Capítulo I : Em busca do amor próprio

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Posso dizer que todo mundo já se decepcionou por conta de um amor. - Ou de algo que pensara que amava. - Na verdade era mais uma daquelas paixãozinhas de jovem que acredita que romances de ficção podem vir acontecer na vida real. Droga eu pensei muito dessa maneira.
Eu me admirava mais quando eu tinha entre os 15 à 18 anos, eu não me deixava iludir com determinados relacionamentos, na verdade naquele tempo eu costumava mais ler e escrever. Na verdade sempre quis publicar um livro que escrevi aos 16 anos, conclui um ano depois. Gente como eu amo escrever, quando estou escrevendo, pareço fugir para uma realidade fora da minha, me faz sentir bem.
Ah! A propósito me chamo Renan Rivera, nome artístico adotado por mim, tenho 22 anos, tenho um metro e oitenta, - As vezes me sinto mal por ter amigos menores que eu, sempre acabo ganhando o apelido de girafa de tamancos, talvez por que quando estou com vergonha eu seja muito desengonçado andando. - mas sempre levei na esportiva qualquer tipo de brincadeira, sou mulato de cabelos negros e cacheados, quando descuido deles, só Jesus na causa, é literalmente um ninho de passarinho e hoje decidir contar um pouco da minha vida filha da puta.
Vamos começar pelo meu primeiro namorado! É isso mesmo, você não leu errado. Eu tinha 18 anos, uma época meio tarde para se começar a namorar não é? Que seja! - Na verdade me relacionei com duas garotas, por quem tive apenas amor de amigo. - O nome dele era Eric, como eu pensava ser feliz, eu era um viado filho da mãe obcecado, e totalmente ingênuo até demais. É, acredite eu era realmente uma pessoa lerda. Beijar eu sabia, mas quando passava a mão pelo meu corpo simplesmente eu travava, não sabia o que fazer. Eu era muito sonso. Com o passar do tempo me acostumei com os passar de mãos dele, e na boa aquilo tava me irritando. Três meses depois, terminamos devido não termos relações sexuais, é eu chorei feito garota, ele me largou para voltar com os ex. Mas fiquei mais bravo ainda por que a gente tinha terminado sem eu saber. Que filho da puta. Mas ele tava certo, eu era uma pessoa chata e grudenta. Talvez até hoje eu seja, me odeio por isso, ser carinhoso de mais você só se ferra. Alguns meses depois acabei transando pela primeira vez com um cara que morava perto do apartamento onde eu morava com minha mãe. Foi bom e ruim, não darei detalhes. Eu meio que senti uma paixão pelo idiota, pessoas bissexuais são um pé no saco. Ele não era um rapaz bonito, claro só o corpo, mas o nível de inteligência não era nada admirável. Foi algo que se passou rápido.
Aos 20 anos conheci um rapaz bacana, conversavamos muito via whatsapp. Ele morava em Curitiba, vinha as vezes para São Paulo, - Eu nasci e fui criado aqui em São Paulo, morei um tempo na Bahia, em um município chamado Belo Campo, onde cursei o ensino médio. - em alguns meses já estávamos nos relacionando. E eu trouxa novamente cai nessa de contos de fadas, como era perfeito, carinhos e beijinhos, amorzinho pra lá e pra cá, meu anjo, meu gato. Que merda velho! Como eu não posso estar diabético com tata doçura que chega a dar anciã? Nesse tempo eu trabalhava numa loja de roupas. Final de ano eu decidir ir para Curitiba passar o final de ano com ele. Conheci vários lugares legais. A primeira impressão quando desembarquei no terminal de ônibus foi... Que merda eu fiz?! É o lugar era feinho, mas nem notei que estava em reforma. Ele fora me pegar de táxi, de lá fomos para um shopping extremamente grande, ainda havia os enfeites de natal, não me recordo o nome do local. Seguimos para a praça de alimentação, um lugar amplo e estava cheio, mesas bem postas, um lugar bem organizado, lá me acabei tomando sorvete enquanto conversavamos sobre a minha viagem. Nada de mais, apenas paisagem, apenas um mercado me chamara atenção quando fizemos a parada, ele era bem construído, tudo muito clássico, ah como eu amo. Voltando ao shopping, assim que terminei o meu sorvete, saímos e fomos em rumo a outro shopping encontar um amigo dele por lá. O garoto parecia ter ódio de mim, depois eu descobri que eles já haviam tido algo no passado, mas nem dei bola. Nunca fui de morrer de ciúmes. Aquele dia fora cansativo.
A casa dele era enorme, muito espaçosa, ali morava ele e um casal de amigos heterossexuais, com quem tive pouco contato, até a festa de ano novo, me acabei nesse dia, desmaiei e acordei no dia seguinte com ele deitado me abraçando. Assim que retornei para São Paulo tudo mudou, - Fiquei pouco tempo, pois minha mãe não suportava a ideia de ficar longe de mim. - ele começara a bater papo com um "melhor amigo" era uma conversa diária, eu não me importava por confiar em ambos. - Que trouxa. - Com um tempo ele fora para Curitiba, e não deu mais contato por duas semanas e estranhamente o meu "melhor amiguinho" também sumira. Ai meu Deus eu já sentia o efeito unicórnio. E não era uma espinha na testa.
Em um certo dia eu acordei esperando notícias, e ao abriu meu lindo e bonito Whatsapp, imagine o que eu vejo?! Lindas fotos de cenas de sexo dos dois em um motel. Bloquiei a tela do meu celular e repiti pra mim mesmo, nada disso aconteceu, você ta sonhando. Acorda idiota, ele te traiu, você foi trocado pelo seu amiguinho fura olho. É eu não conseguia acreditar, como aquilo pudera acontecer comigo? Ah! Como? Acontecendo! Pensei em suicídio, mas não o faria, sai do emprego por conta de não me sentir apto, me arrependo até hoje. Fora um tempo difícil. Mas o que se esperar de uma pessoa com um e sessenta e quatro metros, de cabelos castanhos, pele branca, mauricinho e de lentes azuis? Espera uma bela traição que fuderia com seu psicológico. A partir daquele dia eu resolvi não me apegar. Sai bastante, transei bastante, a ponto de não querer maos olhar na cara da pessoa. - Me julguem, mas eu não sou Santo. - me tornei humano.
Depois passei um ano sem sexo, foquei em trabalhar e buscar o amor próprio. - Mas tive um relacionamento de três meses onde o idiota mentia, mas não sabia fazer direito. Eu sempre acabo descobrindo quando alguém me esconde algo, primeiro eu sinto e depois eu descubro. Na terceira mentira dele terminamos, eu juro que nem sofri. Só estava com ele para não ter aquele sentimento de solidão. - Como fui sujo. Whatever. Queria focar no meu livro estava escrevendo para Wattpad, havia erros ortográficos grotescos, ou seja ainda estou editando ele.

Era final de ano e eu estava em casa, totalmente cansado, me atirei no sofá tirando os sapatos e peguei meu celular e comecei a jogar RPG. Quando percebi já estouravam fogos, e varias mensagens chegavam no chat do facebook. Caralho me deixem em paz. Para não ser mal educado respondi a todos. Horas depois estava batendo papo com um rapaz que mais tarde vira ser meu amigo colorido, claro não estava com psicológico para namorar. E assim foi rolando algo. Dois meses depois ele entrara para a faculdade de psicologia, e percebi que eu o atrapalhava um pouco. Seu nome era Mário, compartilhavamos os mesmos gostos , como video games, mangá e anime. Na verdade eu era Narcisista, eu queria um clone meu e não outra pessoa. Mas atualmente sei que o diferente é bem melhor, e como! Mário tinha 26 anos, era um cara bacana e queria se manter fora de relacionamento, e quando vi que íamos para frente resolvi sabotar tudo. O que ele mais temia era que alguém sentisse algo forte por ele, pronto foi o que eu precisava saber para acabar com tudo, ele tinha medo de relação e o sufoquei com isso, não cheguei a tanto, mas consegui fazer ele se afastar já que eu não o faria. Senti mal mais por que talvez perderia um amigo, pelo outro lado me senti melhor. Tempo depois eu queria, eu precisava me relacionar.
- Sabe, você deveria baixar um aplicativo muito bom. - Disse meu amigo Windson.

Era noite e estávamos sentados sobre as escadas do ambulatório do Albert Einstein da Vila Andrade. Eduardo estava sentado próximo a parede, eu me encontrava sentado no meio e o Windson do lado direito. Ele falava sobre o seu novo namorado antes de me indicar o aplicativo.
- Não sei Will, já vi aquele casal que fizeram a tatuagem por que se conheceram através desse aplicativo. - disse rindo.
- Viado burro, estou falando pra baixar o aplicativo e não para fazer uma tatuagem com o boy. - O Eduardo caíra na gargalhada.
- Depois a burra sou eu. - disse ele me provocando.
- Fica Caladinho tá! - disse em tom irônico passando a mão em seu rosto.
- O Will ta certo, já que a senhora ta encalhada, aproveita o que esse negócio tem à oferecer. - ele me cutucara com o cotovelo, enquanto eu fazia cara de bunda pelo fato dele ter me chamado de senhora.

Então naquela noite eu resolvi baixar o Tinder. Mas tinha poucas esperanças de encontrar alguém que quisesse algo sério hoje em dia. Primeiro o aplicativo pedia para que eu me cadastrasse, e quem bem me conhece sabe que sou pouco paciente, ainda bem que havia a opção "Conectar com o Facebook", achei a interface muito simples e intuitiva, branco e vermelho, não me recordo tanto de todos detalhes. Ali você apenas tinha que deslizar para direta ou esquerda a foto de um candidato a ser seu futuro não sei no que, no lado direito deslizava quem eu curtia e para o esquerdo quem eu reprovava. Uma notificação me chamara atenção quando deslizei uma foto de um rapaz de óculos e com uma paisagem exuberante ao fundo, havia nos curtido. Eita Afrodite! Começamos a conversar, foi um papo curto até mudarmos para o Whatsapp e é ai que vai começar a verdadeira história.

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