Capítulo 34

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Rodrigo e eu andamos toda a vizinhança e continuamos conversando de novo, mas dessa vez de mãos dadas.

-Nossa mas vocês são um casal lindo. -Uma senhora muito simpática disse.

-Obrigada, mas não somos um casal. -Eu disse vermelha.

-Não somos porque ela não quer minha senhora.

-Com um tempo ela há de querer meu jovem.

Fomos até uma sorveteria mas eu não quis sorvete, por mais estranho que parece eu não gostava.

-Como assim você não gosta de sorvete? -Rodrigo falou surpreso.

-Não sei, só não gosto. Acho que foi na época que eu era pequena.

-Era?

-Sem piadas.

Ele começa a rir.

-Mas me explica isso.

-Eu sou alérgica a morango, e uma vez eu pedi um sorvete rosa mas eu não sabia que era de morango, e o sorvete tinha pedaços de morango.

-Já entendi. Mas desde então você não toma sorvete?

-É.

-Isso vai mudar agora. -Ele falou indo até a atendente. -Licença moça eu vou querer duas casquinhas de chocolate.

Eu provei o sorvete e ate que gostei. Chocolate é um sabor delicioso em qualquer coisa.

-Até que é gostoso. Viu, eu disse.

Sem querer sujei a ponta do meu nariz com sorvete.

-Baixinha, seu nariz ta sujo. -Ele começa a rir.

-Sou mesmo uma criança viu. Nem sei comer direito.

-Vem cá, deixa eu te limpar. -Ele passa o guardanapo no meu nariz o limpando.

Fomos até minha casa, já era noite. 20:00 pra ser exato. Chegando na porta ele me segurou.

-Quando você vai?

-Pra ser exata, daqui á 14 horas.

-O que?  Mas porque não me falou baixinha?

-Eu não queria estragar o momento.

-Eu não quero perder você. -Ele me abraça forte.

-E não vai. Você é minha metade, lembra?

-E você é minha metade.

-E quatro anos passa rápido. Eu queria te pedir uma coisa Digo.

-O que?

-Quando eu for embora, continue sua vida. Não me espere, você merece ser feliz com alguém.

- E você, continue sua vida tudo bem? Mas me promete que quando voltar, vamos continuar amigos?

-Prometo. -Eu falo quase chorando.

Nos beijamos, e eu consigo sentir as lágrimas dele e acho que ele também conseguiu sentir minhas lágrimas.

-Até daqui 4 anos. -Eu falo bem baixo.

-Até baixinha.

Eu espero ele virar a esquina com o carro e entro em casa, e percebo que ainda estou chorando. Acho que ele é a melhor pessoa que eu já conheci em todo mundo. O único capaz de tirar os meus melhores sorrisos.

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