Capítulo 15 -Sophie

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Meu coração quase saltava do peito, meu sangue fervia em minhas veias sob o sol escaldante do meio-dia.
Onde eu estava? Nem eu mesma sabia. Eu só seguia um carro vermelho bem polido. Ele não podia escapar de minhas mãos, e não podia escapar para ela.
Peguei minha carteira de minha pequena mochila azul-claro com algumas corujas pequenas e contei quanto dinheiro eu podia gastar para comer um pouco.
Fui até uma lanchonete e pedi um lanche para a viajem e um refrigerante também para a viajem.
A garçonete loira, com um coque castanho no topo da cabeça, me analisou, mascou seu chiclete e gritou:
-Mike! Um hambúrguer e um refrigerante para viajem!
Alguns minutos depois um garoto alto, loiro e com olhos castanhos entregou meu pedido.
-São treze dólares -falou.
Coloquei o dinheiro na bancada e peguei meu lanche.
Percebi que o carro parou numa lanchonete do outro lado da rua, aproveitei para ligar para um táxi.

***

Enquanto eu esperava sentada na calçada, comia meu lanche com voracidade.
Um carro amarelo parou na minha frente e buzinou. Presumi ser minha "carona", entrei rapidamente no automóvel com ar-condicionado.
-Oi -o taxista falou. Eu achava aquela voz levemente conhecida.
Dirigi meu olhar até e ele é percebi que era...
-Pai? -Falei imóvel.
-Sophie?! -Ele falou congelando seu olhar em mim. -Oque você está fazendo aqui, filha?
-Mamãe autorizou minha saída hoje -menti. -Desde quando é taxista?
-Desde que sua mãe me deu um pé na bunda, à quase cinco anos atrás -ele pareceu triste.
Era verdade, minha mãe dispensou meu pai depois que conheceu Bruce, seu "colega" de trabalho. Foi quando ela se divorciou do meu pai e então casou com Bruce.
Eu mantia contato com meu pai nos primeiros dois anos de divórcio, ele me ligava duas a três vezes na semana. Mas ele parou de ligar, então perdemos o contato.
Ele abriu os braços e deu um sorriso de canto. Eu não pensei duas vezes, eu apenas o abracei.
-Senti tanto sua falta, minha filha -falou.
-Eu também, pai -disse inalando o seu perfume.
Ele murmurou alguma coisa sobre o táxi e depois nos soltamos do abraço.
-Pai, siga em frente -ele ligou o carro assim que pedi.
O carro deles seguiu para a esquerda e depois reto, e depois para a direita.
Eles pararam o carro um pouco a frente, pedi para meu pai parar na esquina seguinte então eu corri até eles.
Ela entrou na casa junto com ele então voltou para pegar algo no carro.
Era minha chance, peguei meu canivete e a segurei por trás, tapando sua boca encostando o mesmo em sua garganta.
-Lana Davis... Você vai largar o Henri, se não isso aqui -fiz uma pressão na garganta dela -, vai tirar sua vida.

Lana e HenriOnde histórias criam vida. Descubra agora