Just survive

Capítulo 5

Dia 16 de 2 anos depois do fim
Essa manhã acordei pensando: Estou envolta de pessoas que pensei estarem mortas, eu pensava que o MUNDO estava morto! As ruas estão destruídas com a mata invadindo as construções, uma vez ou outra consigo ver animais correndo por aí. Não do tipo agressivo, na maioria das vezes são cachorros, ou mesmo capivaras bem gordas. Não consigo nem pensar em usa-los como comida, e nem Sophia. Eu acho que ela não come por nojo, já eu, não como porque eu vi o animal correndo solto por aí, livre. Não tenho coragem nem de acabar com sua vida. Eles estão lá fora, tão assustados quanto nós, tentando sobreviver e fugindo dos prováveis perigos que os cercam.
Demos muita sorte de sair pra procurar comida naquele dia, ou nunca iríamos achar esse grupo.
As vezes ainda paro para pensar o que eu estaria fazendo se essa confução nunca tivesse acontecido. Uma vez tentei conversar sobre isso com a Sô, e ela brigou comigo pois eu não posso viver no pasado, mesmo ter sido a melhor época da minha vida.
-Por que está sorrindo?-Tinha ne esquecido completamente de que Sô já tinha voltado da ronda por comida. Ela me fez acordar do meu sonho.
-Nada de importante. O que são todos esses barulhos no corredor?
-Parece que mutantes estão aqui em algum lugar no bairro. E não são poucos ... estão nos caçando.
-O QUE?!Todos já sabem?
-Sim. Richard disse que estamos em alerta máximo.
-Richard?
-O líder lembra?
-Ah sim, desculpe.
-Vou tomar meu banho.-É nós temos água suficiente para cada pessoa tomar um banho por dia. Mas de caneca.
-An, Sô?
-Fala.
-Eu não vou ficar no quarto. Vou levar a Drika pra sala de brinquedos, e o Henrique vai estar comigo.
-Que bom, assim falo com os dois ao mesmo tempo!- Mas falar o que?
Nem fiquei pensando muito no que Sophia podia falar de tão importante, pois minha mente já estava ocupada imaginando como deveria ser os "mutantes", suas presas, a força de seus músculos. Lembrei de jogos que gostava e filmes que já assisti, e misturei características das criaturas. A fera acabou ficando intimidadora o suficiente para que eu pegasse minhas coisas e saísse correndo dali no mesmo instante!

Sem perceber eu já tinha chegado na sala de brinquedos onde Henrique e Drika estavam.
-Oi!-Ele fala e me da um beijo

-Oi-Retribuo
-ECA! QUE NOJO! K, você não vai encostar em mim até lavar essa sua boca!-Drika começa a gritar e eu não consigo segurar a risada.
-Ah é sua reclamona?!
-É!
-Então vem aqui me dar um abraço!
Ficamos brincando um por um tempo com a Drika até Sophia chegar com duas armas.
-O que houve?-Henrique pergunta assustado.
-Richard mandou nós dois irmos juntos de um grupo para caçarmos oa mutantes.
-NÃO!-Acabo gritando sem perceber e tampo minha boca. Como já estavam olhando pra mim decidi continuar.- Eles não estão nos atacando, podemos ficar aqui! Em paz!
-K, não somos nós que decidimos, se quisermos ficar aqui, temos que obedecer as ordens.
-Os nazistas diziam isso, e vocês sabem quantas pessoas morreram!
-K!-Henrique se mete- Sabemos que você está mais preocupada conosco do que com os mutantes.
-Quem mais vai?-Drika estava escutando nossa conversa em silêncio, que droga! Sophia começa a falar devagar para acalmar Drika
-Drika... a Kate vai ficar com você, ela é sua prima, obedeça a ela, nós vamos voltar no máximo amanhã.
-Você não respondeu minha pergunta.
-Sim Drika, seu pai vai.- A pequena começa a chorar, eu estava lutando para não fazer o mesmo, Henrique percebeu e começa a me abraçar.
-Não me abandona, por favor ... não vá!- Eu tinha acabado de reencontrar todos que amo, tinha achado um lugar para voltar a ser feliz, e agora isso?
-Não vou te abandonar!-Ele começa a secar minhas lágrimas rápido antes que Drika me visse chorar.
-Hardin também vai com a gente,-Sô fala- vai ficar tudo bem, nós vamos voltar!- Ela me abraça e os dois vão correndo para o portão.
-SOPHIA!-Eles estão longe o auficiente para que eu precise gritar.
-OI?
-NÃO MIRA COM A ARMA NA CARA!
-NÃO VOU!-Ela ri e começa a voltar a correen
-E HENRIQUE! EU TE AMO!
-EU TAMBÉM TE AMO K!
Eles desceram pela a escada e os perdi de vista