Demorou muito tempo até que um machucado Potter e um hormonalmente afetado Draco conseguissem convencer Kingsley que não estavam brincando de nenhum tipo de guerra de facas onde nosso bebê campeão levara a melhor. E levou mais algum bom tempo até que, finalmente, Kingsley passasse a receita completa da extremamente doce geleia de amora.
E só depois de todo esse incrivelmente longo tempo é que Draquinho e todos os seus problemas com o nível de testosterona puderam rumar para a Mansão Malfoy e se resolverem entre si. Depois de um excepcionalmente longo tempo no banho, Draco penteara seus cabelos sedosos em frente ao espelho e se pegara imaginando como seria se Potter estivesse realizando aquela tarefa com suas diabolicamente excitantes mãos.
Isso fez com que ele voltasse ao banheiro para mais uma estadia em prol de sua segurança sexual.
Como era dura a vida de Draquinho.
Já passava da meia-noite quando nosso menino pôde descansar sua cabeça no travesseiro, tentando, incessantemente, não fechar os olhos e imaginar as mãos de Potter amassando amoras, quebrando ovos ou descascando pinhões alheios a esmo.
Foi com muito esforço e pouca vontade que Draco finalmente pegou no sono, tendo a noite repleta de sonhos incomuns, e povoados por tachos com frutinhas silvestres e amoreiras enfileiradas por longos campos verdes.
Amanhã seguinte foi, para nosso protagonista, um sacrilégio à parte. Ele bem que tentou se concentrar nos cabelos oleosos de Snape, que insistiam em cair da firme renda de cabelo, mas podia sentir os olhares de Potter queimando em sua nuca. O que era uma viradinha acada cronometrados dois minutos, afinal? Ele estava apenas se distraindo um pouquinho durante a explicação sobre as propriedades das cenouras. Não é como se ele fosse ralar cenouras um dia...
Draco passou o período prático da aula apenas tentando convencer a si mesmo - e a Pansy, eventualmente - que estava interessado apenas na preservação da saúde das mãos daquele-que-sobreviveu-pra-amassar-amoras, e que as viradas para espiar Potter com o canto de olho não tinham relação alguma com um antigo fetiche por mãos fortes.
Não que Pansy tenha acreditado em uma só palavra. Não quando o próprio Potter começava a desconfiar que alguma coisa estava errada com seu ex-namorado mais lindo e loiro do mundo.
O que não significava, nem de longe, imagine, que o próprio Potter prestava uma atenção suprema em Draquinho. Eles estavam apenas verificando as condições de saúde um do outro em grande frequência, algo perfeitamente normal quando se trabalha em dupla, lógico!
Foi com um Snape bastante estressado com o tempo tão curto dos períodos das Aulas de Culinária que o sinal enfim soou, dispersando os alunos pelos corredores. Draco, ainda muito concentrado nas interessantes atividades acadêmicas que desempenhara durante toda a manhã, foi arrastado por uma inconsolável Pansy Parkinson praguejando e maldizendo toda a ironia do destino do mundo. Porque, obviamente, na concepção de Parkinson só muita ironia para fazer Draco Malfoy e Harry Potter começarem a apresentar sintomas de recaída amorosa, umpelo outro, apenas porque uma ou duas frutinhas silvestres assim resolveram.
Agarota só não compreendia que por mais que ela arrastasse nosso pobre bebê para longe de Potter, irremediavelmente eles se encontrariam - sozinhos - durante toda a tarde.
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Pansy bem que tentou convencer Draquinho de que, para o bem de seus lindos e sedosos cabelos loiros, deveria acompanhar nosso protagonista durante toda aquela tarde. Infelizmente - para Parkinson - nada no mundo foi capaz de fazer Draco aceitar que Pansy participasse de seus momentos de descontrole perante a ação das mãos de Harry Potter dentro de um tacho (e fora dele).
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A Crônica da Geléia de Amora [Drarry] (Concluída)
FanfictionDraco e Harry são ex-namorados, tiveram uma briga terrível com socos e tudo o que tem direito! Mas a tensão sexual entre os dois ainda é palpável... E Snape os coloca de dupla para fazer uma geleia de amoras... Não sou a autora dessa fic. A autora d...