WhatsApp. || N.H.

46.

- Baby all I want for Christmas is youuuuuuuu... - cantei a plenos pulmões enquanto tomava banho. Natal sem a música da Mariah não é Natal.

Saí da banheira, é dia de Natal e eu tenho que provavelmente descer antes que o Rupert, o filho do Oliver de dez, o namorado da minh mãe, tenha um ataque de coração.

Arrangei-me o mais quente que podia pois está um frio de rachar, e desci as escadas da minha casa, encontrando a ruiva e o resto da família dela na minha sala de estar.

- Rozella! Que saudades! - Ella, a mãe da April disse com um grande sorriso enquanto caminhava para mim com um sorriso amistoso.

- Olá tia Ella, como estás? - perguntei enquanto a abraçava.

- Bem minha querida! E tu?

- Muito bem! - sorri. - Vamos abrir as prendas agora, o que acham? - olhei directamente para o Rupert e ele assentiu freneticamente.

Começámos a abrir as prendas, o Rupert recebeu dois bonecos do Action Man, uma mota também do mesmo brinquedo. Uma trotineta a motor, provavelmente vou morrer atropelada por aquilo, mas pronto, é assim a vida. E recebeu ainda dinheiro e alguma roupa.

A minha mãe recebeu um cachecol e uma gola. Uma camisola e uma viagem para ela e para o Oliver. Malditos não me incluíram... como renegar a filha/enteada!!!

Quando finalmente rodou a sala inteira e chegou finalmente a minha vez, já que a maldita da ruiva a quem eu chamo de melhor amiga quase esfaqueou todos na divisão para que eu fosse a última. Isso mesmo April despreza a tua única melhor amiga. Tombs up para a maluquise dela.

Eu recebi umas calças de ganga escura, duas camisolas, uma preta e uma igualmente preta, mas com desenhos. Uma mala beje que sinceramente apaixonei-me pela mala, tipo amor à primeira vista. Foi tipo, BUM I LOVE YOU. Foi algo assim!! Recebi uns ténis vermelhos lindos.

- Ainda não acabou! - April disse com um embrulho na mão.

- Mas tu já me deste a tua prenda! - ergui uma sobrancelha.

- Sim, mas esta é do we-know-who! - ela disse com um riso.

- Wow, o Voldemort mandou-me uma prenda! - abri a boca tentando parecer mesmo chocada.

- Vê isso e cala-te pah! - ela quase me mandou com o pequeno embrulho à cabeça.

Abri o pequeno pacote e lá dentro estava uma caixa. Quando abri a mesma, estava lá um colar de prata com pendente azulado, e na parte de dentro da caixa dizia que era a " pedra da sorte ".
- Eu vou matá-lo! - murmurei sorrindo. Isto deve ter sido uma fortuna, mas é lindo. - Eu não lhe comprei nada.

- Ele disse para tu nem sonhares em lhe comprar alguma coisa ou ele agredia-te... mas ambas sabemos que o " agredir " - ela fez aspas. - dele é mais beijos e abraços. Por isso, no worries.

- Posso saber quem te mandou isso, filha? - a minha mãe intrometeu-se e eu saltei por a ter quase colada ao meu ouvido.

- Credo, mãe. - meti uma mão no peito, tentando mostrar à minha progenitora que quase me mijei toda devido ao susto que ela me pregou.

- Posso saber ou não? - ela voltou a falar e eu suspirei.

- É aquele rapaz de quem te falei. - encolhi os ombros.

- Bom... tia, podemos ir almoçar? - April salvou a minha pele quando a minha mãe disse que sim com um grande sorriso no rosto e se encaminhou para a cozinha.

Agradeci mentalmente à agora salvadora da minha vida e logo depois tirei o telemóvel do bolso. Assim que abri a conversação com o Niall no whatsapp, e carreguei no botão de ligar.

Ao fim do terceiro bip ele atendeu.

- Rue? - a sua voz pareceu surpreendida.

- Olá meu bebé! - sorri largamente enquanto caminhava para o meu quarto para poder falar mais à vontade com ele.

- O que se passa? - ouvir a sua voz quase me fez chorar de saudades que eu sentia dele.

- Eu tenho que ser sincera contigo! - murmurei esperando que ele tivesse ouvido.

- Fala Rue! - foi tudo o que ele disse.

- Eu andava completamente confusa... sobre sabes... o que eu queria. Eu gosto de ti, bem mais do que gostar para ser sincera, mas raramente estás comigo devido ao teu trabalho e eu compreendo e nunca me irei opor ao que tu fazes, não seria justo... - suspirei.

- Rue, pára de divagar e diz-me o que passa! - ele disse e eu podia perceber que ele estava nervoso.

- Desculpa... enfim, eu achei que sentia algo pelo Benji, mas acho que era apenas uma forte amizade que nós tinhamos criado e era também o facto de ele estar sempre comigo, eu não sei... estava confusa! - suspirei mais uma vez.

- Onde queres chegar com esta conversa?

- Quero dizer que te amo, estes dias sem ti têm sido seriamente insuportáveis. Aguento estar sem ele e sem falar com ele. Mas o mesmo não acontece contigo! - encolhi os ombros, mesmo sabendo que ele não iria ver. - Niall, eu estou completa e inovidavelmente apaixonada por ti e eu não sei como lidar com estas saudades.

- Eu também sinto o mesmo Rozella, sinto que não consigo estar muito tempo sem ti e estas saudades matam-me. - ouvi o seu suspiro e não consegui evitar em sorrir para além das lágrimas de alegria que escorriam pelas minhas bochechas.

- Faltam poucos dias para te ver novamente! - murmurei por entre um soluço.

- Não chores amor, são só mais cinco dias! Vão passar rápido! - ele tentou consular-me embor isso não estivesse realmente a resultar, apenas o queria aqui ao pé de mim.

- Tenho que ir bebé! A minha mãe está a chamar-me para almoçar! Amo-te muito loirinho. - mandei um beijinho.

- Beijos amor, amo-te muito pequena! Depois liga-me quando puderes! - ele disse e eu concordei com um " hmhm ".

- Ahh e obrigada pelo colar, é lindo!

Desliguei a chamada e limpei as lágrimas, tentei arranjar a maquilhagem o mais que consegui para que não se notasse que estive a chorar.

Eu amo o Niall e ele também me ama. Podia pedir por mais? Não, duvido muito.

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Prometido é devido meus amores. Eu disse que ia meter hoje e pôs.

Sei que demorei muito a meter um novo capítulo e a culpa é unica e exclusivamente da escola e dos malditos testes. :o

Juro que vou tentar meter com mais regularidade, porque vocês são sem dúvida as melhores leitoras do mundo e eu não conseguia escrever esta história sem vocês.

Amo-vos ♡ e obrigada por tudo.