RIDDLE

V- Love Story

We were both young when I first saw you
I close my eyes and the flashback starts
I'm standing there, on a balcony in summer air
See the lights, see the party, the ball gowns
See you make your way through the crowd...

Albus Severus não podia deixar o irmão passar impune. Sua paciência já havia se esgotado de James e suas piadinhas sobre a Slytherin. O pior é que Albus achava que iria para ela, o que só piorava a situação.

Ele caminhava firme e decidido. Tão concentrado nas palavras que diria a sua mãe, que nem viu a garota a sua frente.

- Ai!- Ele ouviu a menina dizer. Um barulho razoavelmente alto se fez no contato dos livros com o chão. Os dois estavam caídos no piso escuro. A garota misteriosa estava recolhendo os livros e Albus se pôs a dar a mão para ela se levantar.

A menina era linda aos olhos do Potter. Seus olhos eram azuis escuros, esverdeados perto da íris. Os cabelos ondulados e dourados emolduravam o seu rosto bronzeado. O menino dos Potters tinha ficado paralisado.

- Desculpe...- A garota murmurou.
- Não fui eu que te atropelei...- Ele disse. A garota esboçou um sorrisinho.
- Me chamo Atrid. Astrid Casster.- Ela se apresentou. O sorriso no rosto de Albus desapareceu. Uma Casster? Porque? Suas famílias brigavam a anos, somente porque seu pai prendeu Evan Casster, que deveria ser o avô de Astrid. Ela era simpática, teria certeza que era de tal família?
- E o seu, qual é?- A loira perguntou.
- Albus... Severus... Potter.- Ele disse relutante. O sorriso brilhante de Astrid também desapareceu. Só poderiam estar brincando com a cara dela. Porque não tinha percebido? Ele tem os olhos verdes do pai, ela se distraíra admirando-os que nem se deu conta. Tinha que ir embora se seu pai a pegasse falando com um Potter, ela seria terrivelmente castigada.
- É... Eu já vou indo... Obrigada por... Ahn... Me ajudar. Adeus.- Disse a loira se despedindo.
- Adeus.- O projeto de Harry falou.

Astrid foi embora em direção a outras prateleiras e por lá ficou. Demorou alguns segundos para Albus retomar o que estava fazendo antes, e por a mente no lugar. Desceu as escadas a procura de sua mãe que estava em algum lugar.

•••

Em outro extremo da Floreios e Borrões, estava Rose Weasley e seus cabelos ruivos pegando os livros mais grossos que encontrava. Em seu dedo ela levava o anel de ouro que ganhara da avó. Tinha uma rosa de turmalina vermelha e seu sobrenome gravado no interior. Pelo menos ela achava que estava com ele. Na toca, ela quebrara o anel ao tentar montar em uma vassoura, uma rachadura tomou conta da base de ouro da jóia, mas ela o usava mesmo assim.

A fenda teria se expandido e o anel caído no meio da loja, que por sorte ou azar da ruiva, fora encontrado por um certo loiro, Scorpius Malfoy.

O garoto não se deu o trabalho de examinar, só o guardou no bolso pensando em quem teria perdido. Correu os olhos pelas prateleiras até parar em certo ponto, onde sua atenção fora roubada. Um emaranhado de cabelos vermelhos estava parado em frente a sessão de livros de história da magia, e a dona dos cabelos carregava uma sacola cheia de livros grossos, que só de imaginar para que ela usaria, já lhe dava sono. Sentiu uma mão nos ombros e olhou para trás.
- Já comprou seu material Ast?- Perguntou Scorpius para a prima loira atrás dele. Ela estava com uma cara tensa, de quem perdeu algo importante, ou acabou de descobrir que é adotado.- O que houve Ast?
- Nada... Eu só estou meio confusa com esse negócio de Hogwarts e tal...- Ela disse suspirando.- Você acha que minha mãe vai ficar brava se eu não for para a Slytherin?- Scorpius abraçou o ombro de Astrid, tentando acalmar a prima que parecia a ponto de chorar.
- Acho, eu acho que vai. Mas não importa o que ela sentir, importa o que você sentir. Se você for para a Slytherin, Gryffindor, Hufflepuff ou Ravenclaw, todas as casas vão ter ganhado uma bruxa propensa a desastres.- Astrid se afastou do primo e deu-lhe um soco no braço.- Ai! Olha a agressão!

