**Macollin:**
Katherine estava andando de um lado para o outro, claramente ansiosa, enquanto Norbert permanecia sentado, fixo no chão. Já fazia meia hora que estávamos naquela sala na casa de Norbert, e eu sabia que algo estava muito errado.
- Vocês têm que falar logo! - exigi, minha voz carregada de frustração.
A tensão no ambiente era palpável, e os dois estavam extremamente nervosos.
Foi quando Jenna entrou na sala. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e sua voz estava embargada.
- Ela se foi...
Meu coração parou. Não podia ser verdade. Minha mãe não poderia estar morta.
- Não, isso não é verdade! - engasguei, tentando negar o que eu sabia ser real.
Jenna me abraçou, e eu vi Katherine e Charlie se consolando em um canto. As lágrimas começaram a escorrer incontrolavelmente pelo meu rosto.
- Mentira, eu preciso ir para o hospital agora! - soltei-me do abraço de Jenna e fui em direção a Katherine.
No carro, Katherine assumiu o volante enquanto eu me sentava no banco do passageiro, perdido em pensamentos desesperados. Dirigi rapidamente até o hospital, na esperança de encontrar minha mãe ainda viva.
Na recepção, minha voz tremia ao pedir informações sobre Teresa Revigori. A funcionária digitou algo no telefone e seu olhar se tornou um misto de pena e formalidade.
- Desculpe, senhor, mas ela não está mais aqui.
- Ela foi para casa? - perguntei, a esperança ainda viva.
- Lamento, senhor, mas o corpo dela está no ML.
As palavras não faziam sentido. Era uma brincadeira cruel, um teste para minha sanidade?
- Em que ML? - perguntei, determinado a ver com meus próprios olhos.
- Senhor, o ML precisa de algumas informações; o senhor precisará preparar o velório.
- Ela não está morta!
- Deixa que eu cuido de tudo. - A voz de Jenna, suave, confirmou o que eu temia.
- Jenna, é verdade mesmo?
- Sim, Macollin, aceite isso.
**Jenna:**
O caixão estava no centro da igreja, cercado por pessoas que eram próximas de nossa família. O ambiente estava carregado de tristeza.
- Jenna, querida. - A voz familiar de Isobel me tirou do torpor.
- Isobel, quanto tempo.
- Lamento muito pelo ocorrido.
- Obrigada.
- Aquele é Macollin? - Isobel perguntou, olhando para a porta.
Quando me virei, vi Macollin já de joelhos na frente do caixão. Suas lágrimas caíam incontrolavelmente enquanto ele murmurava palavras de dor e perda.
**Flashback ON:**
Lembro-me de um dia ensolarado, com todos participando de um piquenique que Teresa organizou. Louis e Macollin corriam e brincavam, enquanto eu estava no balanço, admirando aquela cena de felicidade.
Então Brad chegou.
- Pai? - Macollin perguntou, surpreso ao vê-lo.
- Collin, como vai? - Brad o abraçou.
- Estou bem. Você vai estar no meu aniversário de 18 anos? - Macollin perguntou com esperança.
- Acho que não poderemos...
- Por que não, pai? - Louis questionou.
- Sua tia Teresa está doente... - Brad respondeu.
- A mãe está doente? - Macollin interrompeu, visivelmente preocupado.
A situação rapidamente se tornou tensa. Brad tentou forçar Teresa a participar, ignorando suas reservas.
- Você não vai participar desse momento em família? - Brad exigiu.
- Não, estou me sentindo bem... - Teresa tentou se esquivar.
- Você ficará com a gente, sim! - Brad gritou.
- Tia, tudo bem, pode ir. - Louis tentou intervir.
- Quem você pensa que é para me contrariar?
Brad agarrou Teresa pelos cabelos, arrastando-a para o piquenique enquanto ela gritava por socorro. Macollin tentou intervir, mas foi empurrado e acabou caindo.
- Eu vou defendê-la até o último dia de vida dela! - Macollin gritou, enquanto Brad dava as costas.
**Flashback OFF:**
Ali estava ele, em um momento de profunda tristeza, diante do caixão da mulher que sempre o apoiou.
Louis se aproximou para confortá-lo, e eu, com o coração pesado, me juntei ao abraço.
**Katherine:**
- Eu não sei o que fazer... - confessei a Charlie, que observava Jenna com preocupação.
- Somos dois, pois eu também não sei. - Charlie respondeu.
- Aquele não é Eric? - perguntei, notando a presença familiar perto da porta.
- Ele foi liberado do reality? - Charlie perguntou, surpreso.
- Acho que sim... - respondi, observando a cena triste ao nosso redor.
Todos estavam com lágrimas nos olhos. Ver Macollin, Louis e Jenna tão devastados ao lado do caixão de Teresa era doloroso.
- Você é Katherine? - perguntou um homem com cabelos grisalhos, interrompendo meu luto.
- Sim, como você sabe? - perguntei, confusa.
- Sou Bradson. Conheço você como Miss Flamengo. - ele respondeu.
- Certo, mas por favor, não estou em um momento bom para conversar... - retruquei.
- Desculpe, não quis incomodar. - Bradson se afastou.
Voltei minha atenção para Charlie.
- Eu não sei se consigo ficar mais aqui. Não posso ver Jenna triste. - disse Charlie.
- Mas você precisa ficar perto dela! - insisti. Ela vai precisar de apoio.
Mais tarde, às 23:57, Macollin veio em minha direção.
- Katherine, vamos embora. Não consigo mais ver ela assim. - Sua voz estava carregada de dor.
- Tudo bem. - respondi, segurando seus braços.
- Vamos para casa. - ele disse, enquanto se dirigia a Charlie.
- Você pode ficar com ela? - Macollin pediu a Charlie, olhando para Jenna.
- Pode deixar, Macollin. Ela sabe que estarei aqui. - Charlie garantiu.
Macollin me abraçou, e juntos saímos em direção à porta. Seus soluços eram quase ensurdecedores, e eu sentia sua dor profundamente.
- Vou te deixar em casa, descansar um pouco, e logo volto para o velório. - Macollin quebrou o silêncio.
Eu acenei com a cabeça, sem palavras para expressar a gravidade do momento.
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Querido Chefe
RomanceEm uma trama repleta de glamour, intrigas e romance, Querido Chefe mergulha no mundo sofisticado e complexo da alta sociedade. Katherine, uma ex-modelo que agora ocupa um cargo de prestígio na Revigore, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando...