Capitulo 22

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Desde a última vez que vi Macollin, não nos falamos mais. Não foi apenas por termos brigado, embora eu tenha tido a capacidade de brigar com ele...

Sua mãe estava com a saúde extremamente debilitada, e ele não estava se alimentando direito. Tentei convencê-lo a comer, mas tudo que recebi foi um ríspido: "SAIA DAQUI!"

---

Já haviam se passado três dias desde a última vez que o vi, e não houve nenhuma mensagem, nenhuma ligação.

Eu estava desesperada. Minha vida estava se ajustando, mas eu não estava disposta a perder *aquele homem*.

**Definição de homem, por Katherine:**

*Homem = GROSSEIRO, LINDO, RICO, SENSUAL, BRUTAMONTES, OLHOS HIPNOTIZANTES, BÍCEPS DEFINIDOS, PEITORAL IMPECÁVEL*

Decidi vê-lo novamente. Talvez eu estivesse sendo tola por insistir, talvez fosse apenas saudade... talvez fosse amor.

Enquanto eu passava pela porta de vidro no hall de entrada, avistei Jenna.

*O que ela está fazendo aqui?*

— Jenna! — disse, abraçando-a.

— Katherine, como vai?!

— Bem, e você? Como estão as coisas lá dentro?

— Cada vez piores. Estou ficando doida com Macollin!

— Vou dar uma passadinha lá, depois almoçamos juntas, ok?

— Claro!

Ela não conseguiu esconder a felicidade.

(...)

Entrei no quarto e me deparei com a mesma cena da última vez: Macollin na poltrona e sua mãe, cada vez mais pálida, na cama.

— Macollin?

Ele abriu os olhos e deu um leve sorriso.

— Achei que você não voltaria...

— Eu também achei que não...

— Desculpe, Kath — ele disse, me abraçando.

— Quer jantar comigo hoje? — As palavras escaparam da minha boca antes que eu pudesse me conter.

— Tudo bem. Jenna ainda está lá?

— Sim, claro...

— E Charlie? Ele está com ela?

*Charlie? Ele veio? E não me disse nada?!*

— Não o vi... — respondi, sentindo uma ponta de raiva.

— Precisamos conversar, mas não sei se este é o momento certo.

— Tenho algo para te contar... — falei, sorrindo.

Ele me olhou curioso e me puxou até o corredor, respeitando o fato de que sua mãe estava "dormindo".

— Pode falar...

— Eu sou a nova musa do Flamengo!

Não contive a empolgação e quase dei um grito. Só de pensar no jogo de domingo, eu já me sentia ansiosa.

Do nada, ele ficou sério e passou a mão na nuca.

— Minha mãe está morrendo, e você está feliz? — A expressão de angústia em seu rosto não ajudou.

— Macollin, eu... — Não sabia o que dizer.

*Será que ele só pensa nele?* Talvez tudo o que eu tenha pensado nesses dias não fosse verdade...

— Você realmente não me merece!

Essas foram suas últimas palavras antes de se virar e me deixar sozinha.

Não protestei. Já me meti demais na vida dele, mas eu entendia o que ele estava passando por causa da situação da mãe...

O homem doce que conheci em Santa Catarina parecia ter ficado para trás. Aqui no Rio, ele estava completamente mais frio.

*Devo seguir minha vida? Ou vou atrás dele?*

Querido Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora