Hopeless

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 nome: Giulia de Medeiros Fernandes

idade: 18 anos 

twitter/dallasoften  


O sono se alastrava no meu corpo e ameaçava me dominar, mas os bips ritmados do monitor de frequência cardíaca me impediam de me desligar totalmente do cenário que me cercava, um quarto de hospital, frio, monótono e com cheiro de anti-céptico. Por um lado não seria mesmo uma boa ideia dormir, eu queria estar acordada caso o som do monitor saísse do seu ritmo normal e acelerasse, o que acontecia muito ultimamente. Dr. Ryder dizia que Louis era um jovem forte e que estes "aumentos" cardíacos significavam que ele estava lutando por sua vida, mas quem ele queria enganar? Louis tinha pelo menos duas paradas cardíacas por dia, e depois de um ataque que literalmente o colocou a beira da morte, a equipe médica entrou em consenso e o colocaram em coma induzido para que seu corpo pudesse se curar. Dr. Ryder não podia estar mais certo, Louis era o cara mais forte e fudidamente corajoso que já conheci. Todos o admiravam por isso, ele nunca tinha medo de dizer o que pensava, aliás, Louis nunca foi muito de pensar, ele sempre preferia agir antes.

Passei meus dedos pelas tatuagens de seu braço e imediatamente fui sugada por minhas lembranças, eu amava as tatuagens de Louis, amava usa-las como desculpa para toca-lo, amava ainda mais os seus comentários quando eu o tocava.

– As vezes eu acho que você só está comigo por causa das tatuagens. – ele ri me apertando ainda mais em seu colo enquanto circulo as letras tatuadas em seu peito.

– Você acertou. – respondi beijando o seu pescoço. – Quando te vi sentado no jardim do campus fumando pensei "ow aposto que minha mãe odiaria se eu aparecesse com um desses em casa, quero" – ri e continuei distribuindo beijos pelo seu pescoço.

– Bom saber que eu sou apenas uma parte do seu plano de irritar seus pais.

– A melhor parte Louis Tomlinson, a melhor parte. – sussurrei em seu ouvido e senti sua mão em meu pescoço me puxando para um beijo.

Foi um plano falho já que depois de 3 meses de namoro quando, com muita insistência do Louis, eu o levei para conhecer meus pais, minha mãe o amou, ela não parava de falar das tatuagens dele e colocou na cabeça que também queria uma.

– Talvez eu devesse escrever seu nome amor. – mamãe disse se virando para meu pai.

– É uma boa ideia, você já está ficando meio velha então quando se esquecer meu nome vai lembrar sempre que olhar no braço. – papai disse desencadeando gargalhadas na sala, inclusive da minha mãe.

Quando voltamos para casa naquele dia, Louis não parava de falar dos meus pais,de como ele os achou divertidos e queria que fossemos como eles, o que foi estranho já que Louis nunca falava de "nós' no futuro, ele tinha o seu lema de viver um dia de cada vez, mas eu sempre sabia que no outro dia ele ainda estaria ao meu, assim como na próxima semana e no próximo mês.

Eram esses pequenos gestos e frases que me mostravam que eu não tinha escolha. Eu estava amarrada a Louis Tomlinson e sempre estaria. Ele era a minha vida. O meu para sempre. Quando se tem um amor assim você começa a reparar em cada detalhe ao seu redor, existia uma linha que dividia minha vida antes de Louis e depois dele ter aparecido, seria idiotice se eu dissesse que o Sol começou a brilhar mais depois de eu conhece-lo? E que até mesmo os dias mais chuvosos e tempestuosos eram lindos só por ele estar ao meu lado?

– Bem, acho que o nosso cinema acabou de ser cancelado. – eu disse observando a chuva pela janela.

– Mas ainda podemos assistir um filme na televisão. – Louis respondeu já ligando a TV e procurando por algum filme.

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