Crepúsculo - Renascer

2. Irmãos Volturi

Gemi e chorei por conta da dor a madrugada inteira daquela primeira noite, definitivamente ser híbrida não estava me ajudando em nada nesse caso. Minha mãe entrou no quarto com um vidro pequeno de Tylenol e um copo de água, tomei o remédio para dor, mas não adiantou em nada, por fim pedi o telefone de Tio Jasper e liguei para Jacob pedindo para que ele viesse dormir comigo aquela noite. -Na verdade ele sempre dormiu comigo em meu quarto; esse era um dos motivos que forçaram meus pais a aumentar a cama e agora que sua temperatura alta me era extremamente necessária isso não seria diferente.

Jacob, como um bom namorado que era chegou em 10 minutos, entrou no quarto, deitando-se ao meu lado sobre o edredom grosso colocando seu braço bem devagar sobre o meu e aos poucos a dor foi diminuindo, após 5 minutos eu já estava sem dor e dormindo tranquilamente.

Pela manhã acordamos juntos, ficamos durante um tempo deitados sobre uma manta verde musgo na frente de casa conversando sobre banalidades não relacionada a coisas sobrenaturais, mas logo ele teve que voltar pra La Push, tinha que render o coitado do Seth Clearwater que havia ficado de vigia no perímetro à noite no lugar dele.

Subi ao segundo andar procurando o que fazer, mas não havia nada então resolvi tocar um pouco de piano, eu não era muito boa com isso, mas ainda assim adorava tocar e dançar balé, em pouco tempo senti um cheiro diferente tomar conta do ambiente, era meio doce, um tanto enjoativo, ferro, sal e por fim entendi porque aquilo me era tão familiar.

Quando pulei do peitoral da varanda no segundo andar para o chão do jardim de entrada principal toda minha família já estava em formação de ataque atrás de mim e foi nesse exato momento que os gêmeos Volturi tornaram-se visíveis.

Que droga!

Fazia tanto tempo, mas eu ainda lembrava... Tanto tempo e ainda sentia a adrenalina de estar naquela campina branca pela neve que caia lentamente vendo as pessoas que amava a um passo de morrer...

Senti uma série de coisas naquele segundo de uma só vez, era fúria, coragem, arrepios e compaixão. Perai compaixão por dois membros da guarda Volturi? O que tinha de errado comigo? Eu tinha enlouquecido por acaso? E porque eles não estavam tentando me atacar logo? Desde quando um Volturi tinha medo de alguma coisa?

Aproximei-me bem devagar, minha mãe ativou o escudo dela em mim e bufei irritada com essa reação. Poxa o que ela estava fazendo? Eu podia com certeza me proteger sozinha mesmo machucada do jeito que estava.

- Mamãe está tudo bem, pode me liberar do escuto. Sei exatamente o que estou fazendo, confie em mim. Por favor. -Garanti olhando para ela com determinação e para minha alegria aos poucos o escudo se foi. -Obrigada.

Respirei fundo mesmo sabendo dos riscos que estava correndo com aquela atitude, então sorri erguendo minha mão na direção de Jane querendo testar meu novo dom de ler todos os pensamentos passados e presentes de quem estivesse em contato comigo; dom esse idêntico ao que Aro Volturi fazia ou faz; eu não tinha muito conhecimento com relação a isso. Jane imediatamente recuou um passo parecendo apavorada e desisti no mesmo segundo da ideia, porém seu irmão, Alec Volturi pegando-me totalmente de surpresa ajoelhou bem na minha frente sorrindo torto e novamente ergui a mão, dessa vez na direção dele alertando-o com meus olhos sobre o que faria.

- O que exatamente os gêmeos Volturi querem aqui dessa vez? Aro foi realmente burro o bastante para enviá-los sozinhos para morrerem? -Perguntou tio Jazz asperamente sem se importar com o fato de que todos podiam ouvir o que diziam.

- Nós fugimos de Volterra e vocês foram o primeiro Clã que veio em nossas mentes para ajudar. - Disse Jane com sua voz de criança.

- E o que exatamente te faz pensar que vamos acreditar em vocês facilmente depois do que fizeram, ou tentaram fazer melhor dizendo. -Disse tia Rosalie asperamente, o ódio que fluía dela era quase palpável até mesmo para quem não possuía os dons de Jasper.