já era tarde ele saiu e se trancou no quarto e eu pude ver uma lágrima escorrendo sobre sua face.
Isso não pode estar acontecendo, depois de tudo ele simplesmente fala que nosso relacionamento está acabando, quem ele pensa que é? Se aquele garoto acha que vai fazer isso e sair impune está muito enganado, deitei em minha cama, e chorando adormeci.
Quando acordei percebi que tinha perdido o trem, mas não me importei, queria aproveitar mais o cantinho que passei com o Draco, antes de partir para sempre, decidi dar uma volta pelo castelo.
Estava em um corredor, revendo uns feitiços que eu aprendi, quando ouço alguém me chamar.
- O seu nome é Hermione Granger não é? - Não acredito, aquela que estava falando comigo era a minha sogra, quer dizer a mãe do Draco.
- Sou sim, por quê? - eu disse em um tom curioso.
- Bom, como você já deve saber eu sou Narcisa Malfoy, mãe do Draco. Soube que vocês eram, hum... namorados, você confirma isso?
- Sim, nós éramos.
- Estou aqui para fazer uma proposta a você, Granger.
- E o que seria?
- Tenho certeza de que Draco já falou sobre esse assunto com você, então eu vou ir direto ao ponto. Meu filho irá receber a Marca Negra em uma data muito próxima, e como o seu... registro sanguíneo não é... favorável,você pode ficar em risco de vida.
- Bom, e o que isso importa para você?
- Acho que como pude observar agora pouco, os seus talentos não podem ser desperdiçados, e como Draco gosta de você, resolvi te ajudar.
- A que tipo de ajuda você está se referindo?
- Eu vim até aqui para te fazer uma proposta, Granger.
- Então faça. - Eu estava morrendo de curiosidade, o que será que a Narcisa queria?
- Você aceita ser uma comensal da Morte? Aceita ficar com Draco e provar que o ama? Aceita purificar esse seu sangue imundo? Pois se quiser, eu tenho a solução. - Ela falou com uma espécie de incredulidade no rosto.
- Ah, eu... O que? Como assim me tornar um Comensal? Eu não estou entendendo muito bem... - Não conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir.
- Olha garota, não tenho muito tempo para gastar com você. Então, vá para a sua casa trouxa, e pense no que eu te disse, caso esteja interessada, me envie uma coruja com a resposta e um lugar para que o Draco possa te encontrar. - Dizendo isso ela saiu.
Horas mais tarde.
Fui à Hogsmeade para poder aparatar e voltar para a casa dos meus pais, ainda muito confusa. Girei no mesmo lugar e senti um gancho me puxando pelo umbigo, quando vi a rua da minha casa aparecendo no meu campo de visão.
Bati na porta, mamãe abriu e me recebeu com um enorme sorriso.
- Filha, ah que saudades! Porque você chegou um dia mais tarde, eu e seu pai ficamos preocupados. - ela disse com o rosto bondoso.
-Ah mãe, é que aconteceu um imprevisto, e desculpa não ter avisado vocês- nesse momento meu pai tinha acabado de entrar na sala de estar- mas agora eu já posso aparatar e então não tive problemas para chegar aqui.
- Você cresceu filha, está mais alta, mais bonita. Estava com muitas saudades! - meu pai disse com uma expressão engraçada.
- Obrigada pai, hum... agora eu vou subir e tomar um banho, estou muita cansada.
Depois de tomar um longo banho eu deitei na minha cama e comecei a refletir... Como seria minha vida daqui pra frente? Como eu poderia viver sem o Draco? E o que eu iria fazer a respeito daquela tal proposta que a Senhora Malfoy fez?
Já era noite. Meus pais estavam dormindo, mas eu não conseguia. Só pensava no que eu iria decidir fazer. As lágrimas caiam sobre minha face, e eu me fazia a mesma pergunta durante horas.... Será que o Draco estava pensando em mim?
1 mês depois.
Minha vida está um lixo. Eu choro todos os dias, meus pais não sabem o que está acontecendo comigo, e talvez nem eu mesma saiba.
Foi aqui que resolvi, eu precisava aceitar a proposta da Narcisa. Ou era isso ou eu não iria conseguir mais viver. Preciso do Draco perto de mim e não importa o que eu tenha que fazer para conseguir isso.
Jantei com meus pais, e fomos para a sala conversar sobre a Austrália. Após alguns minutos eu saquei minha varinha, e com lágrimas nos olhos, ordenei:
- Obliviate.
A memória dos meus pais foi alterada. Mas eu não me arrependo do que tinha acabado de fazer. Era preciso, e agora eles, que a vida toda tinham me criado com amor e dedicação nem sabiam que eu existia.
Peguei uma pena e um pergaminho, escrevi um bilhete para Draco:
Eu tomei uma decisão, quero me tornar uma Comensal, não consigo mais ficar longe de você.
Me encontre no dia 31, na Borgin e Burkes ao entardecer.
Espero que não seja tarde demais.
Hermione Granger.
Aluguei uma coruja e enviei a carta.
Na tarde de 31/07 eu tinha acabado de aparatar enfrente ao lugar combinado, e, para minha alegria, vi Draco Malfoy a minha espera.
Corri até ele.
Ficamos nos encarando por alguns segundos, sem dizer uma palavra. Então ele chegou mais perto, passou a mão pela minha cintura e me beijou ferozmente. E então uma súbita alegria se apoderou de mim. Como eu estava com saudades daquele beijo.
Nos separamos e sentamos em uma mesa ali perto. Finalmente, nós iríamos falar sobre nosso futuro fora de Hogwarts. Iríamos começar uma nova vida, uma vida juntos.