5- Boa ideia

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- Essa foto, minha Nossa. -A foto saiu um caos, eu estava com o coque de cabelo molhado, vestido branco quase transparente, e não estava olhando para lente da câmera.

- Está Linda como você. -Maxon se aproxima de mim...
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Eu me afasto. Minha barriga faz um barulho estranho de novo.

- Eu continuo com fomeeee.

- Já tinha esquecido, aqui está a sua torta, -Maxon pega a torta, nervoso e sem graça.- mas antes, Coloca esse roupão por cima, seu vestido está bem molhado. -Maxon me entrega o roupão azul claro, eu visto e ele veste um também.

Comecei a comer a torta bem rápido, estava com uma fome daquelas.

- A mocinha estava com bastante fome mesmo. -Ele ri

- Poxa, -Olho para o prato, não tinha mais nada.- Nem te ofereci, foi mal.

- Tudo bem, eu já havia jantado. - Maxon estava se aproximando de mim mais uma vez.

Maxon tocou Meus lábios.

- O que você quer? - Me levantei rápido do banco, ele estava tentando se aproveitar de mim?

- Não, não é isso. Nada que você está pensando. É só que a sua boca estava completamente suja de torta. -Não consegui conter a risada com o rosto de desespero de Maxon, e também me lembrei de que sempre que como torta, fico igual a um bebê, completamente melada.

- Nossa, que vergonha. -Falo, passando a mão na boca.

- Não precisa sentir vergonha, você fica muito fofa suja de torta.

- Não, não. -Falo tímida.- Maxon, eu estou com sono. Quero ir pra minha casa.

Antes que o Maxon pudesse falar alguma coisa, uma luz piscou através da janela junto com um barulho forte. Essa não. Trovoada e raios, odeio isso.

- Bem... -Outra trovoada, dessa vez mais forte, abracei Maxon sem pensar. Mas logo o soltei.

- Não gosto de chuva, de raios, trovões e essas coisas bizarras da natureza. Eu quero ir pra minha casa agora.

- Sabe de uma coisa? Eu também não gosto de chuva, de raios, trovões e essas coisas bizarras da natureza. -Maxon fala imitando a minha voz.-Então, a gente pode ficar juntos aqui, para o medo passar. -Ele fala com os olhinhos brilhando. Tem como resistir? Tem sim, América. Falo a mim mesma.

- Não Maxon, estou cansada, quero ir embora. -Falo séria.

- Poxa, magoou. -Maxon faz beicinho.- Não gostou de ser a minha companheira essa noite?

- Não, não tem nada haver com isso. -Digo rindo. - Essa noite foi bastante diverti..

- Tá, entendi, não precisa mentir, a noite não foi legal. Não foi assim que eu planejei o encontro. -Maxon coloca a mão no queixo e faz uma expressão de pensamento.- Eu imaginei que a nossa noite seria sobre o luz da lua cheia, num belo jardim, cantando as estrelas e conversando sobre qualquer bobagem que fosse, uma coisa bem romântica, com muitos beijinhos. -Ele olha pra mim rapidamente, abaixa o olhar e fica completamente corado.

- Bobo! -Dou um tapinha nas costas dele.- Mas quem disse que eu não gostei? -Levanto as sobrancelhas.- Foi legal sim. Meio maluca, porém legal. -Maxon faz uma carinha de dúvida.- Juro que não estou mentindo. -Faço juramento com os dedinhos.

- Melhores virão, América, eu garanto. -Ele me olha sério.

- Bem... Agora eu já estou cansada e quero ir pra minha caminha.

- Você pode dormir aqui numa suíte de hóspedes. -Maxon sugere.

- Maxon, essa é a última vez que eu falo. Eu quero ir pra casa.

- Tudo bem, tudo bem. Posso pedir para um criado te acompanhar até sua casa. Tarde da noite, com essa terrível chuva... -Maxon Olha para mim na esperança de que eu mudasse de opinião, mas não mudei.- Mas já que você quer...

- Sim, é isso que eu quero. -Falo, segura.

- Vou chamar o Justin. - Maxon fala derrotado.

Alguns minutos depois, Justin aparece na porta do quarto de Maxon.

- Foi um grande prazer estar com você, de uma forma desastrada, porém, sem dúvida, muito especial para mim. -Maxon beija a minha mão.- Boa noite, América.

- Boa noite, Maxon. -Foi o que eu conseguir dizer, então, segui o Mordomo, Justin pelo castelo.

- Vejo que a senhorita e o príncipe, tiveram uma noite muito boa, não é mesmo? -Justin fala curioso.

- Acho que sim. -Falo, já tentando cortar o assunto.

- É muito gratificante para mim, que vi o príncipe crescer, e nunca ter amizades, sempre sozinho, Hoje poder presenciar um pouco da alegria dele.

- Que bom mesmo.

Chegamos na porta do castelo.

- Senhorita, temos um criado fazendo trabalho extra hoje. Ele ira te acompanhar até a Vila, com segurança. Tenha uma boa noite. -Justin se afasta de mim antes que eu pudesse dizer algo.

- Olá, América. -Aspen olha com aspereza para mim.

Me assusto de início, mas então ligo os fatos. Trabalho extra, coisa que Aspen fazia sempre.

- Oi, Aspen. -Abaixo o olhar. Tantas coisas que deveríamos falar, conversar e resolver. Mas nada consegue sair da minha boca.

- Vejo que você está muito bem, não é? -Ele olha para mim de forma acusadora.

- Sim, estou bem. -Respondo fria.

- Depois de fazer um showzinho dizendo que não queria uma vida de luxo, corre para os braços do maravilhoso, incrível, rico e perfeito, príncipe Maxon. Boa garota, América, boa garota. -Nunca havia visto o Aspen dessa forma. Tão grosso e revoltado. O trabalho deve estar subindo a cabeça.

- Não tem nada haver com isso. Por uma ironia do destino, eu e Maxon nos tornamos amigos.

- Amigos? Por que ele iria querer sua amizade?
Claro que ele tem segundas intenções. E, ah!  Maxon? Gostei da intimidade. -Consigo sentir a raiva e ciúme que se acumula no corpo de Aspen.

- Não entendo o motivo do seu ciúme. Se afinal, foi você quem falou que o nosso relacionamento tinha acabado, para Marlee.

- Eu ? Mas foi você que falou que não tínhamos futuro juntos.

- Mas foi você quem estava se acabando de trabalhar, por nada.

- Por nada? Você quer ficar comigo para passar fome e morar numa árvore? Eu queria te dar um castelo e uma vida de rainha. Parece que você já conseguiu. Casa com o Maxon. -Aspen revira os olhos.

- Boa ideia.

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