Capítulo 5

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Meu coração parecia querem sair pela boca e fugir.
Parei na frente da casa de Dylan e toquei a campainha.
Quando a porta se abriu, eu quase esqueci por quê eu havia vindo.
Dylan estava com seus óculos como sempre, mas agora, estava descalço, com uma bermuda sem camisa e de avental. Devia estar cozinhando, ele parecia um cozinheiro sexy que aparece nesses filmes eróticos. Eu queria pular em seu colo e ir para cozinha- não para comer.
-Molly? -Dylan chamou
-Oi...-falei sabendo pelo seu tom de voz que ele estava com raiva
-O que houve?- ele cruzou seus braços
-Podemos conversar?
-Estou ocupado- ele falou
-Dylan, qual é? -questionei
-Entra- ele ofereceu

Passei por ele não sentindo mais medo, agora o que eu queria era confirmar que ele ainda era meu, que ainda estávamos juntos.
-Que foi?- ele perguntou quando me sentei
-Sei que está chateado pelo Jason..
-Ficaria surpreso se não soubesse.
-Olha, ele parecia arrependido, mas não quer dizer que confie nele!- defendi
-Tá bem, só isso?- Dylan perguntou

Engoli em seco a vontade de chorar. Me levantei disposta, eu não aturava isso, estava determinada a terminar tudo se ele continuasse com esse comportamento
-Quer falar algo? Me fala logo, só para com essa atitude infantil! -Mandei irritada
-Infantil?- seus olhos ficaram furiosos- Você aceita as desculpas de um cara que estava disposto a te sequestrar! Que fez você perder o bebe, esqueceu disso?

Dei um passo para trás como se tivesse levado um soco. Eu não tocava no assunto do meu bebe. Era para mim ser mãe um dia, mas por culpa de Jason, eu o perdi.
Sou uma estúpida.
-Eu..eu sei..
-Sabe! Claro que sabe- Dylan explodiu- mas mesmo assim aceitou,e eu? Eu só quero te fazer feliz e mesmo assim você fica enrolando no pedido mais especial da minha vida. Talvez seja mais fácil aceitar as coisas dos outros né?
-Não! -falei atraindo sua atenção- Não é assim. Eu ...eu...

Comecei a tremer, Dylan parecia confuso e eu sabia por quê.
Eu havia mudado, não era mais aquela adolescente que ele conheceu, para ele eu era determinada e corajosa, para ele eu não sentia medo, mas ele mal sabe que eu tenho minhas inseguranças.
-Molly?- ele falou
-Eu..tô com medo- falei com os lábios trémulos

Isso é um idiotice da minha parte, do que estou com medo?
Reuni todos meus sentimentos, sabendo o que me assustava, e ao invés de guardar para mim, resolvi falar
-Tenho medo de tudo mudar entre nós -falei - medo que o casamento torne tudo tão monótono na nossa vida que as coisas simplesmente mudem, sinto medo que você esteja apenas com desejo, e que de repente note o que fez e se arrependa, tenho medo de que nós não possamos curtir nossa vida pelo casamento. Tenho medo de ficar com você, mas ainda sim, medo de não ficar com você. Medo de que fiquemos e eu te ame tanto, que se você me largar eu não vou aguentar, e medo de não ficarmos, porquê sem querer eu já te amo demais

Desabei no sofá sentindo aquele peso sobre meus ombros ir se dissipando. Dylan ficou sem palavras e eu não sabia se isso era bom ou ruim. Ele jogou o avental de lado e se sentou ao meu lado no sofá. Ergui meu olhar mergulhando em seus olhos.
-Amor, eu...-ele hesitou- entendo seus medos. É normal. Mas, eu não te pediria em casamento sem ter certeza de que o que eu quero é ficar com você o resto da minha vida. Eu te amo, e entendo seus medos. Não vou te deixar, não vou te prender, só quero me casar para provar que te amo de verdade. Não vamos mudar, até porque com você eu me sinto vivo, nossa vida nunca vai ser monótona, vamos curti tudo juntos. Eu quero me casar, para que fiquemos juntos.

Sorri vendo que eu estava equivocada ao duvidar dele. Ele virou pegando a pequena caixinha de uma das cabeceiras. Quando olhei para as alianças todas minhas memórias mais felizes vieram na minha cabeça: quando o conheci, quando o reencontrei, quando nos beijamos depois de anos, suas declarações, ele me fazendo rir, mais ainda sim, me veio eu como eu era. Forte, independente, trabalhando, minhas confusões, meus momentos tristes. Aquelas simples alianças pareciam sugar minha vida, como se quisessem guardar tudo para elas.
-Molly Dwen? Quer se casar comigo?- ele pediu
-Quero. .-falei com toda a certeza que me possuía agora.

Ele sorriu, não tivemos tempo de nos colocar os anéis pois quando notei já estávamos nos beijando.
Dylan colocou os anéis na cabeceira, e então me carregou para o quarto.

Dessa vez foi algo mais terno, mais calmo, suas mãos deslizavam por meus corpo como se ele tocasse algo que pudesse quebrar, minhas roupas foram caindo com lentidão total, seus beijos eram carinhosos, e consequentemente felizes, eu suspirava sentindo o prazer que tudo isso me causava.

Depois de nossas carícias, estávamos nus. Eu me sentia como uma boneca de pano em seus braços, ele me conduzia e me arrepiava, me deixando delirante. Quando o senti dentro de mim, soltei um gemido de prazer, como se a corrente que nos atravessava fosse me fazer desmoronar.
Ele beijava meu pescoço enquanto comandava os movimentos, eu apertava suas costas encravado minhas unhas na medida que aquele prazer parecia ser demais para mim. Eu estava nas nuvens, como sempre ficava quando estava ao lado dele.

Depois de um hora mais ou menos, minhas mãos dançavam pela barriga dele, esbarrando em seus músculos definidos.
-Que tal eu colocar sua aliança amanhã? Para todos da empresa verem?- ele pediu
-Seria ótimo, vou adorar compartilhar com todos de lá- falei sinceramente
-Eu te amo Molly- ele falou
-Eu também te amo- sorri beijando seus lábios
-Você gostou da revista? -ele perguntou-me
-Sim, ficamos bem sexys nela- eu ri
-eu vi...-ele riu também

Suspirei sentindo que seria assim, para sempre. Eu deitada no colo dele depois de um dia de trabalho, falando e rindo, depois nos amando. Eu podia viver com isso. Eu queria viver com isso.

Fui para casa cedo, Dylan resolveu me encontrar na empresa e eu decidi não contar a Juh sobre o pedido, para manter a surpresa quando Dylan colocar a aliança hoje na frente de todos.
Quando cheguei, a casa estava vazia, com certeza Juh dormiu fora e Cauana foi para a casa de seu namorado.
Tomei um longo banho vestindo uma calça jeans, meus saltos pretos e uma blusa azul marinho. Fiz minha maquiagem e peguei minha bolsa indo para meu carro.

Hoje queria chegar o quanto antes no trabalho.
O caminho estava livre, e o trânsito tranquilo.
De repente, como uma assombração, um caminhão surgiu na pista, freei notando que o caminhão estava desgovernado, fui para esquerda, e por azar o carro tombou sendo atingindo pelo caminhão, senti a estrutura do carro se retorcendo e entao minha cabeça bateu no asfalto me tranzendo para uma completa escuridão.

Confusões de uma garota indecisa Onde histórias criam vida. Descubra agora