Capítulo 11 -Henri

19 5 0
                                    

Lana olhava para mim com medo do que eu iria falar.

Talvez eu deva pensar nisso mais tarde.

-Quer ir no jardim secreto comigo? -Ela parecia bem mais tranquila depois que eu disse isso.

-Claro -Ela tirou o cabelo do rosto.

-Então você me explica tudo -Ela assentiu e eu peguei sua mão -Eu te pego ás duas da manhã.

-Certo -Ela sorriu -, nada melhor do que descumprir ordens.

Eu fiz uma reverência zombando dela e saí.

Será que nossa amizade continuará a mesma? Eu não tenho ideia, mais preciso da fazer com que ela se sinta bem ao meu lado, como se sentia antes.

Resolvi ir falar com Bennett, Andy, Leonard e Carter, alguns amigos meus, sobre o assunto. Eles devem estar no treino de basquete.

Andei até o banheiro para lavar o rosto, e no caminho aproveitei para beber água.

Eu realmente gosto dela, se ela me beijou, logo, suponho que ela também goste de mim.

***

-Eu sei que você gosta dela, ela é gata, pega ela logo Henri -Leonard falou enquanto ele batia a bola no chão arquibancada.

-Não é tão simples, Leny, garotas não são objetos para dizer "já peguei", eu não posso namorar qualquer uma apenas porque achei bonita, ou até gostosa. Garotas tem sentimentos, não quero obriga-la a namorar comigo, não quero feri-la -Disse prestando atenção no jogo.

-Cara, esse foi o discurso sobre garotas mais gay, e também bonitinho, que eu já ouvi.

Eu ajeitei minha camiseta e vi que Andy e Carter estavam saindo do treino indo para o vestiário. Bennett subiu a escada da arquibancada

-E aí cara -Bennett me cumprimentou com nosso toque.
-E aí Ben -Falei também o cumprimentando.
-Como anda aquela garota que você estava afim? -Ele se sentou ao meu lado.
-Bem, hoje, mais cedo, ela me beijou. Mas, ela não sabe se realmente gosta de mim. Ela irá me contar o porque disso.
-Uou, cara, quando ela vai te falar isso?
-Hoje, as duas da manhã, quando eu for pegá-la no dormitório dela.

Ele deu um risinho malicioso e eu dei uma risada nervosa.

-Que horas são? -Perguntei.
-Quase sete -Leny falou.
-É, eu tenho que correr! -Falei meio desesperado.
-Cara, vocês só irão se ver as duas da manhã.
-Eu sei, Leny, eu quero estar bonito, cheiroso e descansado, quando eu for vê-la.
-É, você não toma banho a cinco dias.
-Ei, esse é você! -Falei me levantando e cumprimentando Carter e Andy que subiam as escadas da arquibancada.
-Ialá, é verdade -Leny disse cheirando as axilas.

Saí correndo da arquibancada e fui até meu dormitório pegar alguma roupa para eu vestir por enquanto.

Eu peguei uma blusa de cotton branca, uma bermuda xadrez e meu all star preto, e fui em direção ao banheiro -que era compartilhado, ou seja era um banheiro enorme cheio de garotos lavando a cara, escovando os dentes e tomando banho, nem tão cheio, mas né.

Eu andei até um box e liguei a água. A água ficava congelante depois de cinco minutos, então eu teria que inserir uma moeda.

Tirei a roupa e comecei a me lavar rápido, tipo estilo trem bala; não quero ter que perder uma moeda nem tomar banho frio.

Consegui tomar banho sem a água desligar e ainda lavei o cabelo. Me troquei e fui até meu dormitório, tirar uma soneca.

***

Acordei algumas horas mais tarde, e quando fui ver era uma e meia da manhã. Olhei para o lado e Leonard e Tifanny estavam na cama dele. Peguei meu desodorante e perfume, os passei rápido e saí para escovar meus dentes. Acabei esquecendo minha escova e pasta de dente, então só chupei uma bala de menta. Pois eram duas e cinco.

Corri até o aposento de Lana, mais no meio do caminho, topei com Samantha, minha ex namorada, ela estava linda, cabelos levemente ondulados até os ombros e um vestido rosa, que tinha um lindo caimento no seu corpo curvilíneo.

-Oi, Sam -Sussurrei enquanto ela tentava retomar a compostura.
-Oi, Henri -Ela disse, no mesmo tom, dando um sorriso lindo.

Era difícil , não sei se eu ainda sinto algo por minhas ex namoradas que me impede de seguir em frente. Eu tenho que esquecê-las.

Estou divido.

Ela se despediu de mim, dando um breve aceno com as mãos.
Eu também acenei e fui andando, até a porta e dei leves batidas, quando ela se abriu lentamente, revelando uma garota de pijama de unicórnios e camiseta branca de algodão. Era a Lana.

-Oi -Sussurrei.
-Oi -Ela deu um breve sorriso e saiu de seu quarto -, pensei que não viria.

Lana e HenriOnde histórias criam vida. Descubra agora