A Ascensão do Arqueiro - Prólogo

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“O destino do mundo está no destino da guerra, o qual não podemos escapar ou prever,

Apenas lutá-lo. Hoje, eu poderia dizer que o destino não está em nossas mãos.”

Diário de Zragthor filho de Fanthor, Página 36

Linhagem dos Magos. A Primeira Casa Dos Dorsir

Prólogo

Era um dia comum em Brudgham, como todos os outros para todos os cidadãos. Menos para um jovem garoto, Aust.

 Ele acordou bem cedo naquele dia. Motivado por um teste na Escola de Guerra, ele deveria treinar um pouco e relaxar os músculos antes de ir.

Ao nascer do sol, se levantou. Arrumou sua cama como era de costume, vestiu suas roupas e se armou como também de costume. Ao sair do quarto, deu uma olhada ao redor para conferir se tudo estava como ele gostaria. Satisfeito, saiu encostando a porta.

Entrou na cozinha e sentou-se na pequena mesa de carvalho, onde estava um cesto de pães frescos e uma jarra de leite.

Serviu-se de leite e comeu o pão, mastigando a comida rapidamente e ignorando a velocidade.

Rapidamente se dirigiu ao fundo do ambiente, e saiu pela porta de madeira que dava nos fundos da sua casa, onde alguns troncos de árvores que foram cortadas permaneciam ali.

As marcas de flechas e espadadas nos troncos deixaram claro que aquele era um local de treinamento do jovem Aust, que desde que entrou para a Escola de Guerra se apaixonou por luta e combate, o que ainda não era o que o fazia diferente dos garotos do reino. A guerra constante nas Ilhas Médias fazia todos os garotos do reino estudar combate, na teoria e principalmente na prática, fazendo-os guerreiros o mais cedo possível.

Ele trazia consigo uma espada de madeira, usada comumente em treinos, e aljava cheia de flechas que foram feitas por ele mesmo.

Retirou algumas flechas da aljava e tocou levemente nas pontas, verificando se ainda permaneciam afiadas desde a última vez que as usou. Em algumas flechas ainda permaneciam algumas farpas de madeira, demonstrando que isso não fazia muito tempo.

Ele as limpou com sua capa de couro, vestimenta geralmente usada por aqueles que se autonomeavam arqueiros.

Num tronco ao lado estava encostado seu arco de treino. Com cordas já enfraquecidas e a madeira ainda bem-polida, o arco era quase do tamanho da estatura de Aust.

Ele o pegou e posicionou uma flecha. Mirou num tronco há aproximadamente doze metros à frente, dentro da pequena floresta fechada próxima a região da sua casa.

A flecha disparou num som forte e cortante, e logo furou o tronco fincando-se.  As cores vermelhas pintadas no tronco em forma de circulo indicaram que ele tinha acertado em cheio o alvo. Ele se sentiu satisfeito, e disparou mais alguns tiros até decidir que era hora do treino com a espada.

 Do outro lado da onde treinava, havia um tronco mais alto. Ele estava revestido com couro de algum animal e notavelmente marcado pelos golpes de espada.

Aust caminhou próximo ao tronco, e numa girada fez com que a ponta da espada, que estava encostada no chão, viesse para cima e que o cabo caísse certeiramente em sua mão, e o segurou firme. Deu um passo para trás e colocou o pé esquerdo um pouco para trás. Foi quando apertou os dedos no cabo da espada, certificando-se de que a segurava firmemente.

Com uma velocidade de raio, Aust golpeou pela direita o tronco, e antes que pudesse perceber, outro golpe acertou o lado esquerdo, depois disso ele disparou novamente para a direita, depois golpeou abaixo e outro golpe na mesma velocidade atingiu a parte superior do tronco. Ele era realmente rápido.

A Ascensão do ArqueiroWhere stories live. Discover now