Depois de andar algum tempo pela floresta, encontro a minha suposta casa.
Enquanto caminho até a cozinha ouço uma voz aguda e estridente romper pela pequena sala.
--Leontine, onde a senhorita pensa que vai?—Virei meu rosto em direção a essa voz irritante e me deparo com uma mulher de meia-idade, com cabelos pretos, seus olhos marron, estão fumegando de raiva.
Apesar de alguns traços em seu rosto que a faziam parecer um pouco mais velha e cansada. Ela era realmente uma mulher bonita.
--O que quer?—pergunto friamente
Ela se levanta da sua poltrona – isso são modos de falar com sua mãe?—
Suspiro com que então essa é a minha “mãe”. – O que deseja mãe?— IronizoEla senta novamente na poltrona – nunca mais volte a falar daquela maneira com seu noivo, ainda bem que ele é louco por você---
Olho secamente em seus olhos – eu não vou casar---
Ela se levanta e fica frente a frente comigo – esta proibida de falar assim a respeito do seu noivo, e muito em breve futuro marido---
-- Eu não me casarei, nem morta--- retruco
Assim que termino minha frase só vejo a sua mão vindo em direção ao meu rosto.Minha cabeça balança para o lado, com o impacto de sua mão em meu rosto.
---você vai casar, e não se fala mais nisso entendeu bem?--- ela grita
Eu olho friamente pra ela – nunca mais encoste a mão em mim, e se gosta tanto desse homem porque não casa vosmecê com ele— esbravejo enquanto caminho até ao meu quarto.
----Nunca mais fale assim, não desrespeite seu pai que farta-se de trabalhar pra você e sua irmã. Você não passa de uma ingrata, menina insolente-- ela grita. Mas eu apenas me limito a caminhar em silêncio ate ao meu quarto
Sento na beira da cama, lágrimas escorrem pelo meu rosto “Lara sinto tanto sua falta minha irmã” confessei fumegando entre lágrimas.
--posso?---
Olho para a porta e vejo Léa – pode sim, esse também é seu quarto— digo enquanto seco as lágrimas com a palma da mão.Ela senta na beira da cama comigo e olha para o vazio ---parece que o dia não foi bom pra nenhuma das duas.---
Levanto da cama e sento na arca que esta perto da janela ---como foi com esse tal de Cael?—
Ela suspira, seus olhos estão lacrimejados ---não foi, simplesmente a mamã nem deixou ele falar, começou logo a dizer que você ainda não estava casada--- não contendo mais as lágrimas ela desaba chorando --- ela o mandou embora---
Eu levanto da arca e abraço ela ---tudo vai dar certo, acredite em mim— confessoEla se livra do meu abraço e esbraveja ---case logo com aquele homem, todos sabem que ele sempre foi louco por você, ele é rico, poderá lhe dar uma vida maravilhosa, porque você tem sempre que ser egoísta? Você tem tudo, um homem que tem ama, rico, é linda, deixe de ser egoísta, olhe pra você com vinte e cincos anos e ainda solteira---
Suas palavras doeram forte em meu peito, ouvir essas palavras foi como se tivesse levado com mil rochas sobre meu corpo, ela estava fazendo um juízo errado a meu respeito, nunca em toda a minha vida fui egoísta, ela sim estava sendo a mais pura egoísta que eu conheci em toda a minha vida.
Encaro ela friamente nos olhos ---você chama isso de vida? Pede-me pra casar sem amor, quem é você para me chamar de egoísta? Você ama o Cael certo? o que sentiria se eu lhe pedisse pra casar com outra pessoa, que não seja Cael? Você consegue imaginar sua vida sem ele? Conseguiria entregar seu corpo a outro homem? Quando seu coração, seu corpo e principalmente sua alma já pertencem a outro? Me diga quem esta sendo a egoísta aqui?--- sinto as lágrimas escorrerem como cascatas em meus olhos, viro o rosto para longe do seu olhar, e fico encarando a janela.
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Eterno Amor
Roman d'amourTodas as noites Lexi sonhava com um homem. Ela não sabia quem era ele, nem se ele era real ou fruto de sua imaginacão. Mas um dia uma senhora lhe oferece um colar com metade de um coracão. Ela sentiu que esse colar fazia parte dela, mas ela não sab...