Eu poderia falar como foi esses 4 anos, dia por dia. Mas sinceramente, não aconteceu absolutamente nada demais. Foi estudo, estudo, estudo. Eu tinha medo de minha família me esquecer, que nada, eu fiquei ate enjoada de tanto ver eles. Solange me ajudou muito esses anos. Aaah, e antes que eu me esqueça, já esquecendo, conheci um cara muito legal, que acabou sendo meu namorado já faz 2 anos.
Mas e o Rodrigo?
Vocês devem estar se perguntando. Bom, nos mantínhamos contato, conversamos. Até ele começar a namorar 10 meses depois.
Quem é a piranha?
Também perguntei isso. E acreditem ou não, é a ex dele. Lembra? Aquela que o traía, Christina. Bom, eu fiquei com MUITA raiva, mas foi eu mesma quem disse pra ele viver. Levei 2 anos pra esquecer ele, hoje somos amigos, não conversamos muito, mas somos bons amigos.
Depois de 2 anos pensando naquele filho da mãe, eu conheci meu namorado, Eduardo. Vou contar como tudo aconteceu.
Um dia no colégio a garota que sentava do meu lado, me chamou para ir até o restaurante da família dela, bom, eu amava comida, e não nada pra fazer. Então fui até o restaurante. Lá tinha um garçom muito lindo, com a pele branca, branca, como Luke, os cabelos pretos, e o olho azul. Quando eu o vi fiquei vermelha, mas foi por ele ser extremamente MUITO lindo. Entrei no restaurante e me sentei no balcão.
O restaurante é lindo, era todo vermelho, num tom bem rústico, com o piso de madeira e as portas como se fosse do velho oeste.-Sofie ! Você veio. -A menina falou com uma bandeja na mão. Ela também era garçonete.
-Oi Bê. -Eu disse abraçando ela. -Então você trabalha aqui?
-Esse restaurante é da minha família, "eu termino o expediente" agora.
Ela se senta do meu lado.
-Gostei muito daqui.
-Obrigado linda menina. -falou um senhor muito bonito saindo da cozinha que ficava bem junto ao balcão. Ele tinha os cabelos grisalhos mas era como o cabelo do garçom bonito, era gordinho e tinha um bigode muito bonito que fazia uma volta no final.
-Esse é meu pai, Lorenzo. Aquela moça ali anotando, é minha mãe, Catarina.
A mãe dela é incrivelmente linda, tinha os olhos azuis, como os do garçom gato. Tinha os cabelos lisos e loiros até o ombro, ela era muito parecida com Beatriz, a nova amiga.
O garçom estava vindo em nossa direção, deve ser algum namorado dela, nossa que vergonha, eu estava o encarando.
-E esse é o meu...
-Irmão. -Ele a interrompe. -Prazer, Eduardo.
Ele pegou minha mão esquerda e a beijou mas com os olhos ainda concentrados em mim.
Minha vontade era de dizer "queridinho o prazer é todo meu" mas tive que me conter.
-Prazer.
-Somos a família Sater. -Beatriz falou.
Eu não conseguia mais ouvir ninguém, só conseguia olhar para Eduardo, até deixar escapar um sorriso.
Depois que terminei de comer, fiquei um bom tempo lá. Perdi a noção da hora, e o restaurante já estava fechando.
-Nossa olha a hora ! Eu tenho que ir.
-Até mais Sofie. -Beatriz falou me abraçando.
-Esta muito tarde, Tokyo é perigosa, quer que eu vá com você?
-Obrigado, senhor, mas eu vou sozinha. Não tem problema.
-Tem sim. Está tarde, Tokyo está perigosa.
-Mas querido você está todo sujo. Deixa que o Eduardo vai.
-O que? -Eduardo e eu falamos juntos
-Vão logo antes que fique ainda mais tarde.
Rodrigo foi me acompanhando até meu apartamento. Ele me fazia rir inúmeras vezes.
Uma ótima companhia, e quando ele falava que eu sou bonita eu corava.-Então quer dizer que Eduardo Sater não é japonês?
-Eduardo Rodrigo Sater. E não, não sou.
Eu fiquei parada, congelada. Levei 2 anos para esquecer esse nome, esquecer Rodrigo e esse cara tem o mesmo nome. Senti uma dor no coração, queria muito chorar mas não queria que Eduardo visse. Comecei a lembrar de tudo que passei com Rodrigo, nossas mensagens, dias virando a noite conversando no telefone.
-Sofie? Sofie? -Eduardo me acorda desses pensamentos.
-Aah, me desculpe.
-Esta tudo bem?
-Estou bem, foi a comida.
-O que?
-Estou brincando. -Comecei a rir da cara que ele fez.
-Ha ha ha. Mas me fala uma coisa.
Voltamos à andar.
-Porque parou ali de repente?
-Eu lembrei das coisas que vivi com a minha família em Amsterdã. Saudades talvez.
-Do seu namorado Rodrigo ?
Puta merda ! Como ele sabe?
-O que?
-Foi só eu falar o meu sobrenome Rodrigo que você ficou assim.
-Eu tenho um amigo que chama Rodrigo, talvez por isso lembrei de casa. Mas Rodrigo é só um amigo como vários outros.
-E essa lágrima escorrendo pelo seu rosto ? Seu óculos não esconde nada.
-Ah me desculpe.
-Olha, eu não sei o que esse Rodrigo te fez pra sofrer assim. Mas eu EDUARDO, vou fazer você esquecer ele. Eu posso?
-Pode.
E foi assim que comecei a namorar o Eduardo Sater. Foi ótimo, não me arrependo de nada.
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O Nosso Clube
RomanceSofie, uma menina de 19 anos que descobre logo na juventude o quão confuso pode ser o amor. Várias paixões, só 1 amor. "Não acredito em amor, acredito em paixões. Amor é pra uma vida toda, e ninguém vai estar a vida inteira com você. Já a paixão, e...