- Morgannie! Isso é jeito de uma dama se comportar!- Disse Daphne Casster rígida. A filha da mulher de 54 anos se ajeitou no lugar e alisou o vestido azul marinho.

Se dependesse de Draco, os Casster não seriam seus parentes, e acho que se dependesse deles também. Mas Astoria tinha insistido que as famílias se relacionassem, afinal Dphne era sua irmã, as duas eram da família Greengrass antes de se casarem. Depois da amizade das crianças, quem podia separar? Daphne tinha perdido o marido ano passado, tinha ficado pior quando prenderam seu pai. O ódio circulava em suas veias, principalmente porque ela tinha visto a pouco a filha falar com a cria dos Potters.

- Astrid Morgannie Casster Já disse que não é para falar com ninguém que tenha o sangue daquela família desprezível correndo nas veias. - Disse Daphne irritada.
- Me desculpe, eu não sabia que era um Potter até ele se apresentar.- A menina disse quase num sussurro.
- Qual é o problema dela falar com alguém daquela família?- Perguntou Scorpius para a tia.
- É verdade, Qual é?- Perguntou Draco.

Daphne se aproximou do cunhado com os dentes cerrados e fúria aparente, com uma voz profundamente irritada, ela disse:
- Se você não se lembra Draco ele prendeu o seu sogro! Esse é o problema!

Astoria não estava gostando do clima e inventou qualquer desculpa para sair dali.
- Por Merlim com está tarde!- Ela exclamou olhando para o pulso que não tinha relógio algum.- Temos que ir agora mesmo!
- Tchau Astrid!
- Tchau Scorpius!

Quando chegou em casa, Astrid suspirou tranquila, sua tia conseguira ajeitar o astral de todos na aula. Mas isso só adiou a bronca, mas pelo menos não foi em público. Além de tudo foi proibida de ver Scorpius até ir para Hogwarts. Por que não podia ter um amigo?

•••

- CADÊ O MEU ANEL?!- Gritou Rose Weasley com o irmão que saiu correndo para trás do sofá gritando: "Não fui eu! Não dessa vez! "
- O que houve querida?- Perguntou Ron Weasley. A garota o olhou profundamente com seus olhos azuis, tinha um brilho no olhar. O mesmo brilho que tinha todas as vezes que ia dedurar o irmão.
- O Hugo pegou meu anel, novamente.
- Não fui eu!- O irmão se defendeu.
- Então quem foi?- Ela perguntou decidida.
- Um duende, sei lá! Mas não fui eu!- disse o menino.

Rose olhou triste para o pai, que tentou reconforta-la lhe dizendo algumas palavras:
- Deve ter caído lá no beco diagonal ruivinha, lembre-se do que sua madrinha sempre lhe diz...
- ... As coisas que nós perdemos sempre voltam para nós, às vezes não é do jeito que nós esperamos, mas voltam.
- Pense nisso, ok?- Disse Ron Weasley. A menina assentiu com a cabeça e foi em direção ao quarto cabisbaixa. Ela esperava que o conselheiro da madrinha estivesse certo, porque ela queria muito o seu anel de volta. Não por ser bonito, mas sim porque sua avó que lhe deu.

A menina subiu e foi para o quarto, ler os seus livros de romance, enquanto sonhava com o dia em que seu príncipe encantado viesse lhe buscar e pedisse sua mão em casamento.

Marry me, Juliet, you'll never have to be alone
I love you, and that's all I really know
I talked to your dad, go pick out a white dress
It's a love story, baby, just say yes...