1802,
LondresEste era mais um de todos os dias ensolarados e cheios de vida que me arrancavam da cama cedo com o intuito de aproveitar cada segundo que me era permitido. O barulho do vento soprando na janela, o cantarolar dos passarinhos, as flores que estão desabrochando no Jardim... o simples me encanta.
Infelizmente sou filha única, minha mãe morreu após meu parto e desde então sou criada por meu pai, Edward , mais conhecido como Duque l'Santorinier. Ele me nomeou Selene l'Santorinier, foi um pedido de Athenas, minha mãe. Edward é considerado um dos homens mais poderosos de toda Londres, dono de muitas terras, possui uma fortuna insubestimavel, e claro, a beleza de um Deus. Moramos em Montreal, uma casa de campo esplêndida que é mais parecida com um palácio.
Desde pequena meu pai sempre foi a base do meu desenvolvimento, dele que tive o prazer de me inspirar, um homem de coração puro e humilde que trata os empregados como se fossem da família, coisa que muitos da sociedade acham absurdo. Muitos de nossos criados me conhecem desde criança, dizem que sou um anjo com a alma da duqueza. Tenho 16 anos e parece que nunca cresci, continuo a mesma menina danada a espera de um simples olhar de condenação por ter feito algo de errado.
Passo todo meu tempo dentro de casa, desde sempre evito a vizinhança, e mesmo assim as pessoas não perdem tempo para dizerem coisas da minha vida. Tenho uma tutora, Francesca, que me ensina Francês, prático piano e nos tempos livres faço o que eu quiser. Não tenho amigos, apenas conhecidos que só vejo quando são convocados, e me sinto satisfeita assim, meu pai não aprova e diz que seria bom conhecer pessoas novas ou ao menos passear .
Levanto- me ds cama e sigo em direção ao banheiro. E como de se esperar minha criada, Lurdes, preparou meu banho e sinto o perfume que adoro, Tulipas. Após estar preparada, desço as escadas que levam ao primeiro andar e então avisto meu pai, sentado em uma poltrona e lendo ao Jornal.
- Bom diia, Pai.
Vou ao seu encontro e deposito um beijo em sua face.
- Bom dia, Minha pequena.
Diz e lança seu olhar mais carinhoso a mim, e então em segundos se transforma em um sorriso amarelo acompanhado de uma falsa tosse.
- Sei que não gostas que lhe toque no assunto...
Passa a mão na testa em sinal de nervosismo.
- ...principalmente tratando-se da sociedade, mas hoje os Bedwyns darão um baile e teremos que ir já que fomos convocados, e sabes que não se recusa tal coisa.
Ele me fita com olhar de compaixão e espera por uma resposta.
- Tudo bem, vamos sim.
Digo e aproveito o momento para sair de vista, sabendo que devo tê- lo surpreendido, e o bom Deus sabe que vou fazer isso por ele.
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Enquanto sonhava acordada
RomanceNunca se passou por minha cabeça que as pessoas pudessem gostar da minha história e, também nunca tive a intenção de surpreendelas. Nunca fui de gostar de contos de fadas e nem mesmo acreditar neles, afinal, só existem nos livros né? Não tenho palav...