Piquenique Arruinado!

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#Carlos.

Acordei cedo, primeiro que todos de meu chalé. Fui ate o lago, tinha marcado de me encontrar la com Rafaela. Fiquei sentado no chão mesmo ate ela aparecer, coisa que nao demorou muito.

-Carlos, ja chegou! -falou ela surpresa em me ver.

-É o que parece né.

Ficamos sentados olhando as águas, tentei não tocar no assunto do beijo, mas não aguentei. Tinha que saber se ela realmente gostava de mim, pra mim não fazer nenhuma besteira.

-Rafa, você... Você gosta de mim? -perguntei.

-Claro que sim. Você é o melhor amigo que eu podia ter- sorriu ela.

-Ham amigo!? Mas e aquele beijo, não significou nada?

-Ué, era só um beijo.

Me levantei, tirei a terra de minha roupa.

-Então eu nao significo nada pra você. Bom saber! -falei.

-Não acredito que quer brigar por causa disso. Carlos foi só um beijo- ela ficou na minha frente.

-Pode ser apenas um beijo, mas pra mim aquilo significou muito. Rafaela eu gosto de você! Será que não deu pra perceber, mas pelo visto você não gosta de mim do mesmo jeito.

-Não é isso que eu quis dizer...

-Não! Chega! Nao quero continuar com isso- falei e sai dali.

Comecei a andar sem rumo, aquilo doeu um pouco. Acabei saindo do acampamento, o clima estava tranquilo, nenhum barulho de monstros. Comecei a ouvir vozes, era de muitas pessoas, alguém chorava. Era uma família em um piquenique.

-Calma! Ele deve estar bem- diz um homem abraçando a mulher que chorava.

-Hoje é aniversário dele, quero ele comigo!

Me aproximei mais, vi duas garotinhas gémeas que aparentam ter uns dois anos, um homem e uma mulher de cabelos curtos e escuros. O homem acabou me vendo e ficou boquiaberto.

-C-carlos!? É você mesmo? -disse ele se levantando.

-P-pai!?-falei gaguejando.

-Meu filho!- ele me abraçou forte- Que saudade.

Ele me soltou e enchugou o rosto. A mulher ainda estava paralisada ao me ver, lágrimas escorriam pelo seu rosto.

-Mãe, sou eu Carlos. Seu filho!

Ela se levantou e segurou minha mão, enxuguei seu rosto e beijei sua testa. Ela me abraçou.

-Me perdoe filho! Eu te amo! -falou ela ao choro- Eu não devia ter falado aquilo, eu te amo!

-Mãe! Eu te agradeço! -falei a soltando.

-Mas eu te mandei em bora, falei muitas coisas ruins de você...

-Obrigado! Quando fugi de casa aprendi a viver sozinho, aprendi a sobreviver.

-Meu filho, essa são suas irmãs- falou Cleiton meu "pai" .

As gémeas estavam tímidas no canto, me abaixei e baguncei os cabelos das duas que sorriram.

-Oi! -disse brincalhão- Sou Carlos e vocês são quem? Fadas ou princesas?

-Eu sou uma plincesa! -falou uma delas.

-E eu sou uma fadinha! -falou a outra.

As duas riram ao mesmo tempo o que foi divertido. Me sentei junto a toda a família, sim eu sou de uma família rica mas somos bem humildes.

-Parabéns filho! -falou minha mãe.

-Pelo quê?

-Hoje é seu aniversário, dia 14 de setembro -ela me deu outro abraço.

-Oh valeu. Finalmente tenho desesete anos...

-O quê? Tudo isso? Achei que era menos, bem menos- sorriu Cleiton.

Falei sobre o tempo que passei sumido, só nao falei do acampamento e nem da parte Felinus. Deixa eu explicar, minha mãe não é felina, puxei isso de meu avó. Não sei porque mais ela não é, vai la saber.

-Aaahhhh Cailos! Socolo! -gritaram as gémeas.

Me levantei e vi gémeos. Lembrei que lutei com um deles ao proteger Rafaela, mas aqui eles eram dois, cada um segurava uma garotinha.

-Solta minhas filhas! -gritou minha mãe.

-Mãe para! Eu resolvo isso- falei a deixando atrás de mim.

-Queremos você Carlos- disse um deles.

Ele jogou uma das meninas no ar, pulei alto e consegui pegá-la e a entreguei pra minha mãe. Em seguida veio a outra, peguei e a dei pro Cleiton.

-Vão embora! Nos deixe em paz! -gritou minha mãe.

-Cale a boca sua velha!-falou o segundo.

-NÃO FALA ASSIM COM ELA!

Pulei nele, que enfiou as garras na minha barriga e me jogou no chão.

-Carlos! Filho!

Levantei, e mostrei mingas garras, senti meu rosto mudar, pelo jeito ja estavo transformado. Rugi os desafiando, eles mostraram as presas.

Sangue Olimpiano. Lubyts - 1ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora