Taylor
Quando eu vi uma mulher caída no chão parei para prestar socorro. Mais quando vi que a mulher era na verdade Christina meu coração parou.
Eu fui correndo até ela e testei seus pulsos. Estava batendo. Calmo, mais estavam.
O que aconteceu? O que ela fazia nessa rua? Será que foi estuprada? Estava com a boca sangrando com as roupas muito sujas, seu rosto com lama.
Taylor: Chris, Anjo? Anjo fala comigo. Meu amor? Chris??? Eu disse com a voz embargada de tanto choro que segurava. Estava desesperado. Ela foi machucada e eu não estava aqui para ajudá-la.
Chris: T-taylor? Ah por favor me tira daqui. Eu assenti e a levantei, levando ela pro carro. Me sentia completo com ela.
Taylor: Vou te levar para o hospital. Disse a colocando dentro do carro.
Chris: Eu só quero ir para casa. Ela falou fechando os olhos e encostando a cabeça na porta.
Taylor: Anjo você precisa me dizer o que aconteceu... Para que eu possa te ajudar.
Chris: Pode só me levar para casa? Por favor? Ela perguntou quase chorando. Eu queria abraçar ela... Mais não tinha esse direito. Abaixei a cabeça.
Taylor: Claro... Disse ligando o motor
Chris
Eu queria que ele me desse um abraço e falasse que tudo ficaria bem... Mais ele não fez. Só abaixou a cabeça.
Sempre pensei que quando eu estivesse prestes a ser estuprada alguém apareceria para me ajudar. Eu pensei que Taylor fosse o cara. Pensei nele todo instante. Quando estava tentando ficar viva estava pensando nele.
Mais por que, se ele foi até uma festa de zona para se encontrar com uma garota para que eu fosse humilhada. Isso estava errado e eu precisava de conselhos adultos. A única amiga adulta que tinha era a Beth. Mais a casa dela era em um lugar perigoso... Agora eu sei disso.
Eu não quero sofrer por taylor, não mais. Ele apareceu todo preocupado, fiquei feliz por ele ter aparecido mais triste por pensar que ele só fez isso por estar se sentindo culpado e obrigado a me ajudar.
Queria contar mais tinha medo de que ele não se importasse e tivesse compromisso com a garota. Eu chorei disfarçadamente por todo o percurso. Ele notou algumas vezes, sabia quando via suas mãos apertarem o volante.
Quando cheguei fui direto pro meu quarto arrumar minhas malas. Teria aula no dia seguinte. Sem tomar banho eu me sentei em uma cadeira e dormi lá mesmo.
Acordei no chão, provavelmente tinha caído e nem percebi. Fui tomar um banho e me arrumei. Fiquei do lado de fora da casa em cima de uma árvore ouvindo música e lendo a saga do "Harry Potter".
Lucas: Ei esquisita, por que não atendeu minhas ligações? Lucas disse dando um tapa no meu pé. Eu sorri em ver seu bom humor.
Chris: Precisamos conversar. Disse simplismente e ele entendeu na hora.
Taylor: O que ele fez com você dessa vez princesa? Ele perguntou com raiva.
Fechei o livro e joguei para que ele pegasse, então desci da árvore e o abracei.
Chris: acho que nada... Eu que tive falsas esperanças... Disse com algumas lagrimas nos olhos. Lutei para que voltassem.
Taylor: Ele te traiu? Ele perguntou me levando para sentar.
Chris: Não... É que fomos para uma "festa" ontem... (Parecia mais um bordel se quer saber ) e uma garota ficou se insinuando para ele, na minha frente... Quando ela foi o cumprimentar, deu um abraço nele me empurrando, ele recusou e tentou me puxar de volta... Mais eu ja estava longe dele.
- Fui até sua casa por que precisava da sua mãe, conselhos femininos e já experientes.
- Quando estava a quase duas quadras um garoto estava me seguindo. Então uma gangue o parou e mandou ele vazar. Eles tomaram seu posto segundos depois, quase fui estuprada Lucas. Me deitei e fingi convulsão. Quando pensaram que estava morta saíram correndo. Fiquei deitada achando que era meu fim, afinal eu estava cercada, pra qualquer fosse o lugar que seguisse encontraria alguém para me matar.
- Então Taylor apareceu parecendo preocupado, mais eu lhe dei gelo e ele pareceu magoado... Mais podia ser por culpa, eu não quero ser a coitadinha... Mais eu quase morri ontem e estou exausta.
- Mentalmente e fisicamente... Lucas escutava com os olhos arregalados.
Charlie: Mais o que? Você está bem minha flor? Venha aqui. Oh meu Deus! Eu te amo, filha eu te amo tanto! Meu pai apareceu do nada e desesperado me abraçou. Ele tremia, com certeza ouviu mais da metade da conversa.
Chris: Agora estou bem pai... Mais era mentira. Precisava de um abraço mesmo, mais não dele... Abaixe a cabeça.
Charlie: Você vai pra escola depois, temos que fazer exames, venha.
Chris: Pai, não precisa. Eu preciso ir a escola. Está tudo bem, sério mesmo. Falei o acalmando. Depois de implorar ele deixou. Fomos todos em silêncio.
Charlie: Chris, eu te ligo! Merda ele vai me infernizar o ano todo agora. Que ótimo! Tudo que eu queria. Apenas assenti e saí.
Taylor foi no seu próprio carro e pelo visto chegou primeiro.
Ele estava com umas três garotas o cercando. Ele se desviou delas e veio até mim. O ignorei andando rápido.
As aulas passaram rápido. Teve uns trabalhos em dupla, e obrigado Deus, fiz a minha dupla com um garoto até bonitinho e simpático. Não! Não era o Taylor.
Xxxx: Meu nome é Heitor, e como se chama? Ele estava tentando puxar papo comigo.
Chris: Christina. Eu disse lhe estendendo a mão, ele me cumprimentou.
Heitor: Legal, eu não sou muito bom em espanhol... Pode me ajudar? Ele perguntou meio sem graça.
Chris: Claro, não tenho problemas com espanhol. Disse sorrindo.
Eu o ajudei e lhe ensinei algumas regrinhas básicas. Ele entendeu a grande maioria do que expliquei, mais ainda ficou confuso com algumas coisas.
Heitor: Você pode me ajudar com isso nas férias de Primavera? Seria ótimo! E meu irmão mais novo também iria adorar uma mãozinha.
Chris: Seria maravilhoso Heitor, eu realmente adoraria. Eu aceitei, seria ótimo ajudá-los. Pensar em outras coisas que não seja o Taylor!
Eu estava com dor de cabeça e fiquei na biblioteca, Heitor me fez companhia, conversamos algumas coisas sem grande importância.
Como as férias seria já na semana que vem, ele pediu meu número para que a mãe dele entrasse em contato.
Eu estava ignorando Taylor o máximo que conseguia. Estava tentando viver minha vida sem precisar dele, e estava conseguindo.
