MAIS QUE AMIGOS

Enfermeiro Particular!

Não sei o que aconteceu com o Felipe, mas ele não veio hoje pra escola.

Tentei ligar para ele ontem a noite, mas ele não me atendia, mandei várias mensagens de texto, mas ele não respondeu nenhuma. O que aconteceu com ele? Estou ficando preocupado!

Sinto que algo de muito ruim vai acontecer!

A aula fica super chata sem ele, e fica mais ainda com o Rian perto de mim, Oh menino insuportável, ele não para de falar um só instante.

-Biel o que você faz a tarde?-o Rian perguntou.

-Nada!-digo não dando muita atenção para o que ele fala.

-E o que você faz a noite?-de novo ele pergunta.

-Nada!-dessa vez respondo com mais raiva.

-E o que...

-RIAN CALA A BOCA! EU ESTOU TENTANDO ME CONCENTRAR! SERÁ QUE VOCÊ NÃO CONSEGUI FICAR CALADO NÃO?!-digo falando alto demais. Toda a sala olha para nós dois.

-Ui Ui Ui! Olha gente, como ela fica nervosinha quando o namorado dela não vem pra escola!-o idiota do Ricardo tinha que se entrometer.

A sala toda começou a rir da minha cara.

-RICARDO TU CALA A TUA BOCA, SE NÃO EU QUEBRO A TUA CARA DE NOVO! OUVIU SEU MACONHEIRO?!-digo elevando ainda mais a minha voz.

A sala novamente começou a gritar e a bater nas cadeiras.

-Pois então vem pra cima!-ele disse se levantado da cadeira.

-Ei Ei Ei! Todos calados! Vamos parar os dois de discutirem na minha aula! Aqui não é a casa de vocês não!-diz o professor de Matemática, o Sr. Mendes, gente boa, mas às vezes ele tem que elevar a voz mesmo, eu o entendo.

Todos se calaram e a aula correu "bem" (A aula não é a mesmo sem o meu Felipe), mesmo eu tendo que suportar o chato do Rian ao meu lado, falando besteira a cada cinco minutos.

De repente o diretor Aurélio entra na nossa sala e dar um comunicado:

-Bom Dia gente! Sr.Gabriel preciso falar com você! Venha comigo!-o diretor diz vindo a minha cadeira.

-Claro Diretor! Vamos!-disse saindo da minha cadeira.

O diretor e eu saímos para fora da sala.

-Gabriel, seu amigo Felipe está internado em estado grave no Hospital da Cidade! Ele corre risco de vida!-o diretor disse e eu ainda não acreditava no que estava ouvindo.

-Mas como isso aconteceu?-eu pergunto já caindo em lágrimas.

-Não sei muito bem, mas parece que o pai dele o agrediu ontem a noite!

-Diretor eu preciso ir vê-lo!-eu digo com a voz trêmula.

-Claro! Vá pegar o seu material, que vou ligar para sua mãe!

Entro as presas na sala, pego os meus livros e saio correndo para o portão principal.

Logo após alguns minutos, minha mãe aparece em seu carro.

-Mãe corre para o Hospital Francisco Oliveira!-digo entrando no automóvel e colocando o sinto.

-Mas o que está acontecendo?-ela pergunta ligando o carro.

-No caminho te explico!

Estou muito preocupado com o meu Felipe, se aquele monstro do pai dele estiver lá, eu juro que mato ele!