Capítulo 5 - Conversa? (Parte 2)

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   Insinua-se um sorriso em seu rosto, mas logo desaparece. Meio que sem saber o que fazer, sento-me novamente em minha cama e cubro o rosto com as duas mãos, para ver se consigo pensar com clareza e racionalmente.
   Depois do que parece ser muito tempo, retiro minhas mãos do rosto e olho para ele, que nesse meio tempo chegou ainda mais perto de onde eu estou.
   Muito perto. Mais perto do que é necessário.
- Já resolveu se vai me responder ? - pergunto incentivando-o a falar.
- Meu nome é Erick - ele começa e eu me ajeito melhor na cama para ouvi-lo. - Não quero nada de você, apenas lhe contar a verdade - continua. - E suas amigas só se lembram do que eu quero que elas se lembrem - ele finaliza olhando ainda mais fundo em meus olhos.
   Me afasto dele ainda na cama e depois me levanto, ando até a janela onde Erick estava a poucos minutos e ainda de costas começo a dizer tudo que penso sobre a situação.
- Vamos ver se eu entendi direito: - começo a listar, me viro em sua direção e olho bem em seus incríveis olhos verdes. - Seu nome é Erick - ele assente. - Você quer me mostrar a "verdade", sendo que você nunca me viu na sua vida - ele sorri e isso quase me desconcentra. - E você fez minhas primas desmaiarem, estalando seus dedos...
- Não é estalando os dedos que faço isso acontecer, mas prossiga - ele me interrompe, e depois cruza os  braços sobre o peito, ainda incentivando para que eu continue falando.
- O que exatamente você é ? - pergunto, mordendo meu lábio inferior, tentando afastar meu nervosismo.
- Eu sou um demônio e é só isso que você vai saber sobre mim - ele responde sem rodeios. - Mas não precisa ficar com medo - ele me aconselha.
- Não estou com medo - e por incrível que pareça é verdade, eu estou nervosa, mas não com medo.
  Seus lábios se contorcem para cima, insinuando um sorriso de satisfação pela minha resposta.
- Você é cética demais para estar com medo, viu tudo o que fiz e sabe que posso fazer muito mais e não sente nem um pingo de medo - ele diz olhando bem fundo em meus olhos.
   Ele me olha por um bom tempo, tempo demais. Começo a me sentir desconfortável com seu olhar penetrante, então viro-me de costas para ele, isso ajuda-me a recuperar minha concentrar.  Quando consigo me controlar e resolvo olhar de volta em sua direção, percebo que ele não está mais lá, parado perto da minha cama. 
   Ele sumiu, de novo, do nada. E não sei quando vou vê-lo novamente, mas algo dentro de mim me diz que vai ser em breve.

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⏰ Última atualização: Nov 22, 2015 ⏰

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