Chego às 18h30, infelizmente, a carruagem perdeu uma roda no caminho e por muito pouco não virou. Tive que esperar o concerto e acabei demorando.
Adentro e logo percebo os olhares em mim, as pessoas perderam o fôlego ao me ver, fico constrangida e me encaminho à um lugar reservado e longe de tantos olhares, até que uma voz que logo reconheço me chama.
- Seleene ! Aqui.
Diz Daphine, uma parente distante, e logo dou um suspiro de alívio. Ao me aproximar dou- lhe um abraço e sento em uma cadeira vazia ao seu lado.
- É tão bom que esteja aqui. Digo. - Já estava me sentindo perdida.
- Eu sei , Lena. Diz. - Não sei o que seria de mim sem você aqui, ainda bem que te avistei.
Lanço um olhar solidário à ela e varro a multidão com os olhos na intenção de encontrar meu pai. E nada dele. Ficamos jogando conversa fiada por bastante tempo, e então olho pro salão no momento que um homem está chegando no salão e meus olhos se paralisam. Ele é muito alto, cabelos pretos como à noite, pele muito bronzeada, olhos cor de mel e está vestido impecavelmente. Até entao não percebi que Daphine me chamava, até que ela teve que me cutucar para me trazer ao normal.
- Desculpe.
- Esse é o Visconde Simon, filho dos Bedwyns e o mais velho dos 3 irmãos. Diz. - Ele chegou ontem da Itália.
- Encantador... e pelo visto você está bem informada né, Daphi.
- Mas é claro, ele é o libertino mais falado de Londres. Diz. - Você é que está desatualizada.
Aceno com a cabeça e voltamos à conversar sobre nada de importante. Decido ir ao toalete e após pedir licença a Daphi e algumas dicas de como chegar lá,me encaminho. Porém alguém me dá uma ombrada e por pouco caio, graças à mãos fortes isso não aconteceu, e então me deparo com os olhos mais lindos do mundo.
- Perdão, Senhorita. Fui muito descuidado. Diz pegando minha mao. - Acho que não nos conhecemos ainda, meu nome é Simon.
E então beija minha mão. Perco o ar.
- E o meu é Selene. Digo. - É um prazer conhecê-lo .
E continuo o percurso antes que eu caia dura ali mesmo.
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Enquanto sonhava acordada
RomanceNunca se passou por minha cabeça que as pessoas pudessem gostar da minha história e, também nunca tive a intenção de surpreendelas. Nunca fui de gostar de contos de fadas e nem mesmo acreditar neles, afinal, só existem nos livros né? Não tenho palav...