Cap. 3 - Por que comigo

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Ok o que temos que fazer, achar um abrigo para passar a noite, talvez um galpão abandonado na periferia, isso seria bom. Também preciso de dinheiro para comprar comida e etc, vou no banco, se tiver um clipe de papel e um imã ja posso pegar alguma quantia de din din.

Mas não é errado roubar, olha eu me senti bem mal da primeira vez, porém eu tenho que viver, e com um bando de capiroto atrás de mim não tenho o luxo de muito escrúpulos.

Acho um boné num varal e pego discretamente e o visto, cobrindo meus olhos. Acho um mapa da cidade numa linha de ônibus e vejo onde fica o banco, a apenas 3 quadras de distância.

Não pego nenhum revólver e grito é um assalto, se é isso que querem saber. Vou no caixa eletrônico pego um grampo de cabelo e um cartão de crédito que achei quebrado na rua (que a pessoa não usa mais). Em cerca de dois minutos saio de lá com 300 dólares. Não me perguntem onde aprendi a fazer isso. Antes que me chamem de ladra, peguei de um milionário de lá, como se alguém com 80 milhões em dinheiro pronto para saque no banco ligasse pra 300 dólares.

Saio de lá e vou pro ônibus, pego um que leve para o subúrbios da cidade. "E os bandidos?" Acredite eles são a menor de minhas preocupações. Longa história envolvendo akidô, karatê, boxe, capoeira e outros estilos de luta.

Achei um lindo lugar abandonado cheirando a mofo. Tinha uns móveis abandonado rasgados lá, seriam úteis. Vou passar cerca de dois dias aqui até achar a 1ª runa, que me dará uma pista para a 2ª e assim por diante. Também seria bom um livro de feitiçaria. "Oi miga que???" Não dou uma bruxa nem nada, porém acabei descobrindo que, infelizmente, algumas coisas assim são reais. Aprendi algumas coisas basicas na Bulgária. Talvez vocês as vejam mais tarde talvez não. Rezemos para que não.

Me sento no chão sentindo minha barriga roncar, não havia comido nada há uma semana. Olho para o céu, cinco horas eu diria. Coloquei o dinheiro no meu bolso, uns 100 dólares, e coloquei o resto escondido, num saco plástico com cheiro a podre em baixo do azulejo do piso. Ninguém em sã consciência ia procurar no piso em um galpão sem sinal de vida por dinheiro.

Caminhei um pouco em direção ao centro. Via umas pessoas com cara de poucos amigos e me encaravam, lancei um olhar venenoso, e elas me evitavam. Em 15 minutos entrei numa loja de conveniência.

Comprei o básico do básico: escova de dente, pasta, um garrafa de água de 2 litros e uma pequena de 500 ml, pão francês, meia dúzia, queijo presunto, e uma coca de latinha (antes que falem que isso não é necessário, glicose e açúcar, isso já salvou minha vida), corda, carne seca, um canivete suíço, faca de caça, garrafa térmica, um pouco de suco, sopa de lata e outras coisinhas assim. Saí de lá as 6 horas em ponto.

Caminho tranquilamente até ver que errei o caminho "memória de bosta" penso, saio de lá até rapidamente, e ouço a voz de alguém correndo. Olho para trás, meu erro, o barulho vinha da frente. Chega um garoto correndo e esbarra em mim, só percebo quando estou jogada no chão e que bati a cabeça. Recuso-me a gemer de dor e falo apenas:

- Ai.

- Desculpe-me - diz o garoto de pele morena, cabelo meio desgrenhado devido a corrida, e olhos escuros, tinha traços fortes - Estava com pressa.

- Deu pra perceber - falo com uma voz fria, então recobro o foco de meus olhos e vejo que ele estava caído em cima de mim, com seu rosto a centímetros do meu, tinha hálito de canela com, hum cebola ? ( N/A: Pra vocês que acham que todos os garotos tem hálito de alcaçuz, menta ou hortelã como em vários livros, kkkk, sorry me empolguei)

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⏰ Última atualização: Feb 20, 2017 ⏰

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