Harry veio à minha casa mais cedo. Fizemos o trabalho e ele foi embora. Foi mais tranquilo do que imaginei, até conversamos um pouco.
A Jô já foi pra casa, estou sozinha. Adoro isso. Se bem que acho minha casa muito exagerada apenas pra mim e pra minha mãe. Ou melhor, para mim. Já que minha mãe mal pra em casa. Vive viajando à trabalho pra sua revista, é dona da Vogue. E isso a deixa bastante ocupada, oque eu compreendo.☆☆☆
Eu não estou nem um pouco afim de ir pro colégio hoje. Não estou disposta. Eu levantei da cama e fui em direção ao banheiro, fiz minha higiene e tomei banho.
Peguei um moletom vinho, sem estampa, uma calça jeans detonada meu tênis preto da Adidas e pronto. Pequei uma bolsa de lado preta, e coloquei meus cadernos tão especiais.
Desci a escadas e tomei um café da manhã rápido. Saio de dentro de casa já sentindo o vento frio bater contra meu rosto, vou até a garagem e tiro meu carro.
Eu sempre vou lá quando quero espairecer, era o lugar preferido do meu pai, ele deu pra mim antes de morrer, percebeu que eu gostava dali tanto quanto ele. Na verdade, a casa ta mais pra um chalé. Era entrando num pequeno "bosque'' se é que posso chamar assim. Tinha um lago, eu adorava vir aqui. Quer dizer, ainda gosto, mas não venho com a mesma frequência que antes. Me faz lembrar muito dele.
Costumávamos vir aqui sempre, principalmente no outono e no verão. Agora eu costumo vir aqui quando estou mal com alguma coisa.
Eu não venho aqui a muito tempo, abri a porta e entrei já me sentindo bem pela onda de calor do ambiente. É muito aconchegante.
Tirei a touca vinho do meu cabelo, e as luvas. As coloquei dentro da mochila. Já estava observando as fotografias na parede. Haviam vários quadros com fotos da minha família. A casa estava bem suja e eu estou pensando em passar a noite por aqui. E como esse lugar é o meu tipo de refúgio não gosto que ninguém venha aqui. Na verdade ninguém sabe disso além da minha mãe e Sarah, mas elas não vem aqui a muito, muito tempo. Desde a morte dele, na verdade.
Sarah acha que minha mãe vendeu isso aqui. Em fim. Voltei a andar pela casa vendo os quadros, meus e do meu pai, da minha mãe, de nós três. Eu sinto muito falta disso.
Resolvi limpar toda a casa. Fui até a pequena lavanderia e peguei o que eu achei necessário.☆☆☆
Nossa eu estou morta de fome. Já são quase 14:00 e eu acabei de limpar as coisas há uma hora. Peguei minhas coisas e sai em direção a minha casa, eu pegaria algumas coisas e voltaria pra dormir.
Desci do carro e entrei em casa.
Já fui logo para a cozinha, sentei no balcão a espera da Jô.— Oi minha menina — ela sorri.
—Oi Jô, vamos comer eu tô morrendo de fome. Vai senta aí e me faça companhia — ela riu e me serviu. Hambúrguer e batata frita. Sem dúvidas é uma das coisas que eu mais gosto de comer. Principalmente quando é a Jô que faz.
— Jô, hoje não vou dormi aqui, vou pra casa de uma amiga.
— Tudo bem.
Acabei de comer e subi depressa pro meu quarto, tomei um banho bem rápido. Fui em direção ao meu closet. Peguei um camiseta branca, uma calça preta, e um casaquinho cinza, uma touca da mesma cor e uma bota cano alto.
Depois peguei uma mala. Mas Lívia pra que uma mala? Vou levar roupas e coisas que considero importantes e vou levar. Vou a um supermercado e compro algumas coisas. Nutella, Doritos, Comida Congelada, Ingredientes pra fazer panquecas e chocolate quente, velas aromáticas, refrigerantes, comprei uns filmes essas coisas, fui ao caixa, passei meu cartão de crédito e fui para o chalé.
No caminho começou a chover, muito.
Desci do carro correndo e entrei dentro do chalé ensopada. Coloquei as compras no balcão da cozinha e subi para onde era meu quarto aqui já limpo. Tomei um banho bem quente e demorado, vesti uma calça de pijama rosa com cupcakes, uma regata cinza e por cima um casaquinho rosa. Desci novamente para sala de estar e liguei a lareira, já que é dessas eletrônicas, fui à cozinhas e em alguns minutos meu chocolate quente estava pronto. Acendi uma das velas que comprei, era a favorita do meu pai.
Eu gosto disso, de lembrar dele sem que ninguém estivesse por perto para me recriminar. Peguei um álbum e comecei a ver as fotos, talvez esteja me martirizando, mas ele é meu pai, eu não consigo esquecer. Só faz dois anos. Ele faz muita falta. Eu sentia lágrimas rolando pelo meu rosto. Eu sei que faz certo tempo que ele morreu, mas era meu pai. Eu não imaginaria que perderia ele com 15 anos. Oque é extremamente doloroso, isso dói tanto, me quebra, e o pior é que tenho que fingir que está tudo bem. Mas não, não está, como eu vou superar a perda do meu pai? Ele não é o Tom, um peixinho dourado que tive quando era criança, ele é meu pai. Uma das pessoas mais importantes pra mim. Eu não superei, e nem vou, não há como. Mas preciso muito. Eu apenas aprendi a conviver com a dor, sabe? Todos os dias eu lembro dele. Mas eu não me permito chorar, isso não. Por mais que seja minha maior vontade, eu não me permito chorar, porque chorar não vai trazer ele de volta, não vai cicatrizar, nem me fazer esquecer. E por mais que eu saiba que não consigo esquecer-lo, eu tento. Eu tento não lembrar que ele foi embora. Ele foi embora e não vai voltar, e nada vai mudar isso. E é por isso que eu digo, que não superei, mas aprendi a conviver com a dor.
Ele me amava tanto. Ele nos amava tanto. E sempre dava um jeito de demonstrar. Minha mãe sofreu demais com a perda dele, sofre até hoje, claro que nega, mas ela o amava demais. Eles se amavam de mais. Eu via isso nos olhos dos dois, e apesar de não saber ao certo oque é amor. Aqueles dois eram a prova viva disso. Era lindo de se ver. Mas ele foi embora e levou um pedaço de nossos corações junto. E por mais que essa tristeza me consuma, tento me agarrar na alegria, no agora, no hoje. Ele sempre me dizia pra fazer oque me desse vontade, porque a vida passaria, que ela acabaria sem que vejamos. Ele estava certo. Eu procuro minha felicidade, minha paz de espírito. E eu vou encontrar espalhando alegria pelo caminho, mesma que eu não tenha essa alegria dentro de mim. Faço isso por ele. Faço isso por mim.Eu não estava preparada pra te perder, papai.
***
Oque estão achando amores?
Votem e comentem para próximos capítulos.
Bjs.
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Amor Entre Aposta.
Dla nastolatkówO que fazer quando sua vida vira de cabeça pra baixo? É o que tá acontecendo comigo. Me apaixonei pelo garoto que eu odiava há algum tempo atrás.. Toda aquela raiva, ódio, amargura foi transfomado em paixão, ou melhor, amor. E quando você descobre q...