Capítulo 04

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    Já se passou uma semana depois da discussão que tive com meu pai, e eu ainda estou meio chateada com ele. Parte por quase ter me expulsar de casa e parte por ter me feito aceitar fingir ser namorada de um garoto problema que eu nem conheço. Mas tenho certeza que essa raiva que estou sentido vai passar logo, porque eu não consigo passar muito tempo chateada ou com meu pai. Sempre é assim. Ele vai acabar aprontando uma comigo ou vamos discutir e eu não vou passar mais que um ou dois dias chateada com ele, porque ele sempre vai me fazer passar raiva e depois disso vai tentar me agradar de algum jeito.

No momento estamos dentro do carro e no meio de um congestionamento desnecessário que já tomou quase uns quinze minutos do nosso tempo. Pra mim tanto faz, não estou com um pingo de pressa para onde quer que estamos indo. O contrário do meu pai, que se pudesse saía passando por cima de todos os carros que estavam na sua frente.

- Maldito trânsito. – Disse ele checando o relógio no seu pulso. – Eu tenho muito o que fazer hoje, não posso ficar perdendo meu tempo aqui.

Passando mais alguns minutos, continuávamos no mesmo lugar. Meu pai começou a fazer algumas ligações para falar que ia se atrasar um pouco por conta do trânsito. Assim que meu pai terminou sua última ligações os carros a nossa frente começaram a andar, o trânsito estava voltando ao normal aos poucos.

Depois de um tempo entrando e saindo de ruas, virando a direita aqui, virando a esquerda ali, meu pai parrou em frente a um prédio. Desceu do carro e seguiu em direção a ele. Quando percebeu que eu não o seguia ele voltou.

Deu umas batidinhas no vidro carro e eu o abaixei um pouquinho para ouvir o que ele iria falar.

- Vamos lá Claire, desça do carro, preciso que venha comigo. – Falou ele.

- Por que? – Perguntei

- Preciso que venha comigo.

Sem perguntar mais nada peguei minha bolsa que estava no banco de trás e desci do carro. Vasculhei a bolsa a procura dos meus fones de ouvido e o encontrei no fundo da bolsa e meio a papéis de balas, números de alguns garotos que conheci em festas que provavelmente eu nunca irei entrar em contato, e um saquinho de jujuba. Botei uma musica qualquer e deixei meu celular no aleatório.

Entramos no prédio, meu pai falou alguma com o cara que estava na portaria e seguimos para o elevador. Enquanto estávamos dentro do elevador ele falava alguma coisa para mim. Talvez não tinha percebido que eu estava com fones e não estava ouvindo ele.

Paramos no andar desejado e saímos do elevador, seguimos por um corredor e logo meu pai parou em frente a uma porta. Ele a abriu e entramos. Fiquei perto da porta que agora estava fechada, enquanto ele andava pela sala. Andrew só podia ser bem íntimo do proprietário do apartamento pra ter entrado assim, pensei.

Ele fez um gesto para eu tirar meus fones e assim fiz.

- Iai o que achou? – Perguntou ele, animado, se referindo ao apartamento.

- É legal. – Respondi.

- Só legal? Você gostou? – continuou perguntando

- É bem legal pai. Onde está o dono?

- Eu estou olhando para ela agora mesmo.

Olhei para trás procurando alguém e não vi ninguém, então logo percebi que ele estava se referindo a mim. Fiquei tão feliz que fui em direção ao meu pai e o abracei bem forte em forma de agradecimento.

Fake Girlfriend (M.C)Where stories live. Discover now