Capítulo 2

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Harry's P.O.V. On

— Adeus querido. - despediu-se a minha noiva de mim com um beijo carinhoso e saiu do carro indo para o seu local de trabalho, o hospital.

Comecei então a conduzir. O mundo dá muitas voltas mesmo. Quatro anos já se passaram e quem diria que eu estaria noivo de uma bela enfermeira, Martah Hewitt.

Depois do ocorrido com a Andrea foi ela quem me ajudou. Não me ajudou a esquecer a Andrea porque isso ela nunca conseguiu mas a afastar-me do mundo da droga, do álcool, e especialmente, do Zayn.

Agora sou um homem mais livre. Apesar de ainda estar um pouco preso ao passado é para o futuro que eu tenho que olhar.

Fui por uma estrada com menos pessoas e menos trânsito. Era um atalho para chegar ao meu apartamento. A rua estava calma mas reparei num homem que estava a seguir uma mulher.

Como eu não suporto estas coisas encostei o carro devagar para que não fosse descoberto. Saí de lá e de repente o homem rouba algo á mulher e eu corro atrás dele para recuperar o que quer que seja.

— Para não o leves. - gritou a mulher tentando correr atrás dele.

Aquela voz era tão familiar...

Tudo aconteceu muito rápido. Eu dei um soco no homem e ele caiu. Retirei-lhe um fio. Olhei para o fio enquanto andava até á dona dele e reparei que era igual ao que eu dei á Andrea no dia do seu aniversário. Encarei a pessoa á minha frente com um pouco de atenção.

Não pode ser...

— Andrea?
— Harry?

Andrea's P.O.V. On

— Andrea, á quanto tempo. - sorriu o belo homem á minha frente, agora com o cabelo maior e com mais tatuagens.

— Sim... - foi a única palavra que me saíu juntamente com um sorriso nostálgico.

Ele olhou para o chão um pouco constrangido.

— O que é que tu fazes aqui a estas horas? Tu sabes que é perigoso.
— Foi necessário.

Ficámos uns segundos em silêncio, apenas a encarar-nos até os seus lábios se moverem e emitirem palavras.

— Queres que eu te leve para casa? E se nós antes fôssemos beber um café no meu apartamento? Para pormos a conversa em dia.
— I-s-sso seria ag-agradável. - comecei a gaguejar e o meu coração a acelarar os batimentos cardíacos.

Ele começou a andar para o outro lado da rua e eu fui atrás dele para o seu carro que continuava igual depois de quatro anos.

Ele conduzia até casa enquanto eu olhava para ele ainda completamente perdida e a questionar-me como e porquê.

— O que foi? - sorriu divertido.
— Tu mudaste muito em quatro anos.
— Espero que tenha sido para melhor. Tu também mudaste um pouco.

— O que é que eu mudei? - dei um sorriso brincalhão.
— O teu cabelo está maior, estás um centímetro mais alta. - gargalhou e eu sorri. — E bem, estas mais...
— Mais?
— Velha.

Nós rimos. Em pouco tempo estávamos no seu apartamento e o mesmo porteiro de á quatro anos atrás estava lá. Quando me viu deu um largo sorriso misturado com surpresa.

Entrámos no elevador em silêncio, até que ele começou a fazer-me algumas perguntas.

— Então como é que ficaram as coisas depois...daquilo. - disse mais sério.
— Fui para um orfanato.
— Eu não soube logo, só soube no dia seguinte quando já te tinhas ido embora.
— Já passou Harry. Vamos deixá-lo no passado.

The Stripper {H.S.}Onde histórias criam vida. Descubra agora