CAPÍTULO 04

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MAXIMILIANO

Droga! Sabrina está em meu apartamento.
- Meu amor! Pensei em fazer uma surpresa assim que voltasse. - diz acabando de arrumar a mesa romântica.
Como tem as chaves do meu apartamento? A única cara que tenho é de frustração e Antonella está impassível. Sei que no fundo está fula, quase me arranca o couro.
- Não precisava essa surpresa, Sabrina. - cerro os dentes.
- Claro que precisava, meu amor. Não vai me apresentar sua amiga? - sorri.
Cínica! Eu não sou seu amor!
Passo a mão pelos cabelos.
- Sabrina, esta é a ...
Antonella interrompe-me. Não é um bom sinal, ela é enigmática. Caralho!
- Deixe que me apresente. Antonella Stewart. - estende a mão sorrindo.
- Sabrina Sanz. Esposa de Maximiliano.- abraça-me.
- Ex-esposa.- corrigi frustrado. A situação é embaraçosa. Sabrina é uma empata-foda. Merda!
- Max é assim mesmo, não ligue Antonella. Ele gosta de brincar.
Ela assente sorrindo. Por dentro, ela deve estar me batendo com toda sua força e eu devia estar dentro dela neste momento. Maldita ex-esposa que não me deixa em paz.
- Bom, Maximiliano. Sabrina. Eu já me vou, tenho muitos afazeres. - Sorri enquanto se despede de Sabrina.
- Levo você á portaria.- acompanho-a e saímos do apartamento. Em silêncio. O clima está tenso.
- Você é sem noção Maximiliano! Por que não me disse que essa mulher estava aqui? - grita.
Na verdade, fica a mulher mais sexy do mundo quando grita assim. Imagino ela com seu vestido levantado e sua enorme bunda empinada para mim e eu dentro dela sem cessar.
- Porque não me responde? Quer saber, eu vou embora!
Sua boca, seus olhos morenos intensos, seu corpo, sua beleza me descomanda por completo. Ela apercebe-se que olho para sua boca e pára de falar.
- Maximiliano Sanz, pare de ser infantil e diga alguma coisa.
- Eu quero você. - Não paro de olhar para sua boca e sei que isso a desconserta.
- Você tem sua esposa. - diz hesitante.
- Ela não é a porra de minha esposa! Eu sou solteiro.
- Ela ainda usa seu apelido.
Antonella não a conhece. Ela usa meu apelido para afugentar qualquer mulher que se aproxime de mim, mas Antonella não vou deixar que afugente. Essa mulher será minha. Apenas preciso descobrir seus mistérios e entendê-la melhor. Há um ano que a sigo, nem através de Nathan consegui chegar a ela. Aprecio-a de longe, mas agora, tive o privilégio de foder-lá com tudo o que pude.
- Porque ela manipula as pessoas. Pelo amor, Antonella!
- Max, eu e você somos amigos.
- Com benefícios.- Acrescento. Ela bem que poderia ser minha namorada, assim seria minha todas as manhãs! Merda! Estou duro novamente.
- Que seja. Não se preocupe em me dar explicações. Não preciso.
- Antonella, porque não quer ser minha?
- Eu não posso ser de ninguém.
- Eu vou conquistar você. Escreve o que te digo. - Aproximo-me dela. Ela sente-se intimidada, fora de controle e dá passos para trás, eu sigo seus passos e agarro-a pela cintura, que fica na altura de minha boca. Que mulher gostosa!
- Não gostaria que a fodesse aqui? - sussurro em sua boca.
- Não... - gagueja.
- Tem certeza? - beijo seu pescoço lentamente e ela solta gemidos baixos, está em meus braços, enquanto treme. Subitamente me solta. Seu olhar muda.
- Se você acha que pode me ter quando quiser, está enganado. - Dirigi-se ao elevador que logo abre as portas. Vou atrás dela, mas o elevador se fecha. Está chateada comigo.
Esmurro a parede.

*****
Entro no apartamento e vejo Sabrina sentada à mesa. Não acredito que está aqui. Nos divorciamos porque ela mesma pediu, disse que eu não servia para ela. São mais de cinco anos divorciados, ela traiu-me para se casar com um velho mais rico do que eu. Senti muita raiva dela, mas agora é indiferente. Apenas me irrita!
- O que está fazendo aqui? - simplesmente pergunto.
- Eu tenho saudades suas. Você me deixou na Austrália. - Vem até mim. Noto a enorme diferença de alturas. Costumava gostar isso.
- Pare de empatar minha vida! Eu vou ficar com quem eu quiser, não tem nada que usar meu apelido!
- Quando grita, me lembra de como costumava gemer em meu ouvido, enquanto entrava em mim.- sussurra. Isso soa como ruído em meu ouvido.
- Sai daqui.- fecho os olhos e digo calmamente.
- Você não quer isso, você quer isto... - toca em meu pau e aperta-o. Empurro-a e olho-a enfurecido, e ela me olha com luxúria.
- Não toque em mim. Sai daqui! - Pego-a pelo braço e arrasto-a para fora do apartamento, sem me importar se machuquei ela e ela grita alguns insultos.

DESEJO INFINITOOnde histórias criam vida. Descubra agora