A garota misteriosa.

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   No meio do ano de 2016, os antigos deuses greco-romanos acordaram depois de um longo sono, e por algum motivo misterioso decidiram dar habilidades especiais para os humanos, essas os quais se manifestavam no olho, formando várias linhagens referentes aos deuses os quais tinham algumas variações de cor dos olhos, sendo nove tipos conhecidos até o ano de 2315.

   Os olhos prateados são do deus Mercúrio, as pessoas geralmente são muito ágeis mas pouco resistentes. Olhos cor-de-mel são descendentes de Vênus, a deusa do amor, possuem uma beleza inigualável. As pessoas com olhos azuis com manchas verdes são referentes a Gaia, sendo a deusa com maior número de pessoas pertencentes a sua linhagem. O quarto é do deus Marte, com seus olhos escarlate, são pessoas com uma grande sede por guerras e os mais impiedosos. O segundo mais raro é Júpiter, com olhos laranja escuro cortados por uma mancha marrom, podem conduzir eletricidade pelo seu corpo e são muito impulsivos. Os descendentes de Saturno possuem olhos amarelados com um anel oval geralmente marrom em seu olho, tem uma boa afinidade com os herdeiros de Júpiter. O sétimo são da linhagem de Urano, o deus do céu, eles têm olhos azul claro, são os mais fracos mas muitas vezes são úteis. O penúltimo é Netuno, grande deus dos mares e um dos mais fortes, sendo quase tão raros quanto os descendentes de Júpiter e sua força depende muito do quão escuro é seu olho. Plutão é o mais raro de todos e o mais temido, sendo nomeados como "Arautos do inferno", não possuem uma cor de olho muito exata, mas seus olhos são extremamente escuros. 

   Já era o fim do ano e já tinham se iniciado as provas de admissão para os melhores colégios de Etherium, antiga Nova York, que avaliariam tanto a inteligencia do aluno quanto seus poderes oculares, e como todos os outros jovens de 14 anos, o sonho de Peter era entrar no Sigma, o melhor colégio do país. Peter era muito inteligente e muito esforçado, estudava e treinava intensamente, mas mesmo assim, nada mudava o fato de seu olho ser totalmente verde, o que o tornava em alguém que não tinha nenhum poder nem linhagem, consequentemente virando alguém excluído da sociedade e até mesmo da esmagadora maioria de sua família.

   Peter era de uma família conhecida mundialmente, por ter bastante pessoas da linhagem de Júpiter. A única que o tratava bem era sua própria mãe, que sempre o levava para o parque, tentado o afastar do resto da família para tentar amenizar o preconceito com sua falta de habilidades. Sua mãe era seu único motivo para continuar treinando arduamente para, mesmo sem habilidades, conseguir se manter no nível do resto da família e conseguir assim finalmente a aprovação de seu pai. Sua vida seguiu por 13 anos resumida em estudos, treinos físicos e nas horas de lazer passear com sua mãe, até o dia em que sua mãe morreu devido uma doença degenerativa.

   Totalmente abalado pelo luto que o fez perder aquela que era a única pessoa que estava ao seu lado para ajuda-lo a todo momento que caísse, foi para o parque que frequentemente visitava para recordar suas boas memórias com sua mãe. Estava sentado em um banco, lembrando no jeito como era tratado pelo resto de seus familiares e começou a pensar como a vida não fazia mais sentido sem sua mãe e então cabisbaixo começou a caminhar de volta para sua casa.

   Logo na primeira esquina viu uma garota misteriosa, tinha um longo cabelo negro um belo vestido preto com babados brancos e uma pele branca como algodão, segurava sobre a cabeça com ambas as mãos um pequeno guarda-sol, a garota atravessava lentamente a rua, Peter estava vidrado na beleza e delicadeza da bela garota, mas quando voltou a si, percebeu que um carro em alta velocidade vinha na direção da garota, e em um ímpeto correu o mais rápido que pôde para salva-la, saltando em direção da garota a empurrando-a para fora do caminho do carro. Levantou-se rapidamente e estendeu sua mão oferecendo ajuda para a garota.

- Você está bem? Se machucou? - gritou Peter em um tom preocupado.

- Sim, quem é você? - falou a garota com uma voz vazia enquanto levantava com a ajuda do rapaz.

- Ainda bem - disse Peter se sentindo aliviado - Eu sou Peter, é um praz-

   Antes que pudesse finalizar sua ultima frase, foi surpreendido pelos dedos médio e indicador da garota, que em um formato de V, foram em direção do rosto do garoto, e como duas agulhas, perfuraram os olhos do garoto, sendo então a ultima coisa que ele conseguiu sentir antes de desmaiar foi uma enorme dor e aflição ao não poder ver mais nada.





God eyes: Num piscar de olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora