Residência de campo dos Masen
.
Bella abriu devagar os olhos e deu uma olhada no lugar vazio ao seu lado. Aparentemente, Edward acordara cedo e logo saíra da cama. Não era usual. Ele geralmente era o primeiro a acordar e a provocá-la com beijos e carinhos. Não podia haver jeito mais gostoso de começar o dia.
A verdade, refletiu Bella, era que naquela manhã específica ela não teria gostado tanto. Sentia-se esquisita, com a garganta e a barriga doendo por algum motivo. Esperava que não fosse nenhum problema. Soltando um suspiro, virou-se de costas na cama e quase gritou de susto ao ver um rosto enrugado curvado sobre ela.
- Eleazar! - Ela agarrou as cobertas, levantando-as até o peito e arregalou os olhos para o mordomo. - O que...?
- Como está se sentindo, milady? - o mordomo a interrompeu, calmamente.
Bella piscou os olhos. Sua mente agora estava completamente acesa e começava a funcionar. A última coisa de que lembrava era ter se deitado para descansar no fim da tarde e agora a iluminação do quarto sugeria que ainda era início de tarde. Franzindo o cenho, ela explorou um pouco mais a mente, juntando algumas lembranças esparsas da Sra. Longbottom e Eleazar segurando-a e acalmando-a enquanto vomitava.
- Eu estava doente - disse baixinho.
- Estava - Eleazar confirmou.
- O senhor e a Sra. Longbottom tomaram conta de mim.
- Assim como quase todo o pessoal da casa. Estávamos todos muito preocupados, milady.
- Nossa, o que aconteceu? Foi uma gripe forte?
- Do que a senhora se lembra? - o mordomo perguntou em vez de responder.
Bella mordeu o lábio e procurou lembrar.
- Vim para o meu quarto para escapar de Irin... digo, para ter um pouco de privacidade. - Embora a madrasta fosse um pesadelo, não gostava de falar mal dela com os criados.
Ficava muito contente que seu pai e seu marido se dessem tão bem; havia ficado feliz que tivessem saído para cavalgarem juntos. Infelizmente, Irina ficara para atormentá-la com comentários maldosos sobre a provação que o leito nupcial significava e sobre como ela deveria estar horrorizada ao ver mais de perto o rosto do marido... se é que ele havia consentido que usasse óculos novamente. Seria melhor que permanecesse cega, a madrasta completara.
Controlando-se e não revelando que já tinha óculos, na primeira oportunidade Bella fugira para o quarto para ler um pouco. Havia, como de costume, bloqueado as duas portas e recostara-se para ler.
Não comentou com Eleazar, porém, nada sobre a leitura. Seus óculos continuavam sendo um segredo.
- Vim descansar um pouco no quarto - disse Bella - e havia uma fatia de torta em minha mesa de cabeceira.
- Não foi a senhora quem a trouxe?
- Não, Eleazar. Achei que Seth a tivesse deixado para mim. Ele parece estar sempre me seguindo e fica me dando pequenas guloseimas. Embora não estivesse com fome, dei uma ou duas mordidas, para que ele não ficasse sentido.
- Graças a Deus, a senhora não estava com fome.
- Por quê?
- Nada, nada. Acabe de me contar o que aconteceu, por favor.
Bella pensou em insistir para que ele explicasse seu comentário, mas desistiu. No momento oportuno ficaria sabendo.
- Foi só isso. Dei umas mordidas e, como meu estômago começou a doer um pouco, resolvi dormir. Uma boa cochilada às vezes resolve tudo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O amor é... Cego?
LosoweLynsay Sands Inglaterra, 1720 Amor Perigoso! Edward Cullen, o conde de Masen, sabia que a bela e estabanada lady Isabella Swan poderia ser perigosa. Ela era, na verdade, um desafio. Mas era exatamente o desafio que ele precisava... Isabella, ou simp...