Eu e Rodrigo andamos a vizinhança e ficamos conversando.
-E quando você chegou? -Eu falei enquanto prendia meu cabelo. Fiz um simples coque.
-No mesmo dia que você, só que mais tarde.
-Como assim?
-Depois que você foi, minha mãe ligou, e me pediu pra voltar pra cá.
-E sua irmã veio junto?
-Não, a Tábata ficou, e eu não tenho mais nenhuma ligação com ela.
-Mas porque?
-Porque a gente já não tinha uma relação boa, e ela só me traz problemas e decepções.
-Entendi.
Sentamos na calçada em frente á uma praça linda que tinha na vizinhança.
-Baixinha.
-Eu.
-Tenho uma surpresa.
Ele tira do bolso uma caixa vermelha. Era meu óculos, ele estava novo em folha, eu não acreditava !
-Digo ! É meu óculos.
-Quando você deixou ele comigo, eu percebi que tinha concerto. Procurei todas as lojas naquela cidade mas não encontrei nada, quando cheguei aqui em Amsterdã eu encontrei uma loja e eles concertaram.
-Aaaah Digo!! -Eu o abracei muito muito muito forte. -Eu adorei ! Foi o melhor presente de despedida de todos
-Despedida? Como assim?
Droga sem querer eu falei.
-É que...eu vou morar durante quatro anos em Tokyo.
-O que? Porque? -Ele fala assustado.
-Meu pai conseguiu fazer com que eu entrasse num colégio que é tipo o melhor do mundo, e eu já vou sair de lá formada, não vou precisar de faculdade nem nada. É uma oportunidade única pra mim sabe, eu sempre sonhei com isso.
Na verdade eu só falei isso pra talvez fazer com que ele entenda, eu não queria tanto ir.
Ele me abraça forte eu consigo sentir seu coração bater bem forte.
-Vou sentir sua falta. Você é muito especial baixinha.
-Não fala assim se não eu vou chorar. -Eu falo apertando ele mais ainda.
Nesse momento passou um caminhão de tinta, e deixou uma lata de tinta vermelha cair. Eu fui até a lata e a peguei.
-Eu tive uma ideia. -Falo voltando ate a calçada.
-Que ideia?
-Ta vendo essa rachadura aqui? -Eu aponto para o chão.
-Sim. O que tem ela?
-Vamos fazer um coração aqui. Você faz uma metade e eu faço a outra.
Fizemos o coração.
-Mas pra que isso?
-Pra gente se lembrar que um completa o outro. Você é a minha metade Digo.
E sem perceber nossos olhares se encontraram.
- E você é a minha metade Sofie.
Nossas mãos se encostaram enquanto tocávamos no coração que pintamos juntos. Nesse momento eu não sei o que deu em mim, simplesmente o beijei.
Foi um beijo perfeito, eu sentia aquelas borboletas no estômago, sentia a mão dele em meu rosto, e dessa vez acho que não foi um erro.
-Eu estava enganado. -Ele diz com rosto ainda bem próximo ao meu.
-Sobre o que?
-Te beijar não seria um grande erro.
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O Nosso Clube
RomanceSofie, uma menina de 19 anos que descobre logo na juventude o quão confuso pode ser o amor. Várias paixões, só 1 amor. "Não acredito em amor, acredito em paixões. Amor é pra uma vida toda, e ninguém vai estar a vida inteira com você. Já a paixão, e...