Sendo perturbada

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#Camilly.

É tanta raiva dentro de mim que não sei se consigo suportar. Eu arrisquei a minha vida... Mas a de meus amigos também, só pra salvá-la. E ela faz isso com a minha irmã.

Estou aqui sozinha com ela, num quarto de hospital. Pedi para que Rafael falasse para que os outros fossem embora, ele irá ficar comigo aqui.

Ainda penso se eu deveria transformá-la para que possa se defender enquanto eu não estiver perto. Mas não sou uma Alpha... Mas o Rafael é.

Eu não vou fazer isso, a mordida também pode matar. E eu já estou com tantos problemas.

Rafael abre a porta e entra, senta no sofá ao lado da cama.

-Camilly, ficar de joelhos no chão só vai te machucar. Levanta- diz ele.

Me levanto. Ramila estava dormindo, tão linda. Sentei no colo no Rafa e o abracei segurando o choro.

-Não precisa ficar assim, esta se culpando por algo que não tinha como impedir- ele passa a mão em meus cabelos.

-Eu... Podia ter impedido... Eu podia... -digo.

-A gente vai ficar aqui com ela. Que logo logo ficará bem, e vai voltar com a gente pra alcateia, ok?

-Uhum...

-Acho melhor começar a cuidar da sua irmã, antes que eu vá atrás dela.

-Ninguém vai tocar nela de novo.
-Ninguém- Rafa concorda.

-Ainda vou te fazer sentir muita dor. Eu lhe desejo dor!

Ai não, uma dor no corpo começou a tomar conta de mim. Parecia uma faca sendo enfiada nas minhas costas. Me levanto aos tropeços, e me tranco no banheiro.

-Camilly o que houve? Abre a porta! -Rafael batia na porta.

Fiquei me encarando no espelho, respirando com dificuldades. Meus olhos começaram a brilhar, eu não posso transformar aqui.

-Aaahh- me sentei do lado da pia, com as mãos entrelaçadas em minha cintura- Aguenta a dor! Você tem que aguentar- disse a mim mesma.

-Essa é a coisa mais fraca que acontecera com você. Ainda vira coisa pior!

Corri até o chuveiro, liguei e fiquei em baixo dele. A cada segundo o barulho de Rafael tentando entrar ficava mais alto.

Meu corpo ia esfriando, Rafa entra e core até mim.

-Olha pra mim! -ele segura meu rosto, meus olhos estavam quase se fechando.

Seus olhos brilharam de um azul intenso, que ficaram de um vermelho ardente. Acho que aquilo fez meus olhos brilharem também, respirei com falta de ar.

Ele desliga o chuveiro e em seguida me abraça. O que esta acontecendo comigo?

-Vou pegar uma toalha pra você...

-Não precisa. Rafael fica aqui comigo! Eu tô precisando de você- seguro seu braço. Ele assenti e volta a me abraçar.

Tem uma pessoa me atazanando, e eu preciso descobrir quem é, antes que me mate de tanta dor.

Sangue Olimpiano. Lubyts - 1ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora