Histórias Aleatórias de Escritoras Anônimas

O Triste Fim de L. Bennetore

ELA

- Olha só, me desculpa, me desculpa mesmo se eu estragar a nossa amizade, mas você tem uma alma boa e pura, você encanta a todos, e por tabela me encantou. É impressionante o modo coo me tornei dependente da sua presença, do seu jeito de falar, e até do jeito que você puxa as calças enquanto anda. De novo, me desculpa, eu sei que vou foder com toda a nossa amizade, mas eu te amo, eu me apaixonei por você e não sei o que fazer com esse aperto no meu peito!

Os curtos dois segundos que ele levou pra responder mais pareceram dois anos:

- Você tem razão, fodeu mesmo com toda a nossa amizade, pra mim chega!

E foi então que ele me deu as costas e saiu do meu quarto, da minha casa, da minha rua, da minha vida.

[...]

O sangue que escorria das minhas coxas já não eram o suficiente, a voz dele ainda ecoava na minha cabeça "Você tinha razão" "Você tinha razão".

Se passaram dois anos desde que Christian tinha me abandonado, mas aquele dia me assombra 24 horas por dia, todos os dias depois daquele doingo.

Meu computador me avisou que tinha chego um email:

"Gostaria que comparecesse à minha festa de 21 anos

Rua Glasfonbury, 2354, no sábado às 20:00

Christian McDonough"

Festa. Festa. Festa. FESTA! Não pode ser! Mas pera, sábado é amanhã!!! Ferrou

[...]

Eu estava quase chegando na festa. 21:30. To muito atrasada. Nossa.

Assim que cheguei no jardim da casa extremamente luxuosa pude escutar uma voz linda cantando, era a voz dele, uau, eu não sabia que ele cantava assim.

Quando eu entrei ele estava em cima de um pequeno palco que eu julguei ser na sala de estar. Sentado, tocando violão e cantando uma música extremamente romântica. Fiquei sem fôlego no momento em que achei que nossos olhos tinham se encontrado, mas ele não teve reação, acho que não me viu.

A música acabou e quando eu achei que ele sairia do palco, a voz familiar preencheu a sala:

- Tem uma pessoa muito especial aqui hoje, eu não sei muito bem como dizer isso, mas eu to apaixonado - meu coração parecia explodir a cada batimento - A gente passou muito tempo junto e, nossa, ela me tem por completo - e quando eu pensei, por um breve e egoísta momento, que ele chamaria meu nome, as explosões do meu coração pararam repentinamente e eu perdi o ar - Halsey sobe aqui.

Não sou eu. Não sou eu. Não sou eu...

Ela subiu graciosamente e ele a beijou.

Por fora eu estava séria olhando aquela cena; por dentro eu estava caindo aos pedaços, e cada pedaço que atingia o chão se quebrava em milhões de pedacinhos.

Não me dei conta de como, mas lá estava eu, num banheiro qualquer enfiando um pedaço de vidro o mais fundo que eu conseguia na minha coxa esquerda. De repente senti um espasmo e uma quantidade excessiva de sangue começou a sair. Pois é, esse é o fim, o triste fim de Larissa Bennetore.

ELE

Era o dia mais feliz da minha vida, tenho uma namorada maravilhosa, todos os meus melhores amigos estão aqui reunidos festejando e bebendo comigo. É Chris, você conseguiu.

Mas como tudo que é bom dura pouco, eu vi uma maca de ambulância saindo de um dos lavabos com uma garota em cima. Engraçado, eu já vi aqueles cabelos loiros em algum lugar. Do mesmo jeito me aproximei da maca e como se um raio me atingisse, os flashbacks daquele domingo passaram diante dos meus olhos. "Me desculpa", "e por tabela me encantou", "mas eu te amo", "eu me apaixonei por você" Era ela.

Quando cheguei mais perto da maca vi que ela tinha um enorme corte na perna e os médicos estavam tentando estancar o ferimento. Por algum motivo vê-la daquele jeito esmagou meu peito, mas afinal, o que ela fazia na minha casa?

Com uma pulga enorme atrás da orelha entrei na ambulância e fui até o hospital.

[...]

- O que o senhor é dela? - aquela voz de secretária interrompeu meu caminho até o quarto.

- Sou o melhor amigo, venho aqui todos os dias e você sabe, sempre que venho você me vê, agora se me der licença...

Não esperei por resposta e saí andando. Larissa estava em coma faz 1 mês. todos os dias venho aqui e fico com ela, é o minimo que eu posso fazer depois de ter agido como um idiota, dois anos atrás

Larissa era órfã e eu, sendo tudo o que ela tinha, a deixei.

Ela passou por uma cirurgia de 4 horas e meia, uma veia adjacente da principal que temos na coxa foi cortada e ela quase morreu; desde a cirurgia ela está em como induzido, e hoje é o dia em que os médicos deixarão ela acordar.

Não sei o que pensar

Não sei como agir.

O que será que ela estava fazendo na minha casa?

Por que será que ela tentou se matar daquele jeito?

Será que ela tem raiva de mim? Bom, eu não a culparia se tivesse.

São tantas perguntas com respostas breves demais.

Estou com medo. Queria que as co...

- Christian?

Me virei rapidamente para a cama e olhei seu belo par de olhos verdes, a única coisa que consegui falar foi:

- Lari